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domingo, 18 de dezembro de 2011

O Inferno dos Ateus, e os dois pilotos Russos.




O Inferno  dos Ateus:
Dois pilotos da aeronáutica civil Russa, ao sobrevoar uma montanha carregada de gelo, encandeados pelos raios solares reflectidos pela neve, perderam o controlo do avião e despenharam-se. Os corpos físicos morreram, ficaram sem condições de continuarem a ser utilizados. Os espíritos ao saírem ao mesmo tempo do avião, olharam um para o outro e questionaram-se, e agora, para onde vamos? Um diz, eu sou ateu, o outro responde, também eu. Só nos resta ir bater a porta do inferno dos ateus. Uma vez que no céu não temos lugar. Ditas estas palavras, e pensada esta decisão, como que por magia, surge-lhes na frente um senhor elegante, bem vestido, que se dispõs a leva-los ao inferno dos ateus. Os três, novamente como que por magia, vêem-se a frente de um enorme e sumptuoso  portão, que o terceiro abriu com um simples gesto. Franqueada a entrada, os dois pilotos, começaram a sentir-se como que esmagados, com uma  beleza de luxuriantes  em cores, como nunca haviam visto. Olhavam-se sorrateiramente e pensavam que estavam a ser vitimas de um engano, o guia e anfitrião, ao ler os seus pensamentos, logo os tranquilizou, dizendo-lhe que não havia qualquer engano, ao que eles responderam, mas nós somos ateus, não temos Deus. O guia faz novo gesto e aparece uma grande placa que diz: Inferno dos Ateus. Mais tranquilos, mas ainda pouco convencidos, seguiram-no e entraram num enorme salão, com mobiliários de linhas que não conheciam, uma arquitectura inserida no meio e uma higiene nunca vista. Dando-lhes a sensação de que estavam resguardados e ao mesmo tempo, no meio de um ambiente  diferente de natureza, numa mistura que não compreendiam. O anfitrião ao olhar as suas rudimentares vestimentas, diz-lhes; eis os vossos guarda fatos, e aponta-lhes uma espécie de espelho. Olham-se novamente, questionando! Onde estão as roupas? O guia sorriu e mandou colocar cada um, em frente do seu espelho, que começou a reflectir as suas imagens com vários tipos de roupas. A imagem transmitida ao pensamento de acordo com o gosto de cada um, levou-os a verem-se vestidos com a roupa de que gostaram.
Do salão passaram a um jardim, onde haviam uma espécie de mesas, rodeadas de seres elegantes, nas mais alegres conversas, com uma musica de fundo de sonoridade indescritível, onde estavam  alguns dos seus novos companheiros, outros acompanhados de elegantes Damas, passeavam pelas alamedas. De repente olham e vêem o seu compatriota Leão Tolstoi, aproximam-se, com algum constrangimento, e perguntam-lhe, como é possível um homem da igreja ser considerado ateu! Ao que ele responde; fui da igreja, mas de uma Igreja sem Deus, portanto ateu, e estou aqui, porque acordei, e vi, que estava errado, levantei a voz, e fui excomungado, perseguido, considerado herege e ateu, senão estava no inferno deles, num outro lado. Voltam a olhar e vêem Giordano Bruno, que sabiam havia sido queimado numa Praça de Flores em Roma, mais a frente Socratas, Damião de Góis, Padre António Vieira, Galileu, o Rei Português Afonso Henriques, Voltaire, Kepler,  e muitos outros, que tinham sido excomungados e considerados hereges e Ateus. O guia ao ver que já tinham companhia, afasta-se mas antes diz-lhes, estejam a vontade, desfrutem de tudo aquilo que vêem, e misturem-se sem o menor constrangimento. Estupefactos, boquiabertos não queriam acreditar naquilo que viam, foi a vez do seu compatriota sorrir, e prontificar-se a mostrar-lhes e explicar-lhes, como, e porque se encontravam no Inferno dos Ateus. Levou-os a uma varanda, com um gesto abriu  uma grande clareira, permitindo-lhes ver, seres num outro plano, em situações, completamente diferentes, de entre os quais reconheceram, Papas, Bispos, Padres, Apóstolos, Pastores, freiras, governantes, muitos governantes, etc. a viver na mais extrema miséria, com um aspecto infra-humano, rodeados de grandes caldeirões com agua a ferver, armados com grandes forquilhas, sem voz, expelindo sons, que mais pareciam urros. Estavam assistir a este triste espectáculo e surge uma terrível tempestade, acompanhada de gazes fumegantes que saiam da terra, aumentando as já péssimas condições em que estes seres estavam a viver. Estupefactos ao verem os Senhores da terra, a viver em condições, deploráveis, inimagináveis. O Leão Tolstoi, adivinhando-lhes os pensamentos, explicou-lhes, eles estão a sofrer as sevícias, os horrores,  que na terra a fizeram sofrer aos outros,  o primeiro inferno que viram, dos caldeirões, é o do Judaísmo Cristão, o segundo das tempestades, é o dos Pentecostes. Ainda estavam a ouvir esta explicação, e vêem montanhas e montanhas de notas, correspondentes as mais usadas na terra,  numa enorme fila, sobre troncos de madeira, mais uma vez admirados, boquiabertos,  perguntam, qual era a utilidade, o uso que eles a viver naquele estado miserável,  vão  dar aquelas notas. Leão Tolstoi, com calma e sorridente, explica-lhes: Aquelas notas, aqui, e para eles, não tem utilidade nenhuma, são para queimar, na terra dariam para matar a fome a muita gente, e de nada serviram porque não as usaram para esse fim, como vêem estão organizadas em forma de pira, fogueira,  para consoante forem chegando os líderes das religiões e seitas religiosas, que as desviaram, roubaram, serem queimados por elas, servem de lenha, os monstros que as guardam são os diabos, que eles inventaram.
Mas, então, em relação a eles nós estamos no céu: não, este ainda não é o Céu, é um plano vibratório superior ao deles, onde já não há sofrimento, aqui vem parar crentes ou ateus inocentes, que por eles foram enganados, ao adoraram um Deus que não existe, e não crentes, ateus, que pela sua recta maneira de ser e viver, levaram vidas decentes, diferentes das deles, que e o vosso caso. Acima deste plano há outros superiores,  a que ainda não temos acesso. Apontou para os infernos que estavam a ver e disse, nós podemos ver os deles, inferiores, eles não podem ver o nosso superior. 

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