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terça-feira, 24 de abril de 2012

Netos de Sofia



Os Netos de Sofia:


Quando surgem temas Filosóficos a maioria das pessoas atribui-lhes um emaranhado de conceitos, que se prendem com pensadores que viveram noutros tempos, tratando-os como árvores diferentes de um grande Bosque, esquecendo que os frutos diferentes podem e devem fazer parte de uma alimentação variada e importante do homem físico e espiritual. Não é só o corpo que precisa de alimentos, há outros tão importantes como os físicos, que infelizmente têm sido escondidos, embrulhados em dogmas e mistérios.

É desses que iremos tratar, dando sequência a uma serie de conhecimentos que se perderam nos tempos, e sem misticismos, de forma racional, clara, pretendemos indicar-lhe os caminhos para que se conheça a si próprio e dessa forma se torne numa pessoa diferente e caminhe com segurança.

Sofia é uma Senhora idosa,
Seus milhões de anos não tem conta,
Carrega paz e harmonia,
Uma grande felicidade,
Sabe quem é e de onde vem,
Sabe o destino que a espera,
Conhece os intrínsecos caminhos do mundo,
Percorreu-os de era em era.

Seus netos perderam-se nos domínios da ilusão e transformaram a terra num lugar inóspito e inseguro, disseminando a escuridão,
Onde predomina a fealdade,
Equidistante da verdade,
Mergulhada no escuro.

Com desgosto da velha avó,
Que sempre esteve presente e os tentou amparar,
Mas sua ilusão era tão grande,
Tão distante da verdade,
Que tiveram de se machucar,
Para refletir,
Inverter caminhos seguidos e outros adotar.

A tudo assistiu, avanços, recuos, caos e ordem.

De humanidade em humanidade,
Ate a presente chegar,
Em que a ordem deu lugar ao caos,
E mais fundo não pode chegar.

Esta humanidade esta doente,
Tem de inverter a ordem das coisas em que se deixou arrastar,
Encontrar novos caminhos,
Dos velhos se afastar.

Tem de ouvir a velha avó,
Para que esta os possa ajudar,
E com seus conhecimentos profundos,
A nova ordem os possa levar.

Aos reais caminhos do cosmos e neles caminhar.
Balizados por outras leis, que devem encontrar.

Seus conhecimentos são profundos e neles reside a esperança,
Sabe que a seguir ao caos vem a ordem,
Irreversível é a mudança.

O caos bateu a porta, entrou, instalou-se, e ficou encurralado,
Com o desassombro que sentiu, neste mundo conturbado,
Há uma única saída,
Remar para o outro lado,
A caminho da harmonia,
Com destino a outro legado.

Desenham-se os primeiros passos,
Para sair da escuridão,
Mas são insertos,
Inseguros,
Falta a força da união,
Para derrubar os altos muros,
Que desviaram do coração.

Criaram-se mitos ao longo de séculos,
Que é preciso derrubar,
Criaram-se sinuosos caminhos que é preciso endireitar,
Adulterou-se a humanidade,
Com um errado pensar,
Privilegiaram-se os sentidos,
Que é necessário calar,
Idealizou-se um homem terreno,
Que no cosmos não tem lugar.

É preciso que o homem se encontre,
Para no cosmos se enquadrar,
Nem opressor ou escravo,
Conhecedor do seu lugar.

Mas os ventos da mudança,
Já existem,
Estão no ar,
Solidificando a esperança,
Para os muros derrubar.

E de novo a velha avó em suas mentes possa entrar,
Varrendo a escuridão,
Desamor e podridão,
Em que seus netos se envolveram,
Se deixaram arrastar.

Novos tempos se avizinham,
Mas árduo é o trabalho,
Para renovar mentalidades,
Teia da humanidade,
Que se enrolou a sua volta,
Não a deixou ver ou pensar,
Que os caminhos que seguiu a nada iriam levar.

Mas a velha avó mais uma vez esta pronta para encontrar um novo rumo,
Uma nova humanidade.

Toca o cornetim,
Pelos quatro cantos da terra,
Reunindo o homem novo,
Caminho de uma nova era.

O trabalho é árduo,
Difícil,
Mas não há de que Ter medo,
Os fins que estão em vista são de infindo relevo.

Há que voltar aos bancos da escola,
Começar a trabalhar,
Ensinando novos e velhos,
Outros métodos adotar.

Nota:
Este texto corresponde a Introdução do meu (Livro Netos de Sofia).
Vivemos na viragem do seculo e ciclo, há mudanças a todos os níveis, nada no futuro será como antes.

Para mais facilmente nos alinharmos com as novas regras, há que pensar maduramente antes de agir. Agir irrefletidamente, catalogar precipitadamente, cria pontos de desencontro, que nada ajudam na enorme transição que se esta a verificar. 

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