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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Aboboreira: Serra Bendita e as Pombas Brancas.


Aboboreira: Serra bendita!
Pombas brancas.

Acabara de perder o segundo ente querido
O turbilhão de sentimentos que me povoavam alma e coração
Fui partilhar contigo
Serra bendita…!

Recetáculo do meu amor... e da minha desdita.

Subi ao penedo mais alto
A seguir a serrinha
A desdita era tua e minha
Estavas rodeada de chamas
O fumo e a borrasca pairavam no ar
Os dois... com o coração a sangrar.

Em cima do penedo
Com os olhos da mente
Olhar vago... perdido
Neste mundo insólito
Que não fazia sentido.

De repente... a minha frente
Num espaço de verdura junto a rocha
Poisaram duas POMBAS BRANCAS
De imaculada alvura
Indiferentes a minha presença
Transmitiam pureza… e inolvidável ternura.

Elevaram-se no ar
Segui-as com o olhar
Para tentar decifrar
A sua proveniência
O seu lugar.

Perderam-se no espaço
Não eram deste lugar
Vieram deixar uma reste-a de esperança
E para sempre ficar…,
Na minha lembrança.

Meu filho... que acabara de partir
Na sua primeira quadra
Seu primeiro poema
Desenhou uma Pomba branca
Com um ramo de oliveira no bico
E dizia:
‘’Quero um mundo novo
Onde reine harmonia e paz
Cresça e viva
Um novo rapaz’’.

Pombas brancas,
Que retenho na memoria,
Fazeis parte da minha vida,
Da minha história.

AMO-VOS,
POMBAS BRANCAS. 

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