Quais são as duvidas, que encontra, na leitura deste Blogue?

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Ressurreição dos mortos…




Ressurreição dos mortos…

O homem…Ignorante…
Na sua impensada fuga para a frente…
Cioso de notoriedade e poder…
Criou mitos…
Indignos do ser…

Homem.

Fechou as portas ao passado…
Dominou o ser endiabrado…
Tosco ignorante…
Sem um pingo de razão… farsante.

Sem saber construir
Os caminhos do provir
De forma edificante.

Ressureição dos mortos
Reconstituição da matéria
Mundos insólitos
Pobreza miséria.

De quem não sabe pensar
E tudo lhe serve
Para ludibriar enganar.

Que deus é este?
E que homens são estes
Para assim pensar.

Que não conseguem ver
Que são agentes do obscurantismo
Senhores do mal
Que juntam Deus e diabos no mesmo bornal.

Seitas, seitas
Religiões, religiões
Agentes do mal
E de tenebrosas paixões.

Que desviam dos caminhos do cosmos
Endurecem corações.

JPF
26/07/13

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Votar é um dever Saber votar uma obrigação




Arma do voto.

Votar é um dever
Saber votar uma obrigação
Quem não vota em consciência
Compromete a independência
De um povo…uma nação.

Portugal é um exemplo
Da inconsciência …
Com que o voto foi usado
Destrui-se um país ao votar no cavalo errado.

Falar bem não quer dizer
Que se seja inteligente
Os portugueses não souberam ver
Que votaram em péssima gente.

Os resultados estão a vista
São história…
Que ninguém pode negar
Os portugueses não souberam manejar a arma do voto
Não souberam atirar.

Atiraram em alvos errados
Agora estão a penar.

Enjaularam-se em partidos
Olhando os outros como inimigos
Não deixaram o voto oscilar
Festejando vitorias morais
Que os pôs a penar.

Guardem a arma do voto
Enquanto este sistema durar
Votar neles é um desperdício
Que leva ao precipício
Se esta politica continuar.

JPF
19/07/13

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Noventa e cinco anos de Mandela





Noventa e cinco anos de Mandela

Hoje é o dia em que vieste a este mundo
Conturbado e mau.

Sofrendo na pele
Os efeitos de uma plebe
Sem sentido sem norte
Em direção ao abismo
Em direção a morte.

Do ser
Que merece e deve ter
Outro viver.

A tua postura de espirito iluminado
Mostrou outros mundos ao mundo
De paz e amor
Condicentes com o teu espirito de iluminado.
Determinado nos caminhos do amor.

Esperemos que os homens/mulheres do mundo
Compreendam…entendam
O teu nobre legado
Calcorreando os caminhos do teu agrado.

Penso
Tenho a certeza
Que a maior prenda que te poderiam dar
Era aqui ou em outro lugar
Veres reduzida a pobreza.

Estejas onde estiveres
É essa a tua génese
É esse o teu grande querer
Ver os povos do mundo em paz e harmonia
Com outro viver.

Continuar a tua luta
É um dever…uma obrigação
Dos que tem amor
No coração.

Amo-te Mandela.

JPF
18/07/13 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

General Ramalho Eanes. Salva portugal Das forcas perversas Oriundas do mal.

General Ramalho Eanes.
Salva portugal
Das forcas perversas
Oriundas do mal. 

Ninguém melhor para devolver Portugal aos Portugueses.
Com esta será a segunda…?
Salva Portugal duas vezes.


Não sou nada nem ninguém
Mas alguém…
Que conhece a tua história
E te considera capaz
De correr com estes políticos
Incapazes…Inaptos
            De má memória.        

Tens o perfil ideal
Para mais uma vez… salvar Portugal.

Dos soarismos…barrosismos…guterrismo…socratismos…
E de um Pedro Passos Coelho
Que não passa de um arrogante…ignorante…
Politicamente…
Um aborto…um fedelho.

Não sou nada nem ninguém
Mas alguém
Que levará o teu nome
Aos quatro cantos do mundo
Com muita alegria
Com um respeito profundo.

General
Por favor…salva Portugal.

JPF
18/07/13




Mandela… farol do mundo.




Mandela… farol do mundo.


És um homem intemporal
Que jamais será esquecido!
O mundo…
Deve-te amor e verdade
Que carregas-te sempre contigo.

É grande…
A  divida que o mundo tem…para contigo.

Pensar em ti…!
É um poema…
Sublime … inspiração
Olhar a tua imagem
Enternece o coração.

Teu sorriso fala-nos de amor
Teus olhos de sinceridade
Teu percurso de vida
Fala-nos de amor e verdade.

És o grande farol do mundo
Desta humanidade.

Mostraste-nos os caminhos do mundo
De amor e verdade
E como o amor se paga com amor
Este…
A ti … tem de voltar.

Elevando teu ser primeiro
Ao mais alto patamar.

Amo-te Mandela. 

JPF
18/07/13

A VERDADE E O DOGMATISMO:





A VERDADE E O DOGMATISMO:

Quando Pilatos perguntou a JESUS: ‘’ O que é a verdade? ’’ JESUS não respondeu, mas o seu silêncio nesta e noutras circunstancias não impediu, que aqueles que atualmente se proclamam seus discípulos, atuem,  obrem,  como se D’ELE tivessem recebido a verdade, universal, absoluta.

As parábolas de incomparável sabedoria e beleza,  esconderam, (porque não era tempo) parte da verdade. 

Com tal entendimento, ou método,  o dogmatismo desenvolveu-se, nas igrejas, nas ciências, e por todos os lados. Uma aparência de verdade, obscuramente percebida nas regiões do abstrato, como a que se deduz das observações e experiências no campo da matéria, foi imposta sob a forma de revelação DIVINA e de dados científicos, a uma multidão demasiado ocupada para pensar por si própria.

A razão diz-nos que não é possível, neste mundo finito, condicionado, em que nos encontramos, determos, conhecermos a verdade absoluta, mas sim verdades relativas, em que nos devemos apoiar o melhor possível.

Em todos os tempos houveram, homens, pensadores, iniciados, que atingiram a verdade absoluta, mas não podiam ensinar a verdade universal na sua totalidade.

O homem comum, tem que por si mesmo e em si mesmo encontrar a verdade. Duas almas não são iguais e por isso a verdade suprema, deve ser recebida por elas de acordo com a sua capacidade e não por intermédio de outra.

O maior dos iniciados (CASO DE CRISTO), não pode revelar a Verdade Universal, mas sim o que dela é possível assimilar. 

A Verdade Absoluta é o símbolo da eternidade, e como nenhum pensamento finito compreende o eterno, nenhuma verdade perfeita pode desenvolver-se num pensamento finito.

Para nos  aproximarmos da verdade terrestre, primeiro temos que amar e defender a própria verdade, sem este sentimento não conseguiremos nenhuma cognição.

Nota : 
O espirito deste texto foi retirado da Coleção Opúsculo Philosophica , a redação é  do autor. 

JPF
17/07/13

terça-feira, 16 de julho de 2013

A IGUALDADE NÃO EXISTE.



A IGUALDADE NÃO EXISTE.

Deriva do latim “Aequalitas”, significa a conformidade de uma coisa com a outra  em quantidade e, por extensão em qualidade ou aparência. Daqui se deduz que a igualdade é uma propriedade adquirida pela comparação de uma coisa com outra e não uma propriedade da coisa em si.

Não há, nem ser nem coisa que possa ser igual sem a ajuda de outra; não se trata de uma qualidade natural, mas antes proveniente das circunstâncias. A igualdade como todas as propriedades adquiridas  é dependente. Uma coisa ou objeto qualquer no espaço, sem relação com outro, não é pequeno, nem igual nem grande, já que a igualdade é uma qualidade relativa que se pode adjudicar ao Ser, mas, que não tem ser em si.

Em aritmética dizemos que dois, é igual a dois, isto é certo na abstração. Mas, no mundo manifestado, no aqui e agora, quando as coisas possuem mais do que uma qualidade, duas laranjas não são iguais,  a dois relógios. E nem sequer é forçoso que as duas laranjas sejam iguais entre si em peso, tamanho,  cor,  etc. 

Neste mundo em que vivemos,  não existem duas coisas iguais; quando muito, podem ser semelhantes, terem algumas características iguais e outras desiguais que as diferenciam.  Mas, a soma de igualdades e desigualdades, sendo as ultimas variáveis, dão um resultado desigual, diferente.

Se estivermos atentos verificamos que não há duas folhas de árvores iguais nem dois rostos humanos iguais, nem nenhuma coisa que o seja em relação a outra. Uma coisa pode ser igual a si mesma, num instante pontual, sem dimensões, o que a torna idêntica a si mesma, mas, nunca em relação a outra.

O conceito de igualdade nasce artificialmente das limitações da observação humana.

A estrela Sírio  parece igual à estrela de Aldebarão. No entanto hoje sabemos que a estrela Sírio não existe como unidade, são duas estrelas que vistas a olho nu devido a distância nos parece uma só.

Ao observar-mos uma multidão, de homens e mulheres, vistos à distância, parecem-nos todos iguais, mas, bastará uma aproximação para que se humanizem em infinitas diferenças, físicas e psicológicas.

Foi a distância e a confusão dos detalhes que os massificaram face à nossa observação fazendo-nos crer que eram todos iguais.

Quanto mais íntimo for o nosso contato com eles  mais matizes diferenciadores descobrimos, apesar da semelhança que os identifica como pertencentes ao Reino Humano, ou à  “ espécie “ humana como diriam os materialistas.

O conceito comunizante, de que todos os humanos são iguais, é uma falácia de extrema fragilidade, até uma criança a pode desfazer.

Bastaria perguntar-lhe  se o pai, a mãe e irmã, são iguais a ela. Em resposta natural afirmaria que não, se lhe perguntarmos porquê, pode assinalar-nos mil detalhes, desde os anatômicos até aos mais subtis, que os fazem maravilhosamente diferentes, circunstância que permite reconhecê-los e aprecia-los. 

A igualdade é tão anti-natural que bastaria imaginar algo formoso: uma borboleta, uma mulher, um homem, um quadro ou uma estátua; são belos na sua singularidade? Porém, se nos víssemos rodeados por milhões de borboletas, flores, mulheres e homens, quadros ou estátuas que fossem todos iguais, cairíamos na confusão psicológica mais aberrante, no tédio e na loucura.

A nossa circunstância careceria de profundidade e de sentido. E no meio desta diabólica multidão sentir-nos-íamos sós. Pois, por um efeito de multiplicidade não multiforme, a quantidade confundir-nos-ia num caos asséptico e repugnante face ao nosso Ser mais intimo.

Poder-se-ia argumentar que, embora as coisas não possam ser iguais, podem ser equivalentes. Mas, isso também é falso. Porque é filosoficamente impossível que duas coisas diferentes tenham uma soma de atributos iguais. E da simples observação nasce em nós o repúdio desse absurdo, pois cada coisa ou indivíduo, por ser o que é, não se pode identificar com outro nem ter os seus próprios atributos.

Só o materialismo aberrante que dá um preço a tudo, pode tratar de adjudicar valores iguais a coisas diferentes, e assim um pacóvio qualquer dirá, que uma anciã é igual a sua mãe, uma mulher qualquer igual a sua irmã, que qualquer cão é o mesmo que o seu cão. Carente de sensibilidade,  sem “paladar” espiritual, psíquico nem físico, tudo lhe serve e é como o cego para o qual não há diferenças entre as coisas e, se abandonasse a si mesmo, tanto levaria à boca um bom alimento como um mau alimento.

Face à inventada igualdade, a escala de valores que é a que com degraus naturais nos permite ascender e ter a liberdade de descer, perde-se. Não há nada mais contrário à liberdade do que a igualdade. É livre a roda que gira sobre o plano de um caminho ou as plácidas  águas sobre o rígido leito de um arroio; mas, se a roda e o caminho, a água e a pedra fossem iguais, nem andaria o carro nem correria a água. E tudo o que se detém é apanhado pelo tempo e apodrece.

Por tudo isto, já os Pré-socráticos afirmavam o princípio de identidade, que faz com que uma coisa possa ser apenas igual a si mesma.

A nível social, a compreensão destas verdades, permite a sobrevivência do indivíduo, com as suas virtudes e defeitos, com as suas características, mais além, da vara do juiz que diz o que é bom, e o que é mau. Pois boa é a água para o sedento, mas, má para quem nela se esta a afogar. E assim todas as coisas. Os valores provêm das circunstâncias e o valor em si, é unicamente a própria identidade.

As hipóteses materialistas que se exprimem politicamente através do marxismo e do capitalismo, pretendem igualar os diferentes e, o que é pior, à altura do mais baixo.

Como a revolução Francesa não podia assassinar o Rei, fê-lo na pessoa do cidadão Capeto.
A revolução Russa não se atrevia a matar a família Real Czarista, executou todos os Romanov,  sem excluir velhos e crianças.

Na própria raiz do igualar está em potência o genocídio,  pois este é mais fácil quando reduzimos o diferente à pasta amorfa do igual.

Nos campos de concentração da última época Nazi matavam-se “Judeus” e nos finais da 2ª Guerra Mundial, as bombas atômicas das democracias calcinaram “Japoneses”.
É ao igualar,  ao amontoar,  ao codificar os seres humanos que estes se tornam mais vulneráveis a serem injustamente destruídos.

Um dos mitos mais terríveis do século que termina, em que se está a viver os seus últimos lustros num ambiente de miséria, opressão e terror, é o da igualdade.

Concebemos e aceitamos a igualdade de direitos, no enquadramento das assimetrias, como seres humanos, diferenciadas pelas aptidões. Mas não de valores.

O fato de sermos diferentes, uns dos outros não significa que “valemos menos ou mais “... Esse é um valor acrescentado. Cada um vale o que vale em relação a cada coisa que seja ou faça? Um excelente nadador pode ser um homem lento a caminhar em terra e andar aos tropeções.

Todos somos maravilhosamente diferentes. Como não temos preço, não somos equivalentes. Somos seres humanos com toda a grandiosidade que isso significa. Não somos iguais a ninguém.  Somos distintos e irredutíveis e mesmo aceitando a teoria da reencarnação, jamais voltaremos a ser exatamente os mesmos,  pois embora o espirito seja o mesmo,  não o são os seus veículos.

O leitor destas linhas já não é igual ao que começou a lê-las. Como dizia Heraclito..., ninguém se banha duas vezes nas mesmas águas, no mesmo rio...! A igualdade não existe.

JPF
17/07/13


RACIONALISMO





RACIONALISMO

A razão do latim “ratio”, é a faculdade de discorrer. E o raciocínio define-se como um ato do entendimento pelo qual se chega a verdades novas a partir de, pelo menos duas verdades, conhecidas .É a proposição onde as causas se encadeiam com os efeitos,  os quais por sua vez são causas de outros efeitos posteriores.

Este mecanismo mental, que se aparenta ao silogismo grego tem, no entanto, raízes mais profundas, e tanto na China como na Índia existiram escolas de lógica, pelo menos desde os finais do 2º milênio a.C. As ultimas investigações demonstram que sem a aplicação de princípios lógicos na teoria das projeções, seria impossível a resolução ergonômica em construções tão exatas como as Pirâmides,  que datam, no mínimo, do 4º milênio a C.

O racionalismo nasceu da pretensão de que só a razão pode interpretar a realidade.

O homem tem tantos acessos à realidade como planos na sua complexa constituição, dar prioridade a um dos mesmos é, por outro de lado diminuir a capacidade de intuição e da experiência. É um afastamento antropocêntrico da natureza física e metafísica.  Procurando a realidade, o homem afasta-se do ecossistema do universo,  caminha inexoravelmente para a solidão e para o sofisma de identificar o pensamento com a existência.

O racionalismo exagerado começou com Aristóteles  na corporização das idéias e rebentou com Descartes, que se apoiou na dúvida e circunscreveu a racionalidade do mundo a leis de sucessão mecânica, excluindo toda a finalidade universal, negando princípios Platônicos. Malebranche, Spinoza, Leibniz, Wolff, Hobbes, Berkeley  e Hume matizam de formas diferentes estes assertos.

Kant faz reaparecer o metafísico, embora sobre aspetos gnoseológicas que criticam a razão pura e a razão suficiente.  Hegel fez entrar o irracional como forma de racionalidade da realidade.

As linhas mestras do pensamento humano diluem-se.

A complexa e cândida atitude de Tomás de Aquino, que torna a razão serva da religião por ele defendida, numa intuição de elementos que poderiam estar mais além da compreensão humana, afunda-se velozmente.

O homem desintegra o homem.

Esta síntese, tem por finalidade deixarmos no ar a seguinte pergunta?.. O que é que se passou para que o materialismo mecanicista toma-se de assalto a consciência do homem ocidental, levando-o de um ecossistema  de um mundo clássico balanceado, a outro acossado por angustias, incredulidades, vaidades e utopias, que refletindo-se nos povos, os precipitam no ateísmo e no materialismo mais digno de Bestas que de humanos?

Como é que, em nome da razão e do razoável, se caiu na loucura de um instinto desformado por subtilezas que a degeneraram. 

É um tema demasiado profundo para uma síntese como esta.  Mas podemos dizer, sinteticamente, que a queda do mundo clássico foi muito mais importante do que supõem os historiadores.

É aterrorizante, verificar que no século V,  se destruíram edifícios de sabedoria,  para em cima deles se construírem outros sem alicerces, sem bases.

São sementes da loucura.

E essa loucura ramificou-se, destruindo beleza e sabedoria, que teria tido perda total se os Árabes não tivessem vivido em zonas marginais ao antigo império romano,  guardando alguns elementos, assim como o fizeram ordens cristãs de cavalaria, que viviam isoladas em mosteiros. 

Proíbe-se sob a pena de morte o estudo dos astros, da anatomia humana, da circulação do sangue e da óptica.

Confrarias de loucos enraivecidos, desde os “fraticelli “ até aos “iconoclastas “ percorrem a Europa.

O Renascimento vê-se manchado pelas lutas sectárias da Reforma e da Contra – Reforma. A imprensa é considerada oficialmente diabólica;  Galileu teve que negar a rotação da terra para salvar a vida,  Giordano Bruno,  depois de anos de torturas foi queimado vivo numa praça de venda de flores em Roma.

A anti razão,  o dogmatismo na sua pior aceção, o abuso da força, impõem-se nos factos, mas não nos corações, nem nas cabeças. Muitos continuam a pensar?...E, esperam por uma lei física, como o peso de um pêndulo suspenso sobre uma lateral, que ao ser solto ultrapassará velozmente o ponto médio da verticalidade e subirá a lateral contraria a uma velocidade semelhante à da sua descida.

É necessário que a consciência da humanidade se vá revitalizando, readquirindo a sua essência, para que a lei física do pêndulo inverta a atual posição.

A concepção mágica do mundo falhou no seu aspeto religioso e político.

O mundo vê com horror os paraísos materialistas transformados em cancros.

Explorou-se a Natureza sem se pensar ou reconhecer uma sabedoria ecológica, reflexo do logos quase esquecido de Platão.

Como no caso do transatlântico  “Titanic”, algo falhou e perante a adversidade, o mundo nascido da ciência e modernidade afunda-se. Voltam de novo os piratas, os mercados de escravos,  os campos de trabalhos forçados,  os grupos de guerrilheiros,  fazem-se corridas de paralíticos.  Há bonzos Budistas e padres católicos ateus e comunistas.  

Há anarquistas que rezam todas as manhas.

Vivemos um diabólico carnaval.

Há um primeiro mundo, o capitalista,  onde todos trabalham e o “ capital “está feito em papel aceite como riqueza.

Um segundo mundo, o social – comunista,  em desintegração completa.

Um terceiro mundo, o dos não-alinhados de nome, porque todos estão alinhados, e só tem em comum a pobreza.  

Um quarto mundo que baseado na fragilidade dos outros três,  esta escalando posições agrupando elementos étnicos desprovidos do que chamaríamos consciência social, mas muito ricos em crenças, ódios e numa forma de espiritualidade, mais baseada na higiene e moral de superfície do que em procuras metafísicas.

Manifesta-se nos olhos da juventude de todo o globo, um novo mundo mágico, irracional e animista.

Tal como há 200 anos a metafísica se converteu em física, a psicologia converte-se em parapsicologia.

Vêem-se com ceticismo os aparelhos que sulcam as altas camadas da atmosfera e queimam os escudos de ozono que nos protegem dos raios cósmicos.

As pessoas com possibilidades fogem das grandes cidades para recriarem o modelo da velha casa simples, aquecida com lenha e rodeada de campos onde as crianças possam brincar.

Os “Safaris “ em África são fotográficos porque a redução da densidade da fauna bravia é controlada , dentro dos meios de que dispõem os governos africanos.

É inegável o retorno a volta, a potenciação dos germes que a razão não pode tratar nem solucionar.

 Espiritualidade e emocionalidade já não são desprezadas,  são vistas como aprofundamentos humanos.

Nasce um novo humanismo,  mas, à diferença do anterior, não é etnocêntrico, já tem uma tendência para o universal,  para o cósmico. 

Face ao que chamamos “ Mito do Neo - Racionalismo “, face aos seus fracassos e frustrações,  emerge uma nova esperança ainda de aparência confusa.

É o regresso há harmonia da natureza, ao conhecimento do verdadeiro,  ao trabalho individual e coletivo mas não massificante, que conduz a liberdade em convivência com todos os Seres visíveis e invisíveis. É o desmantelar por morte natural deste velho mundo repleto de intermediários, de partidos,  de seitas fanáticas, de cruéis revolucionários.

Juntemo-nos aos que alimentam uma nova esperança, lutemos por um mundo mais humano e justo.

JPF
17/07/2013 

PROGRESSO



PROGRESSO

Deriva do latim “progrêssus”, que significa a ação de ir para a frente. É uma ilusão dos sentidos, ébrios de esperança,  supor que todo o avanço é sinônimo de melhoramento e de felicidade.
A progressão aritmética de 1, 2, 3, 4, etc. não assinala que dois sejam melhor que um.  Se humanizarmos o processo torna-se evidente que tudo dependerá da qualidade e não do número, pois, só o néscio preferirá que lhe deem duas pauladas e não uma. E também seria néscio aquele que podendo receber dois benefícios só quer um,  se a natureza dos dois fosse semelhante.
Se observar-mos, filosoficamente a Natureza, concluímos racionalmente que o progresso deve ser inteligente,  harmônico, global,  ecológico,  se pretender-mos que seja positivo.  A paragem e até mesmo o recuo, quando é ditado pela sabedoria,  proporciona-nos mais perfeição do que avançar as cegas. A vida é um labirinto,  onde vale mais a precaução que a paixão. Os milenares mitos de Teseu e o Fio de Ariadne ainda são válidos.

A história psicológica conhecida do passado humano,  mostra-nos uma luta,  mais ou menos exposta, de duas tendências funestas:  uma que teme tudo o que é novo e faz germinar o imobilismo tipo pseudo- religioso ou supersticioso: a outra, a marcha que os filósofos do existencialismo denominaram de “fuga para a frente”.

Ambas são expressões de ignorância,  origem do medo e de todas as desgraças do homem.

A insegurança faz caminhar o homem,  mas também o faz deter-se.  Destas duas opções, vamos analisar a psicológica da Idade Média na chamada “ Bacia do Mediterrâneo”, berço da Civilização Ocidental. 

Derrubado o mundo clássico encarnado pelo Império Romano,  os seus destruidores ou cúmplices elaboraram um complexo de culpa,  que os fez viver pressentindo um fim do mundo, um juízo final que consideravam eminente.

Por paradoxal que pareça e seja,  este terror, ainda hoje interiorizado por muitas seitas, põe em conflito a energia com a matéria. 

A Idade Média apresenta-nos o pavoroso espetáculo das mais altas espiritualidades conjugadas com os materialismos que se dizem metafísicos na crença da ressurreição da carne.

O renascimento exprime na sua própria denominação todo um fenômeno de reconversão, material,  psicológico,  mental e espiritual.

Mas, o progresso já não é harmônico como no mundo clássico. Nasce o mito do progresso permanente. E as justas proporções são deixadas para trás na busca insaciável de uma felicidade extrapolada de todo o enquadramento cronológico e natural.

O indivíduo é empurrado pela circunstância a converter-se em multidão. Prevalece o número sobre a qualidade e a rapidez da marcha sobre a orientação da mesma.

As máquinas e as novas fontes de energia extra - humanas substituem primeiro as mãos do artesão,  braços e pernas,  e depois todo o seu corpo indo até à materialização do metafísico.

Os cantos da sereia do conforto,  da comodidade,  estabilidade,  criam a ilusão do progresso. E quando este não nasce do trabalho,  força-se a natureza e nasce a barbárie do despojo.

Mas, já não é o despojo controlado e necessário da velha horda,  é mais refinado,  subtil e perigoso da exploração dos recursos naturais e humanos sem prever o preço a pagar por essa exploração. O homem torna-se arrogante,  prepotente e gradualmente vai-se afastando da realidade,  do justo,  do bom e do belo.

Assim desembocamos no século XXI. Como domados monstros pré - históricos de incomensurável força, as máquinas fazem com que o homem se eleve nos ares, destrua com uma mão o que mil não fizeram,  renegue o seu passado e se lance no futuro com um salto simultaneamente glorioso e traumático. 

O homem converte-se num super - homem hiperdimensionado.  Todos os moldes se rompem  sem ter outros que os substituam eficazmente. O progresso desorganizado e interminável nasceu.

A multidão lança os seus tentáculos para a frente e em nome da liberdade escraviza-se cada vez mais. Para que dois homens chegassem à lua, desviaram-se milhões ao desenvolvimento, à miséria, à infelicidade. E mesmo os que chegaram à lua tão-pouco são felizes: o homem confundiu a potencialização dos seus meios com a potencialização de si mesmo. 

Olha depreciativamente para trás e diz ; “ há dois mil anos um homem não percorria numa hora mais de 30 km e eu percorro 30.000. Mas não percebe que o (áuriga) de uma biga romana não era inferior ao atual astronauta, inferior era o veículo e não o homem. 

Face aos genocídios, holocaustos, exploração e contaminação suicida, não podemos afirmar que o homem atual seja superior ao de dois mil anos atrás. Parece o mesmo, porem mais desconsertado e espiritualmente mais pobre ao depender cada vez mais da matéria que crê governar, mas que pelo contrário, o esta a esmagar.

Progrediu-se no formal, no ilusório, mas não se impediu que no limiar do século vinte e um, existam mais de 2.000 milhões de seres humanos vivendo na mais extrema miséria física e moral. De acordo com o que podemos extrair da história, nunca houve tantos pobres, tantos famintos, tantos carentes de pão, trabalho e liberdade e são cada vez em maiores os números.

Os que gozam de grandes benefícios são cada vez menos, e os que tem paz nas suas almas quase se extinguiram.

Hoje enfrentamos a terrível realidade de um mundo encharcado em sangue e lodo.

A célula fundamental da sociedade, a família,  desfaz-se. As nações convertem-se em meros territórios. Os templos enchem-se de ateus,  a idolatria do progresso indefinido não admite competências.

Quem reflete e filósofa, é acusado de abominações. Urge deter a fuga para a frente, antes que os mecanismos de segurança da natureza varram de um só golpe a presente civilização.
Velhos livros dizem-nos que isso já aconteceu com outras civilizações que se equivocaram, cujos erráticos filhos mutados em hominídeos deram inicio a outro doloroso ciclo de “idades da pedra”, que poderiam ter sido evitado, pois o Grande Mistério a que chamamos Deus pôs nas nossas almas a chispa do discernimento que hoje, quase destruído, jaze debaixo das patas da Grande Besta, criação diabólica que se materializou no século XX.

Ainda estás a tempo de parar, basta que uma voz interior te diga que entendeste o que acabas de ler e poderás gritar ao horizonte da história: sou um homem, Deus existe!

JPF
16/07/2013


O dogmatismo e a Historia.





O dogmatismo e a Historia.

A historia é impiedosa
Não perdoa aos dogmáticos
Que querem enganar os povos
Com suas noções de lunáticos.

Suas ilusões tocam o infinito
Mas são terráquea pequenas
Tem um tempo finito
Que desvanece ilusões efémeras.

Estamos em fins de tempos
Viragem de ciclo e século
Fins de utopias atrozes
Que deixaram marcas no tempo
Com guerras terríveis ferozes.

Este mundo tem sido governado
Por dogmáticos empedernidos
Os tempos estão a mudar
Com o tempo vão ser banidos.

Há guerras parlamentares
Há manifestações nas praças
Orquestradas por dogmáticos
Com terríveis e finas vidraças.


Que escreveram historia com sangue
Em campos de batalha
Masmorras e praças.

Apresentam-se como defensores do povo
Usando pele de cordeiros
Para esconder suas garras
De terríveis carniceiros.

Os caminhos do homem
E boas governações
Passam por um elevar de mentalidades
Para reconhecer inverdades.

Longe de impropérios e aberrações
Armas destes politiqueiros
Fanáticos... lunáticos... guerreiros.

Cultivadores de divisões
Torpes e vis paixões
Buscando vida facil...
Tachos e dinheiros.

É uma raça em extinção
No novo ciclo que esta a entrar
Onde vingará o amor
Depois de abolida esta escória pestilenta
Fedorenta
Mergulhada em escuridão.

JPF
16/07/13