Heliodoro Frescata,
Professor, Doutor, companheiro, amigo,
Na gesta africana,
Ao sol do trópicos,
Onde a terra aquece mais,
Caldeamos uma pura e sã amizade,
Com base nos horizontes alargados dos nossos ancestrais,
Deslumbrados pela imensidão e grandeza,
De uma nação,
Que para os continentais,
Era um mito,
Uma ilusão.
Trocando conhecimentos e valores,
Dissecamos politicas,
Fizemos criticas,
Arquitectamos projectos,
Tocamos mentes,
Hoje mais conscientes.
Tuas cartas ou tratados filosóficos,
Releio e revivo nossas discussões,
Desapaixonadas opiniões,
Mas convergentes,
Na construção de um humanismo sólido,
Abrangente,
A todos os povos do mundo,
Englobando todas as gentes.
Com saudade vi-te partir,
De novo da terra onde nos conhecemos,
Onde vim reiniciar a minha missão,
Muitas das questões que debatemos,
Estão hoje no ar,
Espalhadas pelo mundo,
A serem lidas em tudo quanto é lugar,
Sabes isso,
Não precisava de to lembrar.
Mas,
Como gostaria da tua opinião,
De ouvir a tua serena e calma voz,
A dar a opiniões, sugestões,
Em lugar de intuições.
Onde estas,
Quem sabe se muitas vezes ao meu lado,
Sei, tenho a certeza,
Que estas bem,
Outra coisa não poderia ser,
Cumpriste integralmente a tua missão,
O teu dever.
Obrigado amigo.
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