O homem:
Caracteriza-se pela consciência que tem de si mesmo.
O sistema de verificação é feito através dos sentidos.
Os factos são armazenados num processo chamado memória, e
transmitidos de geração em geração, pôr meios variados e variáveis.
Os sentidos correspondem a uma determinada faixa, vivencial e
são limitados no espaço e no tempo.
Para cada forma de vida existem sistemas apropriados.
O sistema de memória permite a continuação das espécies.
Ela existe na intimidade das partículas e nos arquivos
complexos da humanidade.
A escolha de um conjunto de memórias proporciona a
existência, por tempo determinado, de um tipo humano ou uma espécie.
Para além dos seres verificáveis pelos sentidos físicos, há
outros seres, outras formas de vida, cuja existência é admitida pelos seus
efeitos na vida do homem.
Deles o homem tem uma menor consciência, devido a sua própria
natureza.
Esses seres agem e interagem e os seus efeitos só são
reconhecidos quando se fazem sentir no plano físico e psíquico.
Fazem parte da biologia e integram na vida.
Espirito, alma e
corpo:
Os sentidos físicos registam no homem os aspetos palpáveis, o
corpo, e um aspeto sensível, mas impalpável, a psique, ou manifestações
psicológicas.
O físico e o psíquico conjugado formam a personalidade, o ser
humano diferenciado, característico e único.
O corpo é formado pelo sistema de memória física, ligada a
herança atávica transmitida pelos ‘’gens’’, partículas submicroscópicas da
intimidade celular.
A psique ou alma, é gerada pela convergência da memória
física, e do aprendizado recebido no meio ambiente.
Ambos se originam de outros indivíduos, outras
personalidades.
Alem das atividades psicofísicas, o homem tem outro tipo de
manifestações, cujas origens não são do corpo nem da psique, pertencem as
vivências e memórias do espirito.
O homem é levado a ação, mediante três estímulos diferentes:
o físico, psíquico e espiritual.
A memória física é regida na sua reação, pelo condicionamento
ao mundo físico, do meio ambiente, através do sistema nervoso do grande
simpático ou neurovegetativo.
A memória psicológica, ou psique, interage por processos seletivos,
que proporcionam a ação consciente, a cada momento.
A perceção consciente dos sentidos faz-se paralelamente a perceção
inconsciente, ou subliminar.
O processo seletivo escolhe imagens, formando as ideias e
estas associadas formam os pensamentos.
O espirito funciona num plano diferente, adimensional, num
organismo paralelo ao conjunto psicofísico.
O espirito transcende o tempo, vive em dois planos e acumula
muitas vidas.
As três faixas vibratórias; física, psíquica e espiritual,
agindo no ser humano, se não estiverem equilibradas, determinam a tendência da
pessoa, pendendo para a que se impõe sobre as outras; animalizada, psíquica ou
espiritual.
O Universo;
É um todo, continuo e em perpétuo movimento.
Divide-se em três planos, físico, psicológico e espiritual.
Visto pelos sentidos; e ampliado pelos
instrumentos, apresenta-se composto por corpos celestes e fenómenos conhecidos,
relativamente ao alcance de verificação.
Pela Psique; é interpretativo e de abstração,
é deduzido ou induzido. Forma-se um pensamento, uma interpretação, que varia
com o tempo e as circunstancias.
O Espirito; Está ligado ao plano
religioso, por uma perceção indefinida de factos, que escapam a racionalização
física e psicológica.
O mundo espiritual é tudo que escapa ao sistema indutivo ou
dedutivo.
Cada um destes planos é gerido regulado por faixas
vibratórias percetíveis na experiência quotidiana de qualquer pessoa.
O homem pode saber o estímulo que ocupa o seu campo
consciencional a cada momento.
Estes três planos coexistem simultaneamente e ocupam espaços
de acordo com o seu grau de vibraticidade.
A vibração de cada plano determina a organização das
partículas componentes.
O campo consciencional, é a sede dessas perceções, é o
denominado Eu, uma abstração definida, uma Quarta dimensão, separada das outras
três.
‘’Eu’’ sinto o meu corpo, percebo a minha psique, e sou
obrigado admitir a presença do meu espirito simultaneamente. Mas sou sempre
‘’eu’’, algo separado do corpo, alma e espirito, uma vez que registo todos
eles.
Relação
Interdimensional:
Toda a ação no universo é feita por algo intermediário, que
pode ser facilmente observado pelo senso comum.
O homem é um ‘’médium’’ por excelência, recebe energias
transforma-as, adequando-as a cada sector do universo que o cerca.
Diferencia-se dos outros porque é portador de um espirito,
que anima cada conjunto psicofísico.
Os outros seres, qualquer que seja a sua natureza, são
dotados de corpos físicos, psíquicos ou almas. A alma é maior ou menor
dependendo da complexidade do organismo que anima. Ela o mantém vivo, dá a
vida, dirige o organismo nas suas relações com o meio, mas esse meio é
limitado, tem um sentido horizontal, não cria, apenas transforma.
Só o espirito traz uma finalidade, um rumo, um objetivo, só
ele tem um sentido vertical, mais amplo, ilimitado em relação a natureza.
O ponto de encontro entre o espirito e a natureza é a
passagem de um para outro plano, a vida e a morte, quando o espirito entra nos
planos materiais, deixa os espirituais, pelo menos de forma mais assídua,
permanente, quando parte para os espirituais, dá-se a morte física.
Já Jesus dizia; ‘’ é preciso morrer-se para Ter vida’’ , isto
é, renascer de novo.
Este é o sentido profundo, de fácil perceção das relações
interplanos.
‘’Na casa de meu Pai existem muitas moradas’’. Esta expressão
evangélica é o paradigma de referência a crença da habitabilidade do espirito
em outros mundos. Admitindo a reencarnação teremos de acreditar que o espirito
vem de algum lugar organizado e no âmbito de um planeamento reencarnatório
evolutivo.
As literaturas
espiritualistas; dizem-nos que ele vem a terra a fim de completar um
ciclo de experiências, retificar erros da sua trajetória ou retomar alguma
tarefa interrompida da reencarnação anterior.
Classificando estas vindas da seguinte forma:
Expiação; Significa que o espirito
ainda não encontrou os caminhos do cosmos, amor e verdade, resgata karma e cria
karma, é a criança que ainda não sabe definir o bem do mal, o que esta certo ou
errado, que ainda não se identificou com a Grande Mente Criadora, DEUS, da qual
faz parte, e se deixa influenciar por espíritos encarnados e desencarnados, que
como ele ainda não se encontraram.
Provação; É todo aquele que resgatou o seu karma, já
se identificou com A Grande Mente Criadora, DEUS UNO E ÚNICO DOS UNIVERSOS, e
vem testa-lo, solidificar os aprendizados feitos, para ingressar em planos
superiores.
Missão. São os espíritos que já
passaram as fases anteriores e vem com a sua sabedoria e pureza, ajudar a
humanidade a crescer, são os denominados espíritos de luz, que atuam nos dois
planos, físico quando encarnados, e psíquico quando mentores.
Isto diz-nos que o espirito traz consigo a memória das
atividades anteriores, e que temos de aceitar a atual condicionada as
anteriores experiências.
Assim o equilíbrio do homem consiste em reajustar, harmonizar
as suas três faixas vibratórias com o mapa desse roteiro.
O ser humano só é equilibrado quando vive em paz consigo
mesmo, com os caminhos que escolheu anteriormente, com a trajetória do seu próprio
espirito.
A reencarnação, representa a morte as avessas, é a exaustão
da vivência em determinada faixa e o início em outra faixa. O espirito deixa um
mundo e entra em outro.
Guias e Mentores:
No planeamento sideral, o espirito tem a sua reentrada no planeta
bem delineada.
E traz consigo as conquistas da sua trajetória anterior,
proveniente dos recantos do universo por onde tenha passado.
Embora seja único, na sua complexidade do seu vir – a – ser
constante, a sua existência é sempre relacionada com outros seres que também
fazem a sua trajetória.
O espirito percorre caminhos diversos, com outros espíritos
variados, mas sempre ligados entre si no caminho maior.
Assim, núcleos, átomos, moléculas, células, falanges de
espíritos afins, em gigantesco concerto, percorrem universos, formando
hierarquias infinitas.
Uns são instrutores dos outros, uns num plano, outros noutro,
alguns descendo o vértice involutivo, outros subindo para a meta evolutiva.
Guias e mentores, são os espíritos responsáveis pela etapa
terrena de outros espíritos.
O Mentor é o espirito zelador do programa que o espirito
delineou para si na presente reencarnação.
Como o engenheiro, que acompanha a obra em andamento, ele
assiste o espirito na sua personalidade transitória. Respeitando o libre
arbítrio do seu tutelado, ele usa de todos os meios possíveis para que ele
obedeça a planta da obra, sem interferir na sua liberdade.
A vida na terra é como um curso universitário. O aluno
escolhe as matérias, faz o vestibular, as provas e sai diplomado ou não.
Recetividade dos
seres humanos:
O aparelho humano é o mais complexo e sensível recetor da
natureza.
As deficiências do homem são aparentes. Ele não consegue
perceber o som como o cão, mas a sua capacidade seletiva permite-lhe registar
mais que o cão.
A natureza tomou cuidados especiais ao preservar a tónica
humana, para a gama estritamente indispensável para a vivência física. Assim o
homem pode usar as suas energias em outras formas de sensibilidade.
O hábito de se fechar os olhos para se concentrar em algo
especial, significa a eliminação de estímulos visuais do exterior, para nos
ligarmos, nos tornarmos mais sensíveis aos estímulos da memória.
Para sermos mais recetivos ao nosso mundo psicológico,
diminuímos ao máximo a receção aos processos físicos.
Somos senhores da técnica seletiva e atendemos ao mundo
físico ou psicológico, de acordo com os nossos interesses.
Recetividade Mediúnica:
Quando falamos em ‘’médium’’, o comum das pessoas alia esta
definição a comunicação com os espíritos; neste caso consideramos ’’ médium’’
todo o ser humano como intermediário na receção e emissão de muitas forças.
Mediunidade é uma forma de energia, partículas em movimento e,
portanto, condutora.
Sua vibração supera as do mundo físico e a do psicológico.
As coisas que acontecem pelo processo mediúnico são mais
rápidas que as que acontecem no plano físico ou psíquico.
O homem está a desenvolver uma atividade manual, mecânica,
física, e o seu cérebro esta a pensar e os processos são interdependentes, com
certa sintonia.
Mas o campo vibratório do pensamento é mais rápido que o da
vivência física.
Ele pensa ou faz de acordo com o seu interesse do momento.
Seu campo consciencional está a focalizar uma ou outra forma de ação (pensar ou
fazer são apenas formas de ação).
Enquanto pensamos ou agimos, nosso espirito também age
através do processo mediúnico.
JPF
19/11/12