Mas para os Senhores das Guerras,
Alimentos não vao faltar,
São estes os valores,
Que temos andado a cultivar.
Acabem-se com as seitas,
Acabem-se com as religiões,
Invente-se uma ciência,
Que toque os corações.
Ou peca-se ao Papa,
Que suprima a fome a estes milhões.
Publicado às 00.10
foto HANNAH MCNEISH / AFP |
A ONU prevê em 2012 uma falta de cerca de 400 mil toneladas de cereais |
Cerca de um terço da população do Sudão do Sul, a mais jovem nação, será atingida por uma "tempestade de fome", alertou o Programa Alimentar Mundial, em comunicado. Há 2,7 milhões de pessoas com falta de alimentos.
O Programa Alimentar Mundial da Organização das nações Unidas anunciou, em comunicado, que está em vias de aumentar as suas operações no país para ajudar 2,7 milhões de pessoas com falta de alimentos.
"Uma tempestade de fome aproxima-se do Sudão do Sul", advertiu, citado pela France-Presse, o director do Programa Alimentar Mundial (PAM) neste país, Chris Nikoi, lembrando que os preços dos alimentos duplicaram ou triplicaram em certas regiões por causa de más colheitas, conflitos, perturbações no mercado, com o fecho de fronteiras, e do aumento da procura de pessoas deslocadas.
Milhares de pessoas fugiram da violência nos estados sudaneses fronteiriços e refugiaram-se no Sudão do Sul, agravando a penúria alimentar.
Chris Nikoi lançou um apelo de urgência de 92 milhões de dólares (70 milhões de euros) para enfrentar a crise no primeiro quadrimestre de 2012.
A ONU prevê em 2012 uma falta de cerca de 400 mil toneladas de cereais no Sudão do Sul, país que tem necessidade de produção de um milhão de toneladas de alimentos por ano.
Em Outubro, o ministro do Comércio do Sudão do Sul, Garang Diing Akuong, avisara que o país não tem capacidade para se auto-alimentar, uma vez que grande parte dos alimentos provém do Sudão e as fronteiras estão encerradas desde maio, depois da invasão pelas tropas de Cartum da região de Abyei, disputada por ambos os países.
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