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domingo, 13 de maio de 2012

Humanismo Universal



Humanismo Universal

O Humanismo Universal é a palavra-chave para os caminhos do futuro, estamos numa viragem de seculo e ciclo, mitos, políticos e religiosos, autores de uma história negra, que mergulhou a humanidade no mais tenebroso obscurantismo, estão a ruir como castelos de cartas ao sopro dos avanços científicos, ética, moral e razão. Começam a ficar criadas as condições para unificar conhecimentos atuais a outros anteriores a Cristo. Políticas sofistas, misticismos e dogmatismos têm os dias contados.

Em fins de 2012 o nosso planeta fica completamente integrado na constelação de Plêiades, cuja estrela principal é Alcíone, sofrendo a sua natural influência através dos fótons, que estão a envolver a terra, energia mais rarefeita que a dos eletrões em que a terra esteve mergulhada. O psiquismo do homem está a sofrer alterações profundas, deixando de ser homem rebanho. Ao ter um conhecimento aprofundado de si mesmo, no campo individual e coletivo, nos caminhos do cosmos, como ser físico e espiritual, terá uma visão alargada a 4 dimensão e aos mundos de energias em que vivemos.

O homem está a readquirir os conhecimentos que lhe sonegaram, e milhões de mortos causaram. Vitimas, que não se acomodaram as cegas imposições de políticas e religiosos, que dominaram a terra.

A nossa intensão tem por finalidade, uma divulgação alargada de ideais comuns,  visa o enriquecimento de conhecimentos com o contributo de todos os participantes, com a finalidade de darmos continuidade ao trabalho que grandes humanistas iniciaram antes da Cristo, unificando-os com os da era atual, visando um elevar de mentalidades, a caminho de uma fraternidade universal, humana e justa.

Nestas páginas de uma forma ou outra vemos denúncias constantes de casos que chocam e devem ser divulgados, unamos esforços e no conjunto denunciemos tudo o que achamos de errado, visando a harmonia e paz. Pensa decide-te e participa, com os conhecimentos que tens na ajuda do próximo.


Breve Introdução à História do Humanismo:

O Humanismo teve o seu início na Grécia Antiga, berço da civilização ocidental. Desde essa altura esteve no centro de períodos de grande avanço no mundo Ocidental, como o Renascimento e o Iluminismo.

Sócrates:
As primeiras referências a filosofias semelhantes ao Humanismo surgem na Antiguidade, no turbilhão de ideias produzido pelos filósofos da Grécia. Foi com eles que pela primeira vez no mundo ocidental se tentaram encontrar explicações racionais para o mundo que nos rodeia, sem ter por base a religião e a superstição.

Sócrates, condenado à morte em 399 a.C., por colocar em causa os deuses oficiais e sendo por isso acusado de corromper a juventude, foi o primeiro Humanista famoso, apesar de ainda não ser conhecida tal palavra. A convicção nas suas ideias era tanta, que se recusou a pedir misericórdia pelos seus atos, sendo por isso obrigado a suicidar-se com cicuta.

Sócrates baseava a suas ideias nos problemas humanos, tentando descortinar o modo de vida ideal para o homem. Acerca dele alguém disse que "fazia a filosofia descer do céu à terra, alojava-a nas cidades e trazia-a para dentro dos lares, obrigando as pessoas a pensar acerca da vida e da moral, acerca do bem e do mal".

Para Sócrates, a virtude identificava-se com o saber e o homem só agia mal por ignorância. Ao contrário dos sofistas, ele considerava que a capacidade de distinguir o certo do errado estava na razão das pessoas e não na sociedade.

Sócrates acreditava que a busca incessante pelo conhecimento era vital, sendo dele a célebre frase "Só sei que nada sei".

Apesar de ter noção da sua ignorância, foi dos primeiros a afirmar que era possível ao homem alcançar verdades absolutas sobre o Universo e que a base para a aquisição de conhecimento era a razão.

Na sua época, as afirmações de Sócrates eram fortíssimas, tal como era forte a sua capacidade de argumentação, que fazia os mais convictos reconhecer que estavam errados e chegar por si próprios a novas conclusões. Apesar de não nos ter deixado nenhum registo escrito das suas ideias, só conhecemos dele o que nos chegou via outros filósofos, nomeadamente Platão, a sua influência sente-se até aos dias de hoje.

Estóicos:

Também o estoicismo, movimento que surgiu por volta de 300 a.C. em Atenas, mas que influenciou a cultura romana até cerca de 200 d.C., fez contribuições importantes para o Humanismo, nomeadamente em termos da moral, da importância do raciocínio para o conhecimento da natureza, dos princípios de entreajuda entre os indivíduos e do valor de levarmos uma vida feliz.

Os Estóicos afirmavam que a procura de uma moral devia ser feita observando a natureza. Com essa observação poderíamos encontrar a justiça universal, que está presente nas leis naturais e que seria compreensível por todos os homens, sendo as leis humanas uma pálida imitação da lei natural.

O conceito de Humanismo, como conceito onde o homem ocupa um ponto central em termos filosóficos, foi pela primeira fez referido por Cícero, um Estóico, que pronunciou a célebre frase humanista "para a humanidade, a humanidade é sagrada".

Os Estóicos eram cosmopolitas, integrando-se na sociedade do seu tempo e preocupando-se com o bem comum, tendo sido inclusivamente os primeiros, no mundo ocidental, a criar instituições de caridade para os pobres e doentes.

Em resumo, podemos afirmar que os humanistas da Antiguidade: se concentravam nos seres humanos;
Aceitavam a razão do homem como a base de toda a perceção;
Acreditavam na existência de uma ordem universal;
Acreditavam numa lei natural que se aplicava a todos os seres humanos.

O Humanismo no Renascimento:

Após a idade média, surge no século XIV, como força contrária ao obscurantismo introduzido na Europa pelos excessos do Cristianismo e da Igreja Católica, o Renascimento.

O Humanismo do Renascimento constituiu um ponto de viragem nas preocupações com as falsas imoralidades e colocou a ênfase na importância de se viver a vida com prazer. Foi também um período em que as artes e o conhecimento floresceram e que a Europa progrediu em termos civilizacionais, recuperando do seu atraso relativamente a outras partes do mundo.

Leonardo da Vinci:

Como um exemplo de um homem do Renascimento, podemos apresentar Leonardo da Vinci. Jovem, com apenas 17 anos, viajou em 1469 para Florença, núcleo do Renascimento. Nesta cidade, energicamente, envolveu-se em todas as áreas da arte, da cultura e da ciência. Interessou-se pelo estudo da natureza e dos processos naturais, dando a sua atenção a assuntos tão distintos como o movimento da água, o sistema circulatório humano, o feto no ventre da mãe e as fibras e pétalas das plantas. Não bastando isto, tornou-se inventor, descobrindo princípios que ainda hoje são utilizados em muitas das nossas máquinas.

Foi também um estudioso do homem. Criando estudos, esboços e pinturas geniais que denunciam uma grande sensibilidade pela beleza da forma humana. Com as suas obras ajudou a quebrar um tabu de quase mil anos na Europa: a representação do nu. O seu fascínio pelo ser humano pode ser observado nas suas pinturas, onde os seres humanos têm um forte carácter e personalidade, como por exemplo na Mona Lisa, na Mulher com Arminho ou na Última Ceia.

As ideias do Humanismo Renascentista:

A Renascença representou o renascimento do Humanismo da Antiguidade. Em busca de filosofias e moralidades alternativas às cristãs, que tinham sido universais durante a Idade Média, os humanistas da Renascença estudaram as obras produzidas na Antiguidade Grega e Romana.
Na Renascença tornou-se numa obsessão, o regresso ao passado clássico, à sua arte e cultura, que influenciou fortemente a educação que passou a incluir o estudo do Humanismo. Este foi o período em que a Europa iniciou a sua longa caminhada para a secularização, que conduziria ao afastamento da Igreja dos caminhos do poder.

O Renascimento viu nascer o método empírico, método esse, que é usado pela Ciência Metodo até aos nossos dias, e que foi fundamental para dar credibilidade à Ciência.

Podemos afirmar que o Renascimento contribui para a filosofia da época com:
Uma nova atitude em relação à humanidade;
Uma grande vitalidade intelectual;
Uma nova visão do mundo natural;
Um novo método científico que retirou à religião o controle do conhecimento;
A importância de apreciar a vida ao máximo.

O Iluminismo:

O século XVIII trouxe uma nova etapa ao Humanismo, com a chegada do Iluminismo, que teve as suas origens em Inglaterra, mas que conheceu o seu auge em França. O Iluminismo foi importante, por ter aprofundado muitas das ideias da Renascença, mas também por dele terem surgido algumas ideias originais e importantes para o Humanismo.

Voltaire:

Este francês, foi o expoente do Humanismo Iluminista. Tendo sido preso aos vinte e três anos devido aos seus versos satíricos sobre as autoridades, foi libertado sobre a condição de sair do país. De França viajou para Inglaterra, onde foi fortemente influenciado pela liberdade de expressão, tolerância religiosa e racionalidade aí predominantes. Fez da sua vida uma luta constante contra o fanatismo, a intolerância e o abuso de poder, tendo feito ataques particularmente fortes ao poder eclesiástico.
Apesar de não ser ateu, lutou contra a opressão religiosa e a crença dogmática em Deus. Isto devia-se a que, considerava que nada sabíamos do possível criador do mundo, pois ele nunca se poderia ter revelado sob a forma sobrenatural em que acreditam os Judeus, os Cristãos e os Muçulmanos. Deus apenas se podia manifestar através da natureza e das leis naturais.

Voltaire afirmava que a cegueira e a ignorância faziam com que os homens se perseguissem e matassem uns aos outros, em nome da religião. Considerava ainda absurda a ideia de que se poderiam mudar os acontecimentos do mundo e influenciar Deus através da oração, pois o mundo é controlado por leis imutáveis. Para ele o esclarecimento e a razão acabariam mais tarde ou mais cedo por vencer, desde que se conseguisse explicar os novos conceitos e ideias do Iluminismo de uma forma simples, compreensível por todos.

As ideias do Humanismo Iluminista:

Tal como os humanistas da antiguidade, os filósofos do Iluminismo acreditavam na razão do homem, sendo inclusivamente o Iluminismo também conhecido como a Idade da Razão. O seu objetivo era estabelecer uma base moral, religiosa e política que acompanhasse a razão intemporal do homem.
A ênfase passou a ser colocada na educação, com o objetivo de se criar uma raça iluminada. Os iluministas acreditavam que tinha chegado o momento de esclarecer as massas, criando assim uma sociedade melhor. Com uma maior educação, seria o fim da miséria e da opressão, pois estas eram causadas apenas pela ignorância e pela superstição. A humanidade iria dar grandes avanços e a irracionalidade e ignorância seriam varridas da face da Terra.
Os iluministas lutavam pelos direitos do indivíduos e do cidadão, o que significava a luta primordial pela liberdade de imprensa, que não existia na época. Os direitos do indivíduo de expressar as suas opiniões tinham que ser assegurados, quer fossem assuntos de cariz religioso, moral ou político.
Como produtos que ainda hoje influenciam as nossas vidas, foram os criadores da Enciclopédia, inspiraram muitas das constituições que existem hoje pelo mundo fora e criaram os alicerces para a Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

Os humanistas do Iluminismo:

Revoltaram-se contra as velhas autoridades, como a da Igreja e a da aristocracia;
Defendiam o primado da razão;
Trabalhavam pela educação das massas;
Acreditavam no progresso cultural e tecnológico;
Desejavam banir da religião, o fanatismo e o dogma;
Lutavam pela inviolabilidade dos indivíduos, pela liberdade de expressão, pela justiça, a filantropia e a tolerância.

Conclusão:

"O Humanismo é uma postura de vida democrática e ética, que afirma que os seres humanos têm o direito e a responsabilidade de dar sentido e forma às suas próprias vidas. Defende a construção de uma sociedade mais humana, através de uma ética baseada em valores humanos e outros valores naturais, dentro do espírito da razão e do livre-pensamento, com base nas capacidades humanas. O Humanismo não é teísta e não aceita visões sobrenaturais da realidade."
"A palavra Humanismo deriva do latim humanus, que significa "humano". Podemos definir brevemente um humanista como alguém cuja visão do mundo confere grande importância aos seres humanos, à vida e ao valor do ser humano. O Humanismo realça a liberdade do indivíduo, a razão,  oportunidades e  direitos."

JPF



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