Cegueiras políticas: e as
Harpas dos sofistas, tem os dias contados.
Pode dizer-se com rigor, que
de Moisés aos nossos dias, a governação dos povos, viveu uma permanente
promiscuidade entre políticas e religiões.
Pode dizer-se, porque é histórico,
que a promiscuidade entre políticas e religiões, escreveu a história mais negra
desta civilização.
Pode dizer-se, que os métodos adotados,
de uma irracionalidade a todos os níveis, impostos pela violência, ainda fazem
parte das políticas dos tecidos sociais em que vivemos. Bem visíveis nas
guerras intestinas, que se desenrolam nos parlamentos, assim como nos mimos
trocados entre as bases. E mais irracional se torna, quando essas guerras se
desenrolam dentro dos próprios partidos, em nome de uma liberdade de
pensamento, enfermo, distorcido, moribundo.
Pode dizer-se que a
mentalidade dos povos, foi largamente afetada negativamente, trocando o óbvio
pelo absurdo, ou se quisermos pelo obscurantismo, em defesa de grupos, de forma
alienatória, controversa e irracional.
Pode dizer-se que a maioria
esmagadora do povo português, esta acordar, acordou, dos cantos das sereias, em
que as Harpas dos sofistas o mergulharam. Salvo uma ínfima minoria, do reduzido
leque politico, que alheios as realidades do país, continuam a esgrimir as suas
lanças, contra os moinhos de vento, que prevalecem nas suas doentes cabeças. Alimentado
um ego, que já não faz o menor sentido.
Tudo indica, que para o povo português,
jamais será como antes. As últimas sondagens assim nos dizem; 87% dos
portugueses estão contra os políticos, e 70% não querem eleições antecipadas. Indicadores
onde se vislumbra alterações profundas no tecido social e politico português. Não
se compreende e justifica, grupelhos políticos, sem representatividade, ricos
em agressividade, defensores de ideologias politicas banidas de outros países, continuar
agitar a mente dos portugueses, e mais grave, a pesarem no despesismo publico, em
prejuízo da maioria dos portugueses.
A democracia portuguesa, para
vingar, tem de reduzir substancialmente o peso da máquina governativa, tem do
cortar as mordomias, a faixa de novos-ricos que pariu. Os governos emergentes
da situação criada, tem de governar para a maioria do povo português, com isenção,
rigor e verdade.
Portugal, país pequeno, tem de
reajustar a máquina governativa a sua dimensão, a sua capacidade de produção. E
para tal bastam-lhe duas forças politicas, em alternância na disputa pelo
poder, reajustadas as suas realidades.
Social-democracia, e
Socialistas, disputando o poder através de boas governações.
Esquerdas e direitas, são utopias
históricas, testadas, provadas, que não levaram nada de bom, aos países onde
estiveram implantadas. Derivam da era industrial, outra página negra, para
esquecer, desta civilização.
O ponto convergente dos povos,
que une, liga, em torno de um ideal comum, não são comunismos ou capitalismos. São
governos rigorosos, de equilíbrio, que governem beneficiando as maiorias. Em
que os eleitos, não passam de trabalhadores com iguais regalias, equiparadas as
das maiorias, num enquadramento cronológico e justo, das funções de cada um.
Os políticos, tem de se consciencializar,
que são trabalhadores de quem os elege. E a sua entidade patronal (povo), tem
de ser suficientemente esclarecida, e desprendida para não os endeusar, como
aconteceu com os credos religiosos, que em nome do Deus judaico, se cometeram
as maiores barbaridades.
O Deus Judaico, não tinha
forma de controlar, os que usaram e abusaram do seu nome. Os povos, tem
formulas, possibilidades de controlar os seus políticos. Os portugueses, ao
demarcarem-se do poder politico, ao retirarem-lhes a confiança, estão abertos a
novas formulas politicas, a políticas diferentes. Estão a dizer não ao
endeusamento politico, de uma jovem democracia de má memória, que colocou
Portugal no ponto mais baixo da sua história.
Os tempos são difíceis para os
portugueses, é longínqua a luz ao fundo do túnel, e esta falta de visão do
futuro, pode incentivar aventureirismos, que em nada beneficiem Portugal e os
portugueses.
Pensamos que a única saída,
passa por uma renovação dos dois partidos, com mais representatividade em Portugal,
Sociais-democratas, e Socialistas. Que com novos visuais, consubstanciados com
atos de rigor governativo, tem de chamar a si novamente, os portugueses que
deles se divorciaram.
Pensamos ainda, que nas políticas
do futuro, não cabem as guerras intestinas que se tem verificado, próprias de
mentalidades, que não condizem com a viragem de seculo e ciclo em que estamos a
entrar.
O humanismo universal, de
unidade, fraternidade e verdade, para que irreversivelmente caminha-mos, não se
constrói, com agressividades, sofismos e mentiras.
As mentalidades estão a mudar,
e são os partidos, que têm de se reajustar as novas mentalidades, governando
com isenção e rigor.
JPF
29/11/12
Sem comentários:
Enviar um comentário