Neste canto junto ao Indico
Neste canto junto ao Indico,
Em noites de lua cheia,
Olho as estrelas reflectidas no mar,
Penso nos intrínsecos caminhos do mundo,
E nos cantos da sereia,
Com que nos querem enganar.
Oiço as vozes da escuridão,
Que ecoam como o trovão,
Despidas de amor ou de pão,
Com que nos querem amedrontar,
Para lhe levarmos o dizimo e com ele viajarem,
Pelos quatro cantos do mundo,
Dizendo que vão evangelizar.
Sacando os diabos do saco,
E com eles nos amedrontarem.
Não temais as excomunhões,
Em que são useiros e vezeiros,
A quem os contrariar,
Reparai nos governos de Angola,
Que não os querem naquele lugar,
E a quem as excomunhões,
Não conseguira fazer mudar.
Não vos preocupeis com os fins do mundo,
Que vos são anunciados,
Todos os dias há fins do mundo,
Para os que passam para o outro lado.
O ser primeiro e o espírito,
No corpo físico a viajar,
Não e residente na terra,
Pertence a outro lugar.
Não temam os trovões, musicas, cores escuras, aberrações, com que se fazem adornar, não temam as excomunhões, a boa maneira antiga, que só servem para enganar.
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