A CAMINHO DA VERDADE COSMICA
Vençamos o difícil viver na realidade:
A inércia histórica que todos arrastamos através de uma educação, mais ou menos enciclopedista, com raízes no século passado que se vangloriava de «positivismo», determinou muitos conceitos fundamentais e, pior que isso deformou a nossa capacidade de pensar e discernir.
Muitos homens que lidaram e lidam com equipamentos técnicos e eletrónicos, não saíram mentalmente da engrenagem de oito dentes que os nossos moleiros medievais utilizavam. Para eles tudo tem rotulo, e quando não tem, inventa-se um, pois para estes «racionais» nada há pior que serem confrontados com o desconhecido. Por isso, ou o negam ou o transformam, até que lhes dê um aspecto familiar e tranquilizador, as suas mentes burguesas.
A mente racional e simplista, nem sempre nos conduziu através da «ciência oficial», a verdade. Fomos muitas vezes enganados.
O espaço disponível limita os exemplos, mas podemos citar alguns: as universidades negavam a possibilidade de vôo aos aparelhos mais pesados que o ar, embora os pássaros voassem mesmo a frente das suas janelas. Que a água do fundo dos oceanos, calculando pressões, deveria ser tão solida e pesado como o ferro, por compressão das camadas superiores; os impulsos elétricos não podiam ser transmitidos sem cabo que os conduzisse. Que as tradições homéricas não passavam de simples contos antigos. A televisão era impossível, tal como a hipnose não magnética, etc., etc.
A mente simplista vinha-nos enganando há séculos, quando nos convenceu que a terra era o centro do universo e que devia ser plana: o que Galileu via através dos telescópios eram reflexos ópticos e não estrelas, já que, a olho nu não se viam.
Apesar de sabermos todas estas coisas, continuamos a repetir os mesmos erros noutros campos.
O orgulho impede-nos de dizer não sei, confundindo-se inteligência com ilustração e cultura com leitura.
Quando não se conhece suficientemente algo, inventam-se-lhe atributos antes de tê-lo definido.
Sejamos simples, verazes e naturais, e o filosofo que dorme dentro de cada homem despertará, fazendo-nos viver realidades de potência ética e pragmática.
Basta encontramo-nos a nós próprios e atrevermo-nos a dizer «não sei », quando se ignora...e tudo o resto, como diz o rifão bíblico ser-nos-á dado por acréscimo.
Na dinâmica deste processo estão as sementes do reto conhecimento e do reto viver.
O CAMINHO DO HOMEM NOVO
O homem novo não afirma que crê em DEUS, mas que sabe da sua existência. Os caminhos que percorreu, levaram-no ao seu descobrimento. Afirma que o espirito é imortal e incorrupto e que não há que a confundir com as roupagens e disfarces que adota periodicamente. Que, se há perdão este esta para alem da redenção, segundo a lei de causa e efeito: que quem semear trigo, trigo colherá, quem semear espinhos, espinhos obterá.
O homem novo, busca e encontra a verdade. Põe o seu esforço nos remos e distingue as coisas que os demais não vêem, pois rema contra a corrente. Vai remontando o rio até as suas fontes puras e descontaminadas. Há entusiasmo na sua alma e aprecia o riso e as coisas belas. Crê na liberdade, na medida em hajam pessoas que a apreciem e respeitem a dos demais. Crê na vontade, na bondade e na justiça, e esta convicto de que um mundo sem estas virtudes é uma bola de barro a qual há que dar formas harmônicas, vencendo toda a resistência da matéria bruta. Crê num mundo novo e melhor...mas, para que este surja no nosso horizonte, terão que existir muitos melhores homens novos.
Os que se deixam levar pelo rio da vida, debilmente e com lamentos, serão arrastados para a destruição física, psíquica e mental. O homem novo é como o tripulante de uma barca que voga contra a corrente. Não anda na moda, não muda de cor segundo as conveniências. Tem cor própria e voga por cima do lodo, roçando-o apenas.
E ....sobretudo...o homem novo crê em si próprio e num mundo novo melhor.
Investiga livremente, não se baseia na moda, na propaganda, mas sim naquilo que sente em seu coração.
É obvio então, que precisamos de um estado de revolução interior. Ou seja, Re-evoluçao, uma viragem dentro de nós próprios, uma profunda limpeza interior, um grande encontro dentro de nós mesmos.
O que temos de tocar não é o céu, mas o coração do homem e chegar de novo a uma convivência básica e humana.
Temos de voltar a nós próprios, a nossa própria natureza.
Temos de voltar a estar juntos. Juntos não é apenas estar de mãos dadas, lado a lado, juntos é estar de coração com coração, é sentirmo-nos de novo amigos. É fazer ressurgir em nós as coisas simples e as coisas sagradas. Como a amizade segundo Platão. Essa amizade que não é a igualdade das inclinações, mas a pura compenetração, o amor real entre nós.
Há uma estrela no firmamento,
Que me atrai, seduz,
Luz das minhas vidas,
Suaviza minha cruz.
Penso nela e ganho alento,
Para continuar a caminhada,
Com ela no pensamento,
Não sinto as pedras no caminho
Nem as pedras da calçada,
Nem joelhos a sangrar,
Neste mar de ilusões,
De um egoísmo sem par,
De ilusórias paixões,
Em que andamos a viajar.
Para encontrar a minha luz,
Miriades de vezes olhei o céu,
Procurei fora de mim,
Foi este o erro meu.
Depois de algum entendimento,
Inverti a forma de olhar,
Rebusquei dentro de mim,
Onde a fui encontrar.
Envolta em densas nuvens,
Que tive de afastar,
Com pensamentos de amor,
De coração a pulsar,
Afastadas as densas nuvens,
Minha chama brilhou,
E ainda pequenina,
A OUTRA..., a GRANDE ..., vislumbrou,
Ainda é longa a distancia,
Eterno o caminhar,
Mas com ELA no horizonte,
DELA não me vou afastar,
Não vou deixar que as densas nuvens,
A voltem a ofuscar.
Para que minha alma e meu espirito,
Também possam brilhar,
E ir ao encontro da grande estrela,
Que lá longe...,
Brilha no ar...,
Essa estrela será DEUS,
Ou o que lhe queiram chamar,
Para mim é a GRANE LUZ ,
De que me quero aproximar,
Viajando pelo cosmos,
Num constante reencarnar,
Banhando-me em águas puras,
E nelas me purificar,
Para quando bater a sua porta,
Em casa poder entrar,
Trasbordante de amor,
Com um brilho..., que não sei explicar,
Porque ainda sou pequenino,
Tenho muito que andar.
Reencarnando de vida em vida,
Num eterno caminhar.
Sê.., meu parceiro de viagem?
Neste longo caminhar,
Procurando uma roupagem,
Para que melhor possas andar,
As roupagens que usas..,
Estão gastas.., ultrapassadas,
Advém do exterior,
Deram-te pequenos nadas.
Nadas que te iludiram,
Desviaram da razão,
Levando-te a procurar fora,
O que tens no coração.
Não peças que te tirem as pedras do caminho,
Ou por ti possam caminhar,
Olha em teu interior,
É aí que deves procurar,
Ouve a voz da razão,
Dentro de ti a pulsar,
Esperando que a oiças,
Que a possas escutar.
Procura a tua estrela,
Escava dentro de ti,
Olha com os olhos do espirito,
Ligados a razão,
Os outros não gostam de ti,
Levam-te ao exterior,
Aos mundos da ilusão.
Pensa na proposta,
Na inversão da caminhada,
Com destino bem diferente,
A uma nova alvorada.
E verás que vale a pena,
Quando ao fim desta viagem chegares,
Sentir o amor, a alegria,
Saberes quem és e para onde vais,
Sentir grande diferença,
Entre ti e os demais.
Demais...,
Que outros caminhos tomaram,
Por comodismo e desamor,
O amor para trás deixaram.
E..,
Com o tempo a pesar,
Tempos para trás ficaram
Perderam-se no caminhar,
Viagem inglória fizeram,
De novo tem de voltar,
Retomando a viagem,
Que não souberam encetar,
Perdidos em mares de ilusões,
Nesta urbe, neste mar.
Corpos trêmulos e esquálidos,
Incertos e inseguros seus passos,
Corações ocos vazios,
Riscos de azedume em seus lábios,
Falta de vigor em seus braços.
Perderam a viagem,
Vão sem nada na bagagem,
Quando a outra porta chegarem,
Serão vadios, pobres pedintes,
............., na outra margem,
De alegria paz e amor serão famintos.
Porque as riquezas acumuladas,
Que lhes foram emprestadas,
Não souberam utilizar,
Não lhes servem nesta viagem,
Fazem parte da historia,
Que ficou na outra margem,
Que acabaram de deixar,
Onde depois de muito sofrer,
Um dia terão de voltar,
E , de novo, reiniciar.
Mas, ainda no plano físico,
E antes do momento chegar,
Em forma de duvida,
Os sinos vão trinar,
Seu sofrimento vai aumentar,
Com o vazio que conceberam,
Nada tem no seu bornal,
Que lhes possa servir,
que os possa aconchegar,
Na viagem a seguir,
Na viagem a encetar,
Vazio vai o bornal.
Depois da porta passarem,
A terra ficarão ligados,
Com outros bens no pensar,
Continuando a sofrer,
Em caminhos torpes errados.
Envolvendo-se em densas nuvens,
Cada vez mais carregados,
Vagueando pelas trevas,
Nestes planos torpes errados,
Fruto de vidas mal vividas,
De seres mal amados,
E neste plano de Irraticidade,
Junto a família que não os pode ver,
Imagina seu sofrimento,
Imagina seu sofrer.
Não queiras este legado,
Altera teu destino,
Direcciona teu fado,
A um outro modo de viver.
Sacode as densas nuvens,
Que envolvem teu ser,
Liga-te a voz da razão,
E deixa as nuvens que neste estádio não te deixam ver.
E pensa..., que a verdadeira felicidade,
Se distancia do orgulho e vaidade,
E de um ilusório Ter,
Vai de encontro a humildade,
A grandiosidade do ser.
Aos conhecimentos e valores,
A um verdadeiro viver.
Não te iludas com os favores,
Que de outrem te possam vir,
Arrepia teus caminhos,
Preocupa-te com teu provir.
Começando dentro de ti,
Uma longa caminhada,
Vais domar teus sentidos,
Pensamentos extrovertidos,
Sentimentos ilusões,
Geradores de um mau sentir,
E de ilusórias paixões.
Com eles dominados,
Serás um homem diferente,
Ligarás a voz da razão,
Ao coração e a mente.
Começarás amealhar,
Algo que poderás levar,
Quando a outra porta bateres,
Quando a outra porta chegares,
De forma calma e serena,
Verás que valeu a pena,
Que é um nascimento,
Para uma vida mais livre e amena.
Uma liberdade diferente,
Sem a perturbação dos sentidos,
Pensamentos e mente,
Os límpidos olhos do espirito dão-te uma visão mais abrangente,
Não serás refém de um corpo físico,
Terás o veiculo do espirito,
Onde viajarás, sem espaço tempo ou lugar,
No escalão..., dimensão que conseguiste alcançar,
Plano vibratório,
Coadjuvado por valores e conhecimentos,
Que determinam o teu lugar.
Que de vida em vida conseguiste amealhar,
E ...., daí..., bem alto poderás gritar,
DEUS existe, encontrei o seu caminho,
Em direção ao seu lugar,
DELE..., não mais me vou afastar.
Sou DIVINO, filho de DEUS,
A ELE me vou ligar,
Quero ser o filho pródigo,
A casa de meu pai voltar.
Por favor, medita nestas simples palavras, neste humilde poema, sem ornamentos literários, são de uma alma pequena.
Perdoa a insistência, este permanente sublinhar,
Mas.., repara nas coisas simples e grandes vais encontrar, estas estão bem perto de ti, onde as podes agarrar, as grandes geram-te a ilusão, adulteram-te os sentidos através da ambição.
Teu caminho é o homem novo, do velho muito distante, mas terás que te renovar de forma permanente:
Homem novo:
Sem vencedores ou vencidos,
Sem dor e sem dó
Dominando os sentidos,
Obrigando-os a beijar o pó,
Caminhando serenamente,
Com firmeza no olhar,
Por este mar de energias,
Por este infindo mar,
Rumo ao infinito,
Com o infinito no pensar.
Assim viaja o homem novo,
Sem dor, sem solidão,
Olhar sereno e firme,
Despido de qualquer paixão.
Quem cruza com ele,
Julga-o equidistante,
Sua aparente frieza,
Confunde o viandante,
Nestes caminhos do cosmos,
Nestes percursos distantes,
Do comum das pessoas,
Da maioria dos viandantes,
Que ainda são homens velhos,
Dos novos muito distantes.
Homem velho...,
Grande percurso a fazer,
Em sua primeira e grande viagem,
A essência do ser,
Tendo como inimigos,
Que terá de vencer,
Seus próprios sentidos,
Obrigando-os a beijar o pó,
Que pisa o homem novo,
Sem compaixão e sem dó.
Se venceres esta batalha,
Teus sentidos dominares,
Despirás as vestes do homem velho,
Serás de novo altaneiro,
Vigoroso, forte, nobre guerreiro,
Um homem da vanguarda,
Que nada teme e avança,
Com a bandeira do amor,
Na ponta da sua lança
Tuas armas serão teus valores,
Teus valores a espingarda,
Que dispara dardos de amor,
Sobre a gente que passa,
Na recuperação do nobre equilíbrio,
Que se perdeu como fumaça,
Nos torpes caminhos do mundo,
Nas mentes da populaça,
Que gerou monstros milenares,
Falsos conceitos e ambições,
Cultivando o efémero,
Desviando-se dos corações,
Gerou guerras e mais guerras,
Matanças, depurações,
Fez sementeiras de ódios,
Cultivou desilusões,
E assim vai o mundo,
Em constante desequilíbrio,
Com o mal a pesar mais,
Com desamor e sem brio,
Até que surja uma nova ordem,
Com pensamentos reais,
Extrapolando pensamentos de amor,
Abolindo os anormais,
Que não fazem parte do verdadeiro ser,
Não fazem parte de DEUS,
São fruto da mente humana,
Que enloucou, ensandeceu,
E mergulhou o mundo nas trevas,
Mais escuras que o breu.
Somos todos irmãos,
Todos filhos de DEUS,
Porque razão nos matamos,
Sem dó nem piedade,
Gastando em metralha,
O que faz falta a humanidade,
Paremos para pensar,
Escutemos a voz da razão,
Utilizemos a semente,
Que nos vem do coração,
Para esta ordem alterar,
E o prato da balança,
Para o outro lado pesar,
E uma outra humanidade,
Bem diferente possa emergir,
Deste inferno, deste caos,
Em que nos fizeram cair.
Sejamos homens e crianças,
Com muito brilho no olhar,
Renovemos nossas mentes,
Que só nos fizeram penar,
Sejamos homens novos,
Com um novo caminhar.
Erectos...., firmes, seguros,
Sem ódios e vinganças,
Desilusões e intemperanças,
Que se sentem no ar,
Estampemos em nossos rostos,
Paz, harmonia e esperança,
Demos espaço ao homem novo,
Deixemo-lo caminhar,
Para equilibrar a balança,
Para que a humanidade olhe e veja a luz,
E a luz se habituar
E saia da caverna,
De que Platão nos veio falar.
Na viagem de regresso a essência do teu ser, olha a historia das humanidades, para que nelas te possas rever, viajando pelo cosmos, no teu constante crescer, olhando dentro e fora, mas ligado, a essência do ser.
Humanidades:
Povos, culturas, religiões, civilizações,
Legados,
Ao longo de milhões de anos deixados,
Inequívocos testemunhos,
De seus avanços ainda inegualados,
Por uma humanidade que não se deteve nestes legados,
Para sobre eles pensar, meditar,
E questionar,
Quem eram estes povos, estes homens,
Capazes,
De a força da gravidade controlar,
Que movimentavam milhares de toneladas,
Ainda hoje impossíveis de movimentar,
Que deixaram monumentos,
Só possíveis de ver do ar,
Que dominaram os metais,
Antes desta humanidade,
Ao seu domínio chegar,
Quem eram estes homens?
Qual era a força da sua mente,
E seu elevado pensar?
Para desenvolver tecnologias,
Que não somos capazes de igualar.
Se pararmos para pensar,
E ao inicio destas humanidades voltarmos,
Ligando sua historia,
Nossa historia futura alteramos,
Sem a fuga para a frente,
Que erradamente encetamos.
Fala-se em invenções e inventores,
Quando nada há para inventar,
Tudo foi inventado,
Tudo paira no ar,
Basta que a nossa mente intuitiva,
As consiga captar.
Para estas tuas viagens, algumas ferramentas vou deixar, mas lembra-te que tu mesmo as podes reajustar, ao teu crer e sentir, para melhor trabalhar:
Na voz do silencio ,
Oiço vozes , respostas aos meus pensamentos ,
Que soltos cavalgam mais velozes que a luz e o vento,
Pelo cosmos, sol , lua e estrelas ,
Universos de múltiplos sons ,
melodias de insondáveis belezas .
Oiço a musica das esferas ,
Oiço a musica das cores ,
Mergulho no infinito ,
Mergulho em indeléveis amores .
Todos nós temos estrelas ,
Que cometas também podem ser ,
Todos os nadas da vida ,
Fazem parte do nosso viver .
Há estrelas..., com muita luz ,
Que nos envolvem , nos rodeiam ,
Mas há estrelas distantes ,
Que não fazem parte do nosso meio .
Há cometas que passam ,
Deixando indeléveis marcas de amor ,
Que recordamos ternamente ,
Com devoção , com fervor .
Estrelas distantes ou cometas que passam ,
Fazem parte deste universo ,
Confundem a humanidade ,
Deixam o homem perplexo .
Cristina, gostei e subscrevo,
Teu texto, e tua forma de pensar,
Mas ..., poderás dizer que não sou ninguém,
Para desta forma opinar,
Seja como for ..., são temas que mexem comigo,
E ..., aqui vai o meu pensar.
Acreditar na vida,
É...., ter certezas no olhar,
Conjugadas com a razão,
No coração a pulsar.
Saber quem é e de onde vem,
Percursos que deve encetar,
Pensamentos controlados,
No dia a dia a plasmar.
Pensamentos ..., são energia,
Que nos envolvem, rodeiam,
Escudos invisíveis,
Que protegem o nosso meio.
O meio em que vivemos,
Se quiseres o nosso lar,
construído das coisas simples,
Que..., pairam no ar.
Nosso lar é um santuário,
Que devemos saber rechear,
De tudo que é positivo,
Para no positivo caminhar.
Irradiemos os maus pensamentos,
Pensamentos negativos,
São as sementes do mal,
E ..., se semeados serão colhidos,
Através destas energias,
Deste grandioso mar.
Pensamentos , sentimentos ,
Cavalos alados ,
Mais velozes que a luz e o vento ,
Belos ...., se bem conduzidos , bem direcionados.
Voando , cavalgando ,
Em mundos de magia ,
Intemporais , reais ,
Plasmam o dia a dia .
Buscando, nos intrínsecos , recônditos das memórias ,
Ligando mundos , unindo historias ,
Cavalos alados ,
Viajando ...., buscando , presente , futuro e passado ,
Historias , percursos , caminhos ,
Destinos, Fados .
Que devemos saber percorrer , colocando flores , mimos , amores , no nosso viver.
Navego contra as correntes ,
Que colidem com meu pensar ,
Não me violento,
Para aos outros agradar .
Respeito as diferenças ,
Com elas procuro saber lidar ,
Desde que os donos dessas diferenças ,
As minhas saibam respeitar .
Não subo a altos penhascos ,
Através dos ombros de alguém ,
E em meu ombros só põe os pés ,
Quem eu achar que bem por bem .
Não gosto de tacões altos ,
Ou de quem se põe em bicos de pés ,
Para demarcar a diferença ,
Se diferenciar da “ ralé “,
Querendo ser diferente ,
Querendo ser o que não é .
Se me quiser agigantar ,
Parecer diferente do que sou ,
Só a mim vou enganar ,
Aos outros por certo não vou .
Noites da humanidade ,
Longas , escuras , tenebrosas , frias ,
Seres que se acotovelam nas ruas ,
Enxames ..., colmeias... ,
Carregando solidão ,
Em aglomerados... ,
Paredes meias .
Noite longa , escura , tenebrosa , fria ,
Que a humanidade interiorizou ...,
Transformando a noite e o dia ,
Buscando a solidão ,
Renegando seu legado lindo , simples..., de magia.
Deixou de olhar com amor , carinho , a planta que cresce , vive , morre , fenece ,
deixou de ver o passarinho voando , chilreando ,
Em ziguezagues constantes , carregando penas e palhas ,
Construindo amorosamente , o seu ninho,
Com ínfimas migalhas.
Transeuntes ...., que se cruzam...., passam ,
Indiferentes ...,
Rostos sombrios ..., sombrias mentes ,
Solidão .., no meio do bulício ..., da multidão ,
Em que o homem se isolou ,
E vegeta , vazio , sem assombro, sonhos , magia ,
Ombros carregando de amargura ,
Sem sol , lua ..., dia ...,
Homem , que no seu lar , no seu meio ,
Se põe em bicos de pés ,
Espelhos , reflexos , ilusões ,
Para tentar mostrar o que não é ,
Fechou portas e janelas ao conhecimento,
Mas .., quer parecer o que não é ,
A ...., todo o momento ,
Comenta assuntos banais ,
Escreve sobre temas triviais ,
Cultiva a adulação ...., mas esta encarcerado ,
Na caverna de Platão ,
Sem brilho ..., inteligência , luz ,
Tem a solidão como aconchego , afago , cruz,
Triste...., este legado .
Homem , lobo do homem ,
Que se abate , se mata ,
Por ideais destorcidos , ilusões , quimeras ,
Fruto de outros tempos , outras heras ,
Absurdas ...., paixões , que provocam sofrimento , dor , desamor ,
Desilusões ..., e ...., terríveis depurações
Maturidade ?
Palavra que se distorce , confunde ,
Com austeridade e varias formas de viver .
Quando apelidamos , catalogamos ,
Alguém com essa forma de Ser,
Estamos a julgar , a ajuizar ,
Sem percebermos que não temos aptidões,
Que nos permitam manifestar opiniões ,
Não estamos dentro do Ser ,
Para julgar, e o poder entender ,
Quando muito podemos dizer ,
Não gostamos da sua forma de viver ,
Mas , não podemos deixar de vincar ,
Fazer perceber , que é a nossa forma de ver o mundo ,
Nossa forma de entender e pensar.
Grilhetas..., correntes,
Que colocamos...., livremente,
Falsas culturas..., erradas sementes,
Que germinam , se formam na mente.
Condicionando passado, adulterando o presente.
Falsos conceitos, Irroneos amores,
Seres imperfeitos....,
Cultura do EGO,
Visando a supremacia, que evidenciamos no dia a dia,
Fazemos plásticas,
Endireitando a cara, cortando a barriga,
Nivelando por baixo, conceitos, valores,
Verdadeiros amores..., paz e harmonia.
Esquecemos a cultura da mente
Conhecimentos, valores,
Verdadeira semente,
De um novo homem,
Uma humanidade diferente.
Ser ou não ser poeta :
Gostar ou não de o ser ,
Contradições ..., que não fazem parte do meu viver,
Gostar de o ser...,
É - me indiferente que me considerem poeta ,
Ou que poeta para os outros venha a ser.
Vazo sentimentos no papel , na tela ,
Sem pensar nas conotações ,
Que para os outros venham a Ter ,
É a minha forma de estar na vida ,
É a minha forma de viver .
Ser ou não ser poeta ,
Chamem o que entenderem ,
A esta forma de Ser.
De uma coisa podes estar certo, isso posso afirmar, quero ser um homem desperto, e acordado caminhar, ao encontro do meu eu verdadeiro, e o falso deixar, como a camisa velha que se despiu e não mais se quer encontrar.
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