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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Capitalismo Selvagem, a sombra das democracias.



Capitalismo selvagem a sombra da democracia.


Portugal em 38 anos de governos ditos democráticos, viveu o mais puro capitalismo selvagem. Esbanjou-se, açambarcou-se e hipotecou-se o futuro dos portugueses. E mais grave com o seu beneplácito, explorando a sua ingenuidade.

Não é necessário ser expert em economia, para perceber que numa estrutura comercial ou industrial, quanto maior for o peso administrativo, maior é o peso sobre o núcleo produtivo, que para ter preços de mercado, tem que reduzir os salários aos seus trabalhadores, pagando-lhe salários por defeito, que na maioria dos casos não condizem com o trabalho que desenvolvem.

As leis laborais que deviam regulamentar um equilíbrio justo, reflectem a índole e os caminhos seguidos pelos governantes que tivemos. Se analisarmos esses caminhos sem palas laterais, verificamos que todos os primeiros ministros que passaram pelo poder, pelas legislações a que deram cobertura, e outras necessárias, harmoniosas e justas, que não incentivaram. nem deram cobertura.  foram os grandes responsáveis pela criação de grandes lóbis, e de novos-ricos, a custa da força do trabalho. Foram os principais mentores do capitalismo selvagem que se instalou em Portugal.

A democracia portuguesa corresponde a uma máquina política e administrativa pesadíssima, que penaliza a força do trabalho, escraviza os trabalhadores. Que tem de produzir, para sustentar um número exagerado de parlamentares, alguns autênticos parasitas políticos. No tecido administrativo estatal e privado, é escandaloso verificar que há administradores que ganham num mês aquilo que uma família da classe média não tem em anos de árduo trabalho.

Em Portugal instalou-se um capitalismo selvagem a todos os níveis. É necessário dar voz aos portugueses de bom senso, com ou sem cores partidárias, para que se reduzam as assimetrias criadas. Isto dito de forma simplista, significa uma revisão das políticas seguidas, um identificar e expurgar dos tecidos políticos todos aqueles que contribuíram com os seus esbanjamentos e mas governações para a terrível situação em que Portugal se encontra. Sem uma renovação ordeira, consciente e profunda, Portugal não sairá do abismo em que o mergulharam.

JPF   
     

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