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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Tesouro Oculto de Portugal




Continuando :


O TESOURO OCULTO DE PORTUGAL:





Este tesouro refere-se a todo o percurso histórico de Portugal, desde a era megalítica. Mas vamos começar com Viriato, herói dos Montes Herminios, com ele, passamos a ter um ponto de referência um Mito intemporal que perdura ao longo da Historia Lusitana. Há quem afirme que esta palavra significa ‘’ País da Luz ‘’ – Lusitânia - , ou ‘’ Luz Citânia ‘’ , a Cidade da Luz .




Portugal surgiu um milénio depois do desaparecimento de Viriato. O nome de Portugal também nos sugere, e há quem defenda uma origem simbólica. Os livros de história dizem-nos que Portugal nasceu do Porto mais Cale ou seja da junção de Porto e Gaia. No entanto há quem afirme recorrendo a simbologia que se trata do ‘’ Porto do Gral ‘’ou provavelmente das ‘’ Portas da Gália ‘’ .

É curioso verificar que o símbolo comum da Gália e Portugal é o GALO, que os portugueses gostam de ter em suas casas em cerâmica de Barcelos e se encontra nos campanários das Igrejas.

Encontramos na história uma ligação muito estreita entre Portugal e Gália.



Há um fenómeno interessante em Portugal que é a forma circular, refletida tanto na psique do povo como na geografia do país.



De avião podemos observar muitos dos nossos terrenos configurarem círculos gigantes e perfeitos, configurando áreas que correspondem ao elemento circular.



Podemos ainda constatar a tendência natural que as pessoas têm, em reunirem-se instintivamente em círculo.




Com D. Afonso Henriques, surge, não o primeiro Mito Lusitano, mas o primeiro Mito Português.
D. Afonso Henriques venceu cinco reis mouros na batalha de Ourique, no escudo da nação temos as cinco quinas que recordam esse evento. Temos ainda um segundo ‘’Mito’’ que foi a aparição de Jesus Cristo ao primeiro rei português e que ele narra em 29 de Outubro de 1152 em Coimbra, perante muitos fidalgos, entre os quais Mem Peres, que redigiu a pedido de Mestre Alberto, conselheiro de El-Rei a seguinte carta:




‘’ Eu Afonso, Rei de Portugal, filho do Conde D. Henrique, neto do grande Rei D. Afonso, diante de vós, Bispo de Braga, Bispo de Coimbra e Teodósio e de todos os demais vassalos do meu Reino, juro em esta Cruz de metal e neste livro dos Santos em que ponho as minhas mãos que sou um miserável pecador, vi com estes olhos indignos Nosso Senhor Jesus Cristo...e disse entre mim mesmo: Mui bem sabes, Senhor Jesus Cristo, que por amor vosso tomei sobre mim esta guerra, contra vossos adversários, em vossa mão esta dar a mim e à minha fortaleza, para vencer os blasfemadores do vosso nome...A que fim me apareceis Senhor? Quereis por ventura acrescentar Fé a quem tanta tem? Melhor é por certo que vos vejam os inimigos que não creem em vós, que eu desde a fonte do batismo, vos conheci por Deus...O Senhor com um tom de vós suave que minhas orelhas indignas ouviram, me disse ‘’ Não te apareci deste modo para acrescentar a tua fé mas para fortalecer teu coração, neste conflito, e fundar os princípios do teu reino, sobre pedra firme. Confia Afonso, porque não só venceras esta batalha, mas também todas as outras em pelejares contra os inimigos da minha Cruz...Acharas tua gente alegre e reforçada, e te pedirão que entres na batalha com o titulo de Rei.Eu sou o fundador e destruidor de reinos e impérios e quero em ti e teus descendentes fundar, para mim, um império para cujo meio seja a meu nome publicado entre as nações mais estranhas ‘‘.E que isto se passasse na verdade juro eu, D. Afonso, pelos Santos evangelhos, tocados com estas mãos.’’

É óbvio que não concordo minimamente com o teor desta carta, que a meu ver, não passou de uma jogada politica, e foi escrita obedecendo a três forte razoes subjacentes:

1 – Para reforçar uma filiação que não é verdadeira. O Afonso Henriques, filho de D. Teresa e do conde D. Henrique, morreu com nove anos, e para não por em causa a fundação de Portugal, projeto Templário, foi substituído pelo filho do Egas Moniz.

2 – Para apaziguar as relações com Roma, de quem o Afonso Henriques, Rei, sempre se distanciou ao ponto de ter sido excomungado.

3 – Quem conhece a verdadeira versão da vida de Cristo, (ariana), na altura representada pelo Prestes João da Índias, a quem os Reis Portugueses sempre estiveram ligados. Não concebe um incitamento daquele teor. Teor que esta de acordo com a adulterada vida de Cristo ao Judaísmo Cristão, que nada tem a ver com o verdadeiro percurso de Cristo. Foi única e simplesmente para agradar a Roma.

De qualquer forma:

     


O espirito Lusitano esteve latente durante um milénio, entre Viriato e Afonso Henriques, que funda Portugal histórico, e herda um património mais mítico que histórico, que importava preservar e levar para a frente. No tempo de D. Fernando surge a primeira crise histórica, que culmina na batalha de Aljubarrota. Inicia-se a segunda dinastia, que abraça com o Infante D. Henrique o projeto náutico de Portugal, com D. Sebastião acaba o projeto e surge uma nova crise que leva a perda da independência, Portugal renasce de novo com D. João IV.

Mas logo a seguir começa uma perda gradual do conhecimento, da nossa história e das nossas convicções, até chegarmos ao presente momento.




Estamos num ciclo baixo, mas a nossa característica circular indica que nos podemos levantar de novo. 




Afonso Henriques fez história porque tinha um Mito, prometeu a São Bernardo de Claraval que se conquistasse Santarém aos mouros, mandaria construir um mosteiro para a Ordem de Cister em Portugal e cumpriu.




Os Cistercienses fixaram-se em Alcobaça e tiveram um papel muito importante na história do nosso país, a nível material e espiritual.




Os Frades de Cister não eram passivos, contemplativos, eram Monges de Acão que operaram uma enorme transformação das mentalidades, ensinaram novas técnicas, na agricultura, arquitetura, ciências, e transmitiram uma mística poderosa.




É essa mística inspirada por São Bernardo, que esta direta ou indiretamente, por detrás do grandioso projeto marítimo Luso.




São Bernardo, redigiu o regulamento da Ordem do Templo, aumentou em Portugal o apoio aos Templários. Estes, como Ordem monástico – militar de cariz esotérico, lutaram ao lado de Afonso Henriques, deixando marcas impressionantes na linda história secreta de Portugal. Secreta porque é de cariz esotérico, não agrada a Roma. Portugal não teria sido o que foi sem estes antecedentes.




Como sabemos os Templários foram protegidos por D. Dinis que, para evitar um conflito direto com o Papa, mudou o nome de Ordem do Templo, para Ordem de Cristo. Temporariamente viram-se obrigados a deixar Tomar, foram para Castro Marim de onde regressaram a Tomar ainda no século XIV. A partir daí começa a preparação científica e missionaria dos descobrimentos.




Os descobrimentos Portugueses tiveram um cariz diferente do dos outros povos, os capitães portugueses eram gente de élite altamente preparados a nível científico e militar e com uma enorme força moral e espiritual. 




Olhemos os nossos vizinhos espanhóis, que ao mandarem o aventureiro Pizarro para a América, originou o massacre dos Incas, o mesmo fazendo Cortez com os Aztecas no México.



Importa sublinhar esta diferença de atitude, e vale a pena olhar o que esta por detrás dessa diferença.



E pensar, que o tesouro oculto é de ordem espiritual, que esta adormecido mas tende a renascer. Temos inúmeras tradições ainda vivas a reativar. E esse reativar passa por um elevar de mentalidades, seguindo, neste caso, políticas nossas, próprias, onde impere uma componente de humanidade e fraternidade. Como no passado, demonstremos ao mundo que somos diferentes para melhor.

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