Navegando contra a corrente:
Alguns amigos ao lerem este blogue, interrogaram-se e confrontaram-me com varias perguntas, argumentando desta forma. Ao ler-te constatámos que és crente, acreditas em Deus, mas não conseguimos perceber a que religião estas ligado. Geralmente a brincar respondo, a todas e nenhuma, esta resposta deixa-os ainda mais confusos. Razão porque achei por bem, responder aos amigos que me confrontaram com estas perguntas, e ainda aqueles que não tem possibilidades de o fazerem.
Amigos e leitores, a resposta é simples, fui criado na religião católica, na década de 70, em Moçambique, foi-me dado assistir a alguns fenómenos, que me surpreenderam, uma vez que racionalmente não tinha explicação para eles (os tais mistérios muito em voga), comecei a ler tudo o que havia para ler sobre eles, recorri ao Yoga, Budismo, Hinduísmo, Taoismo etc., percorri todas as essência das religiões orientais, a meu ver bastante mais avançadas que as ocidentais. Formei um paralelo entre estas religiões e livros de vários autores, que escreviam sobre os mesmos temos, há luz da investigação e ciência. Mas não satisfeito, e para ordenar conhecimentos adquiridos de forma empírica, fui fazer filosofia clássica, consoante ia avançando, mais se ia enraizando a ideia, de que ao longo de séculos temos sido enganados por uma grande maioria dos credos religiosos, que defendem os interesses de grupo, em detrimento da verdade universal. Não quero com isto dizer que muitas, em especial as orientais, não contenham excelentes respostas e ensinamentos benéficos a humanidade. Mas uma grande maioria das religiões e seitas ocidentais, consoante a ciência for avançando, estão condenadas ao fracasso a desaparecerem, tais são os absurdos que defendem. A religiosidade do homem, reside no próprio homem, é este que de forma racional tem de encontrar o canal que o liga ao Divino, através de uma auto-redenção, e não de uma alo- redenção.
Vivemos em mundos de energias, a mente humana é um enorme produtor de energias, que podem ser positivas ou negativas. Quando o homem aprender a pensar, tiver consciência que dos seus pensamentos depende a sua forma de viver e felicidade, não precisa de se ligar a nenhuma religião, para encontrar a voz da razão, caminhar positivamente e ser feliz.
Reparem, quando fazemos uma boa acção, sentimo-nos bem com nós mesmos, satisfação interior. Uma má acção, causa alguma mágoa, porque razão não havemos de cultivar as boas acções, fazer o bem, em detrimento do mal.
De forma simplista, este é o caminho, a minha verdade é um pouco maior, mais abrangente, fruto de bastante investigação.
A resposta cabal, directa, é, não estou ligado, nem dependente de nenhum credo religioso, exponho as minhas linhas de pensamento com prazer, satisfação, uma vez que foi através delas, que construi a minha verdade, e esta verdade fez de mim um homem sem medos, calmo, em paz comigo mesmo e com o mundo, sou feliz. E é esta felicidade que gostaria se expandi-se a humanidade, para que se construi-se um mundo mais prospero e fraterno.
Em suma, se todos dermos um bocado de nós mesmos, de forma individual, não é necessária qualquer ligação, para que o bem floresça. É com satisfação que ao ver as estatísticas deste blogue iniciado em fins de Maio de 2011, verifico ter leitores em vários pontos do globo e em países bastante desenvolvidos.
Concluindo; Navego só contra a corrente.
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