Capitalismo selvagem a sombra
da democracia.
Portugal em 38 anos de
governos ditos democráticos, viveu o mais puro capitalismo selvagem. Esbanjou-se,
açambarcou-se e hipotecou-se o futuro dos portugueses. E mais grave com o seu beneplácito,
explorando a sua ingenuidade.
Não é necessário ser expert em
economia, para perceber que numa estrutura comercial ou industrial, quanto
maior for o peso administrativo, maior é o peso sobre o núcleo produtivo, que
para ter preços de mercado, tem que reduzir os salários aos seus trabalhadores,
pagando-lhe salários por defeito, que na maioria dos casos não condizem com o
trabalho que desenvolvem.
As leis laborais que deviam regulamentar
um equilíbrio justo, reflectem a índole e os caminhos seguidos pelos governantes
que tivemos. Se analisarmos esses caminhos sem palas laterais, verificamos que todos os primeiros ministros que passaram pelo poder, pelas legislações a que deram cobertura,
e outras necessárias, harmoniosas e justas, que não incentivaram. nem deram cobertura. foram os grandes responsáveis pela criação de grandes lóbis, e de novos-ricos,
a custa da força do trabalho. Foram os principais mentores do capitalismo
selvagem que se instalou em Portugal.
A democracia portuguesa
corresponde a uma máquina política e administrativa pesadíssima, que penaliza a
força do trabalho, escraviza os trabalhadores. Que tem de produzir, para
sustentar um número exagerado de parlamentares, alguns autênticos parasitas políticos.
No tecido administrativo estatal e privado, é escandaloso verificar que há administradores
que ganham num mês aquilo que uma família da classe média não tem em anos de árduo
trabalho.
Em Portugal instalou-se um
capitalismo selvagem a todos os níveis. É necessário dar voz aos portugueses de
bom senso, com ou sem cores partidárias, para que se reduzam as assimetrias
criadas. Isto dito de forma simplista, significa uma revisão das políticas
seguidas, um identificar e expurgar dos tecidos políticos todos aqueles que contribuíram
com os seus esbanjamentos e mas governações para a terrível situação em que Portugal
se encontra. Sem uma renovação ordeira, consciente e profunda, Portugal não sairá
do abismo em que o mergulharam.
JPF
JPF
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