Quais são as duvidas, que encontra, na leitura deste Blogue?

sábado, 28 de maio de 2011

Viagens no Tempo

VIAGENS NO TEMPO
SIMBOLIZAM AS ETAPAS E AS PROVAS DE INICIAÇÃO, A DESCONTINUIDADE E AS RELAÇÕES ENTRE OS MUNDOS.
Com os temas que vamos abordar, pretendemos situa-lo no espaço e no tempo, ajuda-lo na procura e no despertar da vida secretamente entorpecida sob o espesso invólucro do ser e a rude crosta das coisas, a conhecer-se, a identificar e saber lidar com os fabulosos mundos que o rodeiam.
Antes de entrarmos nos temas que pretendemos desenvolver, urge referir-lhe, que a ciência esta organizada a volta de certos conceitos centrais, pilares que suportam toda a estrutura. Esses conceitos ou leis, em numero limitado, contribuem para denominar, catalogar tudo o que vemos no mundo que nos rodeia. Uma vez que há um numero infinito de fenómenos e apenas algumas leis. A estrutura lógica da ciência assemelha-se a uma teia de aranha. Começando em qualquer ponto da teia em direcção ao interior, o núcleo atingido é o mesmo. A ciência é a compreensão deste núcleo de conhecimentos. Por detrás dos esforços dos cientistas, está a muda convicção de que as leis Gerais, descobertas pela mente humana, existem e regem todo o mundo físico . A ciência, na sua forma mais evoluída, é escrita em linguagem matemática, nem sempre acessível ao grande público. Mas, a linguagem cientifica podemos adicionar outras leis e as duas podem ser traduzidas em termos acessíveis. E a beleza e simplicidade de grandes leis podem ser partilhadas por todos.
Vamos viajar por mundos que se sobrepõem, se interpenetram e estão distantes do conhecimento de uma percentagem elevada da nossa humanidade, vamos recuar no tempo, a Terra, Noosfera e Biosfera, cuja interacção esteve na origem dos seres vivos, que deram início a vida na terra, vamos tentar faze-lo de uma forma clara, que nos permita despertar, adquirir os conhecimentos e reduzir o numero de mistérios.
A nossa casa planetária
Idades conhecidas da Terra
Pré – câmbio; -------------------------------------- + de 600 milhões de anos
Primário – ( Paleozóico) ------------------- = 600 a 230 milhões de anos
Secundário – ( Mezóico)------------------- = 230 a 65 milhões de anos
Terciário – ( Cenozóico) – Ecocénico---= 65 milhões de anos
Ogliocénico = 37 milhões de anos
Micocénico = 20 milhões de anos
Psiocénico = 7 milhões de anos
Quaternário Pciotocénio = 2 milhões de anos
Holocénio = 10.milhoes de anos
TEILHARD CHARDIN:
Concluiu em 1949 o extraordinário livro, «O LUGAR DO HOMEM NA NATUREZA», publicado recentemente por um comité de 33 cientistas, espalhados por várias universidades do globo .Nele, numa interacção entre filosofia e ciência desenvolve com profundidade e nas suas diferentes mutações, os percursos seguidos pelos seres vivos que habitaram e habitam o nosso planeta, dando especial atenção ao ramo humano.
Diz-nos que a Noosfera pensante, formou um cordão em volta da terra , do pólo sul para o pólo norte, com um alargamento acentuado na zona do equador.
Que a interacção da Noosfera com a biosfera , plasmaram a vida na terra.
NOOSFERA :
A Noosfera é energia, constituída por espíritos e pensamentos. O espirito é imortal, não é matéria, não é energia..., esta mais além. Não é unicamente metafísico, mas, também é metaenergético e pararracional.
O pensamento é produzido pela mente humana.
Se a Noosfera em interacção com a biosfera estiveram no inicio de vida na terra, em todos os ramos ou todos os reinos.
A interrogação que se nos coloca é a seguinte?
De onde vieram os espíritos e pensamentos que formaram a Noosfera em volta da terra ?
CARL SAGAN, insinua-nos um cosmos trasbordante de vida.
A BÍBLIA, fala-nos na migração das almas.
O Homem é uma parte da vida, a mais característica, mais polar mais viva da vida. Impossível desde logo apreciar adequadamente a sua posição no Mundo sem fixar previamente o lugar da vida no universo, sem reconhecer e determinar o que a vida representa na estrutura geral cósmica, correndo o risco de, para o fazer, utilizar mais ou menos conscientemente os indícios que a investigação do próprio homem nos fornece.
Mas, tratando-se de um dos maiores mistérios, o seu conhecimento trás implicações ou alterações na postura do homem perante a humanidade e consequentemente a própria humanidade.
TEILHARD CHRDIN:
Diz-nos ainda, que a vida esta longe de ser uma combinação fortuita de elementos materiais, um acidente da história do mundo, mas a forma que a matéria assume num certo nível de complexidade. Ela introduz-nos numa ordem nova, caracterizada por propriedades particulares.
A biosfera não deve ser entendida coma uma imagem meramente espacial, um invólucro concêntrico da litosfera e da hidrosfera, um quadro onde a vida é confirmada , mas como uma camada estrutural do nosso planeta, «um dispositivo aonde transparece a ligação que une entre si, no seio do mesmo dinamismo cósmico, biologia, física, astronomia».
Vários homens da ciência dizem-nos que o inicio de vida , no plano material foi iniciado com o lançamento dos mais diversos tipos de células. Células a quem a Biosfera serviu de placenta. Há um que define esse lançamento como uma caldeirada de células, as respostas que continuam em aberto e iremos procurar entender, são!

De onde vieram as sementes?
Quem fez a sementeira?

As células ou sementes, são as fabricas químicas da vida, retirando a matéria prima do ambiente, processando-a e produzindo « bens finais», que serão usados na manutenção das células e do organismo de que elas podem fazer parte. Longe de ser uma bolha de protoplasma, a célula, é altamente inteligente e organizada, os seus componentes trabalham em conjunto para manter o todo a funcionar.
Moléculas, módulos e formas. Cada um dos diferentes tipos de moléculas que constituem os seres vivos do nosso planeta é feito de um ordenado arranjo de átomos .
Há dois factores importantes que caracterizam as moléculas:
A) São compostas de pequenos módulos.
B) As suas propriedades dependem da sua forma.
Seja qual for o tamanho de uma molécula orgânica (e algumas contem milhões de átomos), a sua estrutura é relativamente simples, formada por componentes básicos.
Qualquer que seja a complexidade de uma molécula, ela tem de interactuar com outras moléculas através de ligações químicas que unem moléculas mais pequenas. Ligações que dependem da interacção dos electrões de dois átomos vizinhos. Duas moléculas complexas só podem interactuar se as suas formas encaixarem de uma forma exacta.
Enzimas, são um tipo de moléculas extremamente importantes, cuja tarefa é ajudar outras moléculas a unirem-se. A enzima aproxima duas moléculas especificas, permite que os seus átomos formem ligações e afasta-se sem ter sido afectada.
Para cada uma das milhares de reacções químicas que ocorrem diariamente em cada célula do seu corpo, há uma molécula que actua como enzima.
Para o funcionamento de uma célula, são necessários quatro tipos de moléculas.
A) Ácidos Nucleicos :Estas moléculas (ADN e ARN) são o veículo da hereditariedade , a passagem da informação genética de geração em geração e carregam a impressão que comanda as fábricas químicas da célula
B) Proteínas; as proteínas são ao cavalos de tracção da célula. Alem do seu papel na estrutura dos seres vivos ( por exemplo, o cabelo e as unhas são feitos de proteínas), as proteínas funcionam como enzimas. A vida não seria possível sem estas moléculas. As proteínas são constituídas por centenas ou milhares de moléculas mais pequenas ( aminoácidos). A estrutura base de um aminoácido consiste num grupo de átomos de hidrogénio e azoto de um lado, um grupo de carbono , oxigénio e hidrogénio de outro e um radical. Há centenas de escolhas possíveis para este radical.
Em cada célula do nosso corpo existe um núcleo que actua como escritório , separado do resto da célula por uma dupla membrana, o núcleo guarda o ácido Nucleico (ADN), o ADN contem um manual de instruções, o ADN não faz ele próprio o trabalho, mas, contem a informação que programa a célula para o desempenho das suas funções.
As células primitivas não tem núcleo, o seu ADN esta livre dentro da parede celular. Estas células chamam-se PROCARIOTAS. As células mais avançadas, incluindo todas as dos organismos pluricelulares, como as dos seres humanos, tem o ADN isolado no núcleo. Estas células chamam-se EUCARIOTAS.
ADN ou núcleo inteligente da célula:
As impressões digitais genéticas, reside no pressuposto de que o ADN de cada pessoa é distinto. Os técnicos isolam o ADN do sangue, da saliva , dos folículos pilosos, ou do sémen e colocam-no numa solução enzimática que corta as longas cadeias do ADN em milhares de pedaços menores. Os fragmentos de ADN são colocados num material do tipo de gelatina e sujeitos a um forte campo eléctrico, que separa todos os pedaços de acordo com o seu tamanho e comportamento eléctrico, ( alguns fragmentos deslocam-se no campo mais rapidamente que outros). O resultado é um molde de riscas que se parece com um código de barras. Se for pormenorizado o código de barras de cada pessoa é único.
Está em curso o projecto Gnoma humano. O objectivo deste projecto é produzir uma lista pormenorizando os pares de bases, de todo o código genético humano, de todos os 23 pares de cromossomas, com cerca de três biliões de pares de bases, visando a chave para a compreensão e talvez para a cura de centenas de doenças genéticas.
Neste resumo rudimentar nos domínios da biologia, deixamos para trás mundos de conhecimentos, na formação e desenvolvimento das mais diversas formas de vida, mas, como já referi , não é minha intenção ser exaustivo, sobre este ou aquele tema. Pretendemos e só, confrontá-lo com estas questões para que seja você a fazer a ponte. E, nesse enquadramento pedir-lhe que analise e pense:
A) Quando viajamos nos planos astrais, como adiante iremos ver, verificamos que há universos múltiplos, interligados, internos e externos que fazem parte do espirito, e no seu conjunto em simbiose perfeita, proporcionam os meios necessários na sua escalada evolutiva. Ligam e registam passado e presente, nos planos astrais e físicos, méritos e deméritos, balizados e plasmados no presente e futuro pela lei de causa e efeito ou Karma.
Registam, memorizam tudo o que envolve esse todo, colocando-o, sintonizando-o com universos afins, nos planos astrais e físicos, visando a unidade cósmica.
B) Quando viajamos nos domínios da biologia, constatamos a existência de inteligência em seres minúsculos na cadeia física. Seres que em simbiose perfeita, formam, compõem um todo, o homem no plano físico. O Gnoma Humano, (estudo concluído recentemente), recua no tempo a 25.000 anos da era actual. E diz-nos que cada ser tem um inconfundível código de barras, que determina o grau evolutivo do indivíduo no plano físico. Irascibilidade, violência, valentia, inteligência, nobreza, etc. Valores que fazem parte do código genético do homem.
C) Resta-nos saber e concluir, quem esta primeiro? O plano astral ou físico? Em nosso entender o astral. Se a sua conclusão for a mesma, será mais um a pensar e concluir, que o nascimento de vida na terra foi programado na 4ª dimensão, em mundos que fogem a compreensão da mente humana, enquanto esta não atingir a verdade universal, e não souber que os planos astrais, sobrepõem, são os primeiros, e estão ligados aos físicos, e que o espirito dotado de todos os seus corpos, visíveis e invisíveis, reencarna com a finalidade de evoluir.

Ninguém faz uma ponte se ninguém a vai atravessar. Ninguém faz um barco se ninguém vai navegar nele. Ninguém faz uma cadeira se ninguém se vai sentar nela.
J. A. Livraga

É evidente que a nossa construção energética e orgânica e a construção orgânica da natureza foram feitas para algo, para serem aproveitadas por algo que irá durar mais que o objecto em si, algo que irá poder utilizá-las.
Antes de aprofundarmos o inicio de vida na terra, vamos procurar saber algo mais sobre a Biosfera.
A Biosfera é a película de substância orgânica que envolve a terra: camada verdadeiramente estrutural do planeta, apesar de tão fina! Filme do astro que nos transporta, dispositivo ajustado onde transparece, a ligação ( mais pressentida que compreendida pelo nosso espirito) que une entre elas, num mesmo dinamismo cósmico, Biologia, Física e Astronomia .
Nas origens em que nos supomos colocados é verosímil que a Biosfera ainda não transborda-se a camada liquida do oceano primordial. Não sabemos se nessas épocas longínquas emergiria das águas o vestígio de um qualquer proto-continente.
O mais certo é que nesses começos, a espuma protoplásmica aparecida a superfície do globo, ainda não se manifestasse, além da sua «planetaridade », outro carácter destinado a crescer ao longo das épocas; refiro-me à interligação dos elementos que formavam a sua ligação ainda flutuante. A complexidade não podia desenvolver-se no interior de cada corpúsculo sem implicar correlativamente, pouco a pouco, um entrelaçamento de relações, um equilíbrio delicado e perpetuamente móvel entre corpúsculos vizinhos, da inter-complexidade colectiva, extensão natural e acréscimo da intra - complexidade própria de cada partícula, teremos de considerar mais adiante, no homem a sua «socialização convergente», expressão singular, terminal e única . Não podemos esquecer que por mais granulosa e descontinua que se tenha apresentado a camada de matéria vitalizada, já nessa fase elementar, uma rede de afinidades e de atracções profundas , reunia e tendia a ligar estreitamente a si mesma numa basta simbiose, uma multidão incontável de partículas carregadas de poder germinal. Sob a lenta e contínua pressão mantida pela curvatura fechada da terra, um tecido cerrado, no seio do qual se insinuavam obscuramente as múltiplas «arborescências » cujas características vamos tentar desvendar, para tentar saber se por detrás da sua desordem, não se esconde uma polarização geral e um sentido de cada vez mais complexidade e consciência, algum eixo principal de crescimento e de direcção.
Vamos dar o salto do desenvolvimento dos vários ramos dos seres vivos, em que a biosfera serviu de placenta, para nos fixarmos no ramo principal, aparecimento e desenvolvimento do homem. Que como os restantes animais se presume ter sido gerado na Biosfera .

O APARECIMENTO DO HOMEM
E sua expansão
Em Finais do Pliocénio, o quadro topográfico e climático já é nas suas grandes linhas idêntico ao de hoje, e se exceptuarmos os animais de grande porte desaparecidos na Europa (Elefantes, Rinocerontes etc...), ( Lobos, Raposas, Doninhas, Texugos, Javalis etc..), estes últimos mantiveram-se e continuam a fazer parte da fauna bravia. Uma terra povoada de animais, mas com uma ausência total de homens. E, que vemos hoje ?... O homem espalhado por toda a paisagem, sobre qualquer resíduo de fauna selvagem como uma inundação. Tal mudança operada em tão pouco tempo, duas épocas (geologicamente tão próximas ) leva-nos a pensar o que se terá passado para que tão grande metamorfose se operasse. Que alterações profundas no regime da evolução.
Mas, só a partir dos tempos proto - históricos se manifesta o espantoso poder dado ao homem de ocupar e possuir a terra.
Os sinais desse poder já são claramente visíveis na pré – historia. Quando as suas ossadas e utensílios nos surgem pela primeira vez no inicio do quaternário, o homem já ocupa a Europa Ocidental, a totalidade do domínio tropical. E no fim do período em todo o mundo, incluindo a zona (paleártica), que se estende com o ‘’HOMO SAPIENS’’ e da origem a grande vaga étnico – cultural da Paleolítico Superior.
O homem é uma surpresa, quando emerge pela primeira vez, já quase acabado no campo da nossa visão.
Quanto mais se estuda o sistema zoológico ultra complexo que se prolonga hoje no homem moderno, mais nos convencemos que ele corresponde anatómicamente a uma proliferação intensa, a um desenvolvimento cerrado, das crostas: (branca, amarela e negra), e a um poder singular e inaudito da Natureza e a aglutinação construtiva entre diferentes camadas de um mesmo conjunto zoológico.
Saímos da smi - obscuridade da Natureza, para acedermos à clara visão do fenómeno humano, visto e definido como o estabelecimento no planeta de uma (Noosfera).
A onda de complexidade consciência, penetrou na terra pela fenda da hominizacao, segundo a linha evolutiva dos Antropóides e entrou num domínio completamente novo para o universo do reflectido. Transposta a passagem, começou a decifrar-se num feixe complicado de raios mais ou menos divergentes, mas as diversas radiações, porque se propagavam num meio psiquicamente convergente, manifestaram rapidamente a tendência de se aproximarem entre si. E assim nasceu numa atmosfera por efeito de socialização o grupo progressivo do HOMO SAPIENS.
A socialização como comprovam os efeitos <>, é um efeito superior de corpusculizacão da Noosfera, ultimo e supremo produto no homem das forcas de ligação sociais. Ganha sentido pleno, definitivo na sua totalidade global, formando um único e imenso corpúsculo onde se acaba em mais de seiscentos milhões de anos o esforço biosferico da cerebralizacão.
O enrolamento planetário da humanidade sobre si mesma, progrediu lentamente, dessa progressão ou desenvolvimento importa separar e definir as duas maiores fases. Uma que emerge do Pólo Sul para o Pólo Norte, dilatando-se na zona do equador e adelgaçando novamente sobre si mesma em direcção ao Norte. Percurso igual ao estabelecido pela Noosfera sobre a terra. A Segunda com a socialização de expansão no seu limite, começou a socialização de compressão
É natural que o povoamento da terra nos pareça, visto agora, como tendo-se operado por pulsações sucessivas de amplitude crescente, correspondendo cada nova pulsação a uma melhor organização da massa hominizada.
Pulsações:
1- Começa com uma onda de pré – hominídios de sul para norte ao longo da costa do pacifico. O Sinantropo, acendedor de fogo e talhador de pedra, cuja penetração e expansão se fez desde as zonas subtropicais da Ásia ate aos contrafortes do planalto Mongol.
2- Onda <>do paleolítico superior que progrediu de Oeste para Leste, com passagem vem vincada nas regiões do rio amarelo. Vaga muito forte, levantada pela coalescência e pela emersão do grupo SAPIENS, portadora do conhecimento do fogo e da arte, cobrem praticamente todo o mundo antigo.
3- Onda neolítica de agricultores, por acções acumuladas de aproximações étnicas e trocas culturais. A humanidade passa do social difuso ao social organizado, graças a descoberta da agricultura e pecuária. Esta transformação desenhada na época <> ( quinze mil anos antes da era Cristã), faz subir rapidamente nas zonas afectadas à pressão humana. Com um ímpeto étnico mais forte que os precedentes, marcado pela linha siberiana, constitui uma massa migratória que transborda para sul do Atalai, atinge a região do rio amarelo, (Neolítico Mongol) e o Alasca, daí procede a invasão das duas América. Estavam definitivamente traçadas as linhas da Noosfera.

Esta ocupação do planeta terra levou milénios a concretizar, os povos para avançarem tinham de se adaptarem aos climas, e as novas culturas, domesticando plantas e animais.

A historia tende a apresentar-se como ciência de leis subjacentes ao capricho das vicissitudes humanas, direccionada para um universo em vias de enrolamento sobre si mesmo, podendo ir mais longe na nossa visão do passado. Reduzido o seu mecanismo biológico, a civilização começa a entender-se não como um estado acabado de organização, mas a <> zoológica alargada ao homem com a inclusão do psiquismo que tem sido ignorado pela sistemática.
Aprofundadas as espécies psicológicas, porque não admitir que as múltiplas unidades colectivas humanas, nascidas no decurso da historia do jogo combinado da cultura e da raça, se inserem nos domínios do reflectido, tendo o psiquismo um papel mais importante que o fisiológico e o morfológico, cujas propriedades tem sido até então desconhecidas, hoje sabemos que se manifestam no jogo das forcas vivas através da hereditariedade cromossomatica, reforçada por uma hereditariedade educacional, extra individual com a conservação e acumulação do adquirido, atingindo uma importância de primeira grandeza na biogenese.
Emergindo da multidão rebanho a nossa atenção começa a desviar-se para uma realidade bem diferente, cujos sinais se multiplicam em todos os domínios: (económico, político e filosófico) avisando-nos de que a socialização, longe de se sujeitar ao nosso uso privado, prossegue a marcha em frente, seguindo um processo irreprimível de unificação, cuja engrenagem funciona a vista desarmada e obedece a três tempos:
1- Sobre a superfície fechada do planeta, a população próxima do ponto de saturação comprime-se pelo jogo interno de reprodução e multiplicação, sobrecarregando a Noosfera, com um elevado teor de energia mantida e aumentada. Nos corpúsculos humanos (vivos) a transformação da energia torna-se mais subtil, já não é por equivalência numérica, mas por um efeito de organização que ela se traduz ( por planos vibratórios afins).
2- Não teria a civilização atingido o seu nível e a sua variação devido a relação existente, entre a gravidade, superfície dos continentes, raio da terra e a uma relação do nosso ser e a curvatura do astro que nos transporta? Para nos convencermos disso basta recorrermos as duas curvaturas comparadas da cultura e da demografia. Desde o neolítico que a humanidade se fecha sobre si mesma por efeitos de crescimento, vendo-se obrigada a descobrir os meios mais económicos em energia e espaço. O que inicialmente parecia não ser mais que uma tensão mecânica, geométrica, imposta pela raça humana, hoje traduz-se em interioridade e liberdade no seio de um conjunto de partículas reflectidas e harmonizadas entre si.
3- O ciclo fecha-se em função de uma cadeia organicamente ligada, tal como o de um sistema que entra em ressonância, identifica-se indefinidamente sobre si mesmo. É evidente a nossa falta de capacidade de fugir as energias de aproximação, incontrolavel, quase inobservado, durante os períodos pré – industriais da historia acaba por surgir bruscamente com todo o seu poder, pelo jogo conjugado de duas curvaturas, ambas de natureza cósmica, uma física (devido a terra ser redonda), a outra psíquica ( a atracão do reflectido sobre si mesmo).

Começa a ficar claro nos nossos espíritos que as forcas de aproximação que nos sitiam podem não ser um acidente temporário, mas o indicio de um regime permanente, no mundo em que vivemos.

Civilizações :
Com a breve síntese da evolução do homem no planeta, desde o seu aparecimento, expansão, enrolamento e compressão no plano físico, pressão e influencia do psíquico sobre o físico. Pretendemos encontrar, sublinhar a ponte entre o metafísico e o físico, para uma melhor compreensão do que temos para abordar, nas caminhadas a fazer.

Toynbee, enumerou e classificou vinte e uma civilizações, desde os tempos da Suméria e Mimos até aos nossos dias, e dedicou-se a isolar dentro das mesmas a sua génese em meios geográficos diferentes, seu crescimento, interacoes, declínio e ritmo de sucessão, aproximando desde ha um século a historia natural, a historia humana.

Não vamos ser exaustivos nesta matéria, não se enquadra nos nossos objectivos. Vamos referir a civilização de MU, que antecedeu a de Atlanta e fixarmo-nos na ultima, elo de ligação com a civilização actual, procurando fazer a ponte, e acentuar, trazer ao decima a outra ponte.
Os Atlantas, de acordo com o ensinamento de Vishnurama e do livro de Dzyran, dominaram uma energia equivalente á que hoje se denomina de atómica, a que chamavam Marnush, podendo através dela dominar o mundo das formas.
O seu controle estava nas mãos de iniciados. Com o tempo esses iniciados perderam a moral e converteram a Marnush numa arma de guerra.
Há relatos que nos falam de naves em forma de globos ou zepelins, que inicialmente serviam para transportar cargas preciosas e na fase decadente, armas e tropas. Possuíam barcos propulsionados por esta energia, assim como veículos sem rodas, que foram encontrados no Egipto nas área pré colombiana. Segundo Platão, construíram diques e passagens, dominando a força Hidráulica.
Dominaram a electricidade estática. A reconstituição de utensílios antigos, entre eles o Tabernáculo de Chavin, Peru, (trabalhos do Eng.º Alvarez Lopez) provaram que muitos dos objectos eram acumuladores de energia, que matavam quem ousava toca-los. Foram encontradas em Bagdade baterias eléctricas, que estão expostas no museu de Berlim e datam do segundo milénio antes de Cristo.
Os Atlantas eram detentores de conhecimentos que se perderam no tempo, e só conhecendo-os, poderíamos entender os monumentos que o Dilúvio não varreu e existem a superfície da terra.
Os últimos Atlantas, cegos pelo orgulho do seu avanço cientifico menosprezaram os poderes da natureza e acabaram por romper as barreiras moveis, julgando-as supérfluas relativamente ao seu estado evolutivo.

É no que diz respeito a esta época que todas as tradições coincidem, explicando que os mestre da sabedoria se dividiram em duas grandes lojas:

A da direita
E a da esquerda

O movimento para a direita é simbolizado por uma cruz suástica, que representa criação, construção e conservação pacifica.
O movimento para a esquerda, simbolizado pela suástica invertida, representa a renovação pela destruição ou escravidão.

Foi a loja da esquerda, com os seus poderes de escravidão sobre as massas, que governaram as ultimas épocas de Atlantida, conduzindo-a para a catástrofe.

Os sábios da loja branca, retiraram-se para lugares remotos, a fim de continuarem as suas pesquisas pacificas. Eles conheciam o destino da Atlãntida e reuniram discípulos para os acompanhar noutros continentes.

A pirâmide de Xochicalco, próxima da Cidade do México, conta-nos como morreram bruscamente 54 milhões de pessoas, há cerca de 12.000 anos.

Aproximamo-nos da historia conhecida, mitos e lendas tornam-se civilização, lentamente a estabilidade geológica reaparece no planeta, os sobreviventes desse povo tornaram-se navegadores, ao longo de inúmeros combates foi-se fazendo a selecção da espécie, vingando os mais inteligentes e mais puros.

Formou-se uma nova humanidade que percorreu o mundo. Todas as tradições nos falam do novo filho do Sol, chamado em Egípcio Rá-Ios e em Sanscrito Ário.

Os homens actuais quebraram de novo o equilíbrio, provocando as forças da natureza que apenas conhecem parcialmente. E se uma nova guerra atómica de envergadura chegasse acontecer, poderíamos dizer que esta catástrofe, que para muitos não passa de lenda, tornar-se-ia uma realidade e a humanidade seria obrigada a passar por um outro período das cavernas.

Atlãntida, o desvendar do Mito:
Os métodos actuais de cronologia geológica forneceram-nos com base nos planos de estratificação, esta certeza de simultaneidade: há 12.000 anos, altura em que se afundou o continente mítico, que uma corrente quente, proveniente do Golfo do México, o famoso “Gulf Stream”, veio aquecer as costas Europeias, pondo fim a era glaciar. O aquecimento transoceânico do qual a Europa beneficia hoje, não passava porque esbarrava no continente que se afundou.
Em 1898, o cabo submarino que liga Cape Cod, nos Estados Unidos, a Brest na França quebrou-se a 700 km dos Açores, foram efectuadas sondagens e dragagens a 300 m de profundidade, trazendo-se a superfície rochas basálticas, de origem vulcânica, que tinham solidificado ao ar livre, levando os geólogos a concluir que estavam debaixo de agua há 10 ou 12 mil anos.
No ano geofísica internacional, ficou demonstrado cientifica e geologicamente, que existe um continente submerso no oceano Atlântico. Cientistas Russos, descobriram cidades submersas, cujo ter das descobertas, em forma de artigo, foi publicado por Weekev Woorld News.

Como foi referido os Atlantas, distribuíram-se por diversos pontos do globo. Só assim se explica como povos diferentes e distantes, como os Caldeus, Egípcios e os pré – Colombianos de S. Salvador, dispuseram de utensílios iguais ao mesmo tempo, «exemplo» a mesma medida padrão, o metro absoluto
Todas as civilizações tiveram as suas cúpulas de conhecimento, que de uma forma muito restrita, faziam transportar, passar as civilizações seguintes. Esses núcleos, esses grupos de homens eram vistos pela massa inculta como autênticos Deuses.
As civilizações estavam divididas em sociedades hierarquizadas de acordo com o seu grau de conhecimentos, desde o Oriente Milenário a América pré – Colombiana, passando pela África e Europa. Em todas estas sociedades eram seleccionados os mais capazes os mais aptos, para através de ritos de iniciação dar continuidade, suceder as cúpulas pensantes, aos restritos grupos de iniciados. Actualmente esta palavra significa, informar um indivíduo sobre uma ciência, uma arte ou uma profissão, originalmente designava o conjunto de cerimonias através das quais o indivíduo era admitido no conhecimento de certos mistérios.
Mircea Eliade define a iniciação como uma mutação ontológica do regime existencial. No fim das provas o neófito transformou-se noutro, e acrescenta: A iniciação constitui o fenómeno mais significativo da humanidade, porque compromete a vida do indivíduo, transformando-o num ser aberto ao espirito.
A iniciação no enquadramento dos temas que abordamos, tem a finalidade de despertar o homem para num todo se conhecer a si próprio, e harmonizar-se com as forcas da natureza e cósmicas de que faz parte.
Um alargamento de conhecimentos que visem alterar os horizontes da humanidade.
Situemo-nos no Tempo
À medida que se aproximou o final do conflitivo século XX ( o século de ouro para os que sonharam, mas de ferro para aqueles que o viveram, no qual rebentaram as guerras mais pavorosas, se derrubaram os mais altos edifícios éticos, contaminou-se o habitáculo natural do homem – a Natureza – e por conseguinte o próprio homem) levantam-se do caos da inconsciência colectiva os monstros milenários do materialismo, do ateísmo e maldade. Surge pela velha lei da compensação, um interesse redentor referente a face oculta da vida....., do caos, emergem lentamente, mitos, lendas, valores perdidos no tempo.
Este interesse, que pode ser motor de insuspeitas transformações da sociedade, viu-se também afectado pelo meio em que se desenvolve; acerca das ciências ocultas, os que o podem fazer opinam, esquecendo que toda a ciência, exotérica ou esotérica, tem a sua própria raiz, sua teoria e pratica própria. É prejudicial improvisar. Ignorar a metodologia básica conduz a um tipo de ‘’ciência ficção’’ onde se toma por realidade o que não existe, passando ao lado das realidades obtendo um amontoado final de ignorância e desconcerto com desvios de atenção para o instintivo e o efémero, queimando-se rapidamente com fumo e pouca chama, o que deveria constituir um farol de esperança e um foco de conhecimentos afastado do intelectualismo que converteu o século XX num fracasso, uma câmara de tortura para milhões de homens.

O Materialismo do século XIX não podia conceber a televisão, nem o som da voz humana transmitido a distancia, cavalgando em ondas de energia para as quais não existem obstáculos físicos. Nem que se podiam ver os ossos de um indivíduo através da sua carne. O ‘’sobrenatural’’ só o é para aqueles que tem um conceito estreito do que é ‘’natural’’. Os raios ultravioletas e infravermelhos existem, ainda que a olho nu não possamos percebe-los sob formas e imagens. Os espiritos existem, embora a maioria dos homens tenha perdido a capacidade de percepciona-los.
Façamos um esforço conjunto, voltemos a ser crianças, voltemos a crer e a entender. Formemos um módulo de supervivência que se dirija a um horizonte luminoso e verídico, deixando para trás os temores da noite e os alentos corporizados da Grande Besta da ignorância – o intelectualismo estéril e o desespero.

O MACROCOSMOS
Segundo os antigos existem ciclos tão dilatados no universo que um único deles basta para merecer dos homens o nome de eternidade. Denominação evasiva pois na realidade o homem não pode conceber a Eternidade, mas sim a duração constante. E mesmo esta duração padece de uma conceptualizacao deficiente, uma vez que não sabemos quando começa nem quando acaba, sem deixar por isso de existir.
O intento de racionalização deste fenómeno escapa-se-nos como a agua entre os dedos de uma mão. Apenas nos é perceptível a humidade que o liquido deixou nos dedos. Porem, é a única coisa que dele podemos obter e a isto nos aferramos para Ter, pelo menos um vislumbre daquilo que transborda a nossa consciência em si.
O Macrocosmos constitui o conjunto de galáxias separadas no material por milhões de anos luz, e por tudo aquilo que por ser material tem para o homem uma existência evidente, porem irracional para os seus sentidos e para a sua inteligência. É o mistério...., são os enigmas, tudo que ignoramos e ignoraremos enquanto estivermos na nossa condição humana. A nossa única segurança é que nele esta Deus; não o Deus ‘’bom’’, ou com qualquer outro atributo humanizado. Simplesmente Deus. Simplesmente mistério. É o que ignoramos, sacralizados pela sua dimensão sobre – humana, pararracional e totalmente fora do nosso alcance conceptual. Os Indianos chamavam-lhe a ‘’não – coisa’’ tudo radica aí e nada radica aí; nós mesmos seres humanos não nos excluímos.

O COSMOS
Da primeira dualidade – Teos e Caos, Purusca e Prakriti ou como se queira chamar, nasceu o cosmos inteligível o único que podemos entender. Da entropia, o Cosmos, que é dinâmico, que se desloca, que se transforma e, no grande jogo de Maya, enfrenta milhares de espelhos. Nele nascemos, morremos e renascemos miríades de vezes.
O Cosmos é axilógico e tem uma estrutura piramidal que procura a selecção dos mais aptos com o fim de ajudar os menos aptos. Neste mundo ha verdade e mentira, prazer e dor, vida e morte. Os ciclos são definidos e definitórios: existe o karma. Faz-se mérito ou demérito. O numero de elementos que o compõem é fixo e sempre igual, mas as suas combinações são tão numerosas que bem podem ser chamadas de ‘’infinitas’’. Aqui tudo é valido, tudo tem propriedade; no entanto tudo é relativo . Conhecemos o grande por comparação com o pequeno, aquilo que em presença de algo ainda mais pequeno se torna comparativamente grande. Temos a ideia de movimento pela relação entre dois corpos; segundo aquele em que fixamos a nossa atenção.
Este cosmos que nos é inteligível sem mais intermediários é o próprio habitáculo; a galáxia a qual pertencemos, o país em que habitamos e o solo que pisamos.
O Microcosmos; em sentido amplo é constituído pelo homem, em sentido estrito por cada homem e uma mulher. O esquema apresentado na actualidade segundo uma actualidade básica: eu e o meio circundante. Eu sou um ponto central deste esquema, e as minhas outras seis possibilidades de consciencializar reduzem-se ao considerar o Ovo Áurico que me rodeia, as (cinco) que são os meus (cinco) sentidos. Nasceu o pentagrama, eis aqui o homem.
Para o homem do século XX, as ferramentas por mais sofisticadas que sejam, não passam de prolongamentos dos braços ou pés. A radio das nossas orelhas, a televisão dos nossos olhos. Um satélite artificial não é mais que a transmutação da pedra lançada no ar por uma criança que brinca. Tudo são extensões das nossas possibilidades, mas não aprofundamentos.
A cultura do século XX é uma ‘’cultura horizontal’’, que se expande como uma mancha de azeite, e como tal, a medida em que se expande torna-se delgada e dilui-se numa fibrilacão perimetal. E aparecem buracos e dilacerações no seu próprio seio. Não há raízes nem perspectivas o sistema esta bloqueado.
O homem desloca velozmente o seu corpo, mas viaja limitado a si mesmo, cego e surdo, sem capacidade para o assombro filosófico, e ainda menos para a projecção metafísica. Não se concebe o bem, mas sim a beneficência, não se aprecia a paz do coração, mas sim o conforto das nádegas, não se medita, especula-se. O mundo transformou-se num cesto de grilos que fazem muito barulho, atordoados pelas suas próprias colisões psicológicas. A opção é cruelmente simples. Ou se morre louco ou guarda-se silencio e procura-se viver plenamente em todas as direcções do espaço – tempo.
Alarguemos horizontes:
Uma boa abertura é conhecer outras dimensões onde moram outros tipos de seres. Esses que eram perceptíveis ao homem quando este não estava contaminado pela sua própria aglomeração interior e exterior. Para isso é necessário que o homem se sinta de novo parte do universo, nem seu dono nem seus escravo, simplesmente parte desse macróbio que é o cosmos no qual esta inserido o Microcosmos ou Antropos.

Deixemos as contradições inventadas na Câmara dos espelhos e vamos ao encontro das harmonizações que nos são naturais.
O UNIVERSO COMO SER VIVO; Esta não é uma hipótese de trabalho nem uma teoria, é uma realidade. A vida – una é e esta em tudo. O que se chama vulgarmente nascimento e morte é mera transfiguração, mudanças de aspecto segundo a perspectiva de onde se observa. A entropia que anteriormente mencionamos é uma qualidade do universo pela qual nada se perde, tudo se transforma, sendo os corpos meras sombras dos espiritos, na dimensão em que estes espiritos tem as suas consciências. Assim quando o espirito tem sede de corpo, renasce fisicamente, uma vez que o seu karma acumulado cavalga os seus desejos e os seus temores. Está-se sempre onde se deseja ou se tem de estar.
Planos de vibração do universo; Apesar da substancia ser Una, esta substancia vibra e é rica em matizes que outorgam diferentes oportunidades de formas de vida. Dentro do nosso universo, e mais concretamente no nosso sistema solar existem 10 planos de vibração, que podem ser entendidos pelo homem. Dos 3 superiores nada direi. Os 7 restantes tem importância para o homem e vamos analisa-los de cima para ‘’baixo’’.

Da vontade espiritual: chamada pelos indianos ATMA. É o mais elevado e esta como que enxertado no terceiro plano cósmico da Tríade ou logos Solar. Deste plano da vontade espiritual não se podem dar características mais detalhadas, a sua extensão supera a capacidade de entendimento humana. Esta para alem da mente e da intuição. É o Grande Amenti dos Egípcios: vértice superior do Losango dos Magos; do Quadrado Mágico banhado na Luz de Ammón, e também o Grande Azul, o Nilo Celeste onde navega a Barca de Milhões de anos ( uma forma de mencionar a Barca – Que – Voga – Na Eternidade).
Da Intuição; chamada pelos Indianos ‘’Budhi’’, o plano de Luz, de onde partem todas as Iluminações Espirituais, representadas pela auréola que nimba as cabeças das imagens de Cristo ou de Buda. É o mundo dos Devas ou anjos e daqueles cujos elevados valores, os colocam em planos vibratórios superiores ao comum das pessoas ou se quisermos atingem determinado grau de Santidade. Neste plano, a relação Sujeito – Objecto – Qualidade dá-se simultaneamente, uma vez que o tempo..., do ponto de vista humano não existe ali. É a Mansão do Amor, e da Concórdia. Ali esta Shan – Gri – la , o Jardim Maravilhoso onde os Lótos jamais fecham as suas pétalas, segundo a velha crença Bud dos Chineses e Tibetanos.
Da Mente; chamada pelos Indianos de ‘’Manas”. Aqui moram as séries numéricas e os arquétipos. Neste plano o Homem tem enxertada a sua Centelha mental ou o chamado corpo Causal, sombra luminosa das suas potências ainda não actualizadas nos dois planos que lhe são superiores. É a morada do Eu totalmente diferenciada ou Ego. É o plano dos ideais, das ideias puras, do Ser individual. Para os Egípcios é Hórus – No = Horizonte. É o plano do veículo do Espirito Santo e a Substancia da parte superior do Cálice ou Gral.
Da mente dos desejos; chamada ‘’Hama – Manas’’ pelos Indianos. É a sala dos Espelhos. A sede de multiplicidade e da multiplicação das formas. É o Cofre das Jóias , do brilho ou luz reflectida e da obscuridade a Mansão de Pandora. A esperança e o medo. É a Bigorna de Vulcano onde se forjam os artefactos onde as ideias se perseguem e se alcançam, se unem e separam. São os ‘’Mayavirupas’’ ou ideias – formas que nascem e se expandem antes de se precipitarem ou de se elevarem. Aqui vivem os desejos e se conhece a angustia.
Da psique ou duplos luminosos; é o mundo vibratório no qual os arquétipos e os desejos tomam formas orgânicas constituídas por matéria subtil ou energia polarizada. Muitas destas formas têm as suas contrapartes num mundo mais denso, o físico, e embora se lhe chamem duplos, os verdadeiros duplos são os robots orgânicos, as suas sombras. É por isso que os Egípcios chamavam aos corpos humanos neste plano Kha ou ‘’ Duplos Luminosos’’ e reconheciam-lhe poderes sobre a matéria. Os Indus chamam aos corpos feitos com esta matéria psicológica ‘’Linga Sharira’’, corpos irrepreensíveis por meios físicos. A energia polarizada sobre arquétipos, e a que os sustenta, é o que os cabalistas medievais entendiam por luz astral na sua parte mais grosseira, há outra luz astral que não esta neste plano, mas sim no segundo, que é onde se desenvolvem os Sambhogas dos Santos e Budas.
Cada um destes Mundos tem o reflexo nos demais, à parte do próprio ( embora os Anais de recordações, denominados na Índia de ‘’Ananis Akáshicos’’ não necessitam de substancia mental para serem registados), no subplano mental deste plano ou mundo psíquico onde se reflectem as recordações e fazem com que as vidas passadas dos homens cheguem até a sua consciência e possam ser vistas, sem a luz astral seriam como películas já impressionadas, mas que não poderiam por transparência ser visualizadas com a facilidade que logram impactar muitas pessoas. Neste mundo também há reflexos das coisas que vão suceder, pois, estando mais perto do plano Causal, os impulsos passam aqui antes de chegar à terra física.
Os sons, as cores e alguns perfumes, tem neste mundo a sua pátria natural.
Da energia; chamado pelos Indianos de plano prânico, onde os Egípcios situam a sua chave da vida, na expressão mais terrena, que se manifesta como (Ankh). Aqui a energia polariza-se constantemente e de maneira muito complexa, mediante uma dinâmica eletro – térmica ( para utilizar termos actuais que se parecem com o que queremos dizer) e as relações de velocidade relativa, de distancia, de cooperação entre os vectores de forca, são regulados pela manutenção de uma densidade média de matéria. Os corpos físicos são plasmados pelos efeitos dessas forças, tal como fazem as limalhas de ferro no fuso magnético de um íman.
Da matéria; onde os Indianos situam o ‘’Stula Sharira’’ ou o corpo físico humano que com o seu meio físico, conforme o ‘’habitat’’ normal dos homens, o suporte total de todos os seus actos. É o mundo da substancia, o Malhuth dos cabalistas, sempre movido e materializado pelo Sekinah. É o mundo da dualidade por excelência. Se a definição clássica da matéria é a de tudo aquilo que pode ocupar lugar no espaço, ressalvamos que este espaço deve ser físico. Esse espaço é tão físico com a matéria, e não é mais do que a sombra da energia, a limitação da liberdade – outorgando a esta controversa palavra o significado de atributo do Ser, mais alem da imagem restritiva, materialista dos Seres como pluralidade dialéctica, carentes da suficiente realidade para Ser Si.
A energia desacelerada converte-se em matéria visível aos olhos físicos; a energia captada e amontoada em nódulos gravitacionais transforma-se em ‘’coisa’’, com as suas propriedades, algumas intrínsecas e outras que lhe advém de planos subtis, como no caso vulgar da radioactividade, expressão registada da actividade intima da matéria. Mas isso a que chamamos ‘’intimidade’’, é, por sua vez, ‘’profundeza’’ e escape do estreito cárcere da matéria. Na verdade apenas cárcere de barrotes, pois os ventos energéticos trespassam-no continuamente. E, os próprios barrotes não são mais do que o vento detido ou desacelerado.
Para os esóteristas há dois mundos que não tem realidade: o primeiro que mencionamos, por estar muito acima da nossa possibilidade de captação e ao qual fazemos referencia por nele habitar a qualidade da vontade, sinónimo filosófico de Existência; e o ultimo, o físico, por não ser mais que a sombra de Divinos Objectos, em direcção a objectivos que não são perceptíveis a perspectiva materialista. Porem nesta irrealidade, temos o nosso corpo carnal, ao qual nos afeiçoámos, e somente por isso devemos dar-lhe importância e realidade, já que as coisas tem o valor que lhes outorgamos. Fora do valor real que cada um possa Ter, para o homem isto é imperioso e circunstancial. Quando se esta sedento no deserto, vale mais um copo de agua que uma tonelada de diamantes. A vida é tida por bem a morte por mal. Tudo se rege com base nesta primordial dualidade. A Vida – Una não é correntemente perceptível.
O que são os elementos:
Segundo conceitos milenários acerca da constituição do cosmos, este estaria constituído na base de um único elemento. Isto responderia ao conceito de unidade que prima sobre os posteriores processos de harmonização das dualidades dos inteligíveis. Porem, sendo o arquétipo uno, a substancia deve ser forçosamente, una em essência. A isto se referiam as publicações de Demócrito acerca do ‘’átomo’’ como parte indivisível sobre o qual assentava o Cosmos. O chamado ‘’átomo’’ ao qual se referiam os antigos Gregos, não é aquele que há meio século o homem desintegra. Aquilo a que hoje chamamos ‘’átomo’’( que literalmente significa em partes e, por conseguinte indivisível ) não é mais do que uma micromolécula integrada ao mesmo tempo por variadissimos elementos. O átomo dos clássicos está mais alem de tudo que a ciência actual conhece.
No plano manifestado e que nos é dado perceber e entender, podemos afirmar que existem quatro elementos: Terra, Ar, Agua e fogo. Estes 4 formam duas cruzes generativas interpenetradas, já que a Terra e o Ar tem movimento horizontal, e a Agua e fogo vertical. Assim, a Terra é fecundada pela Agua e o Ar é fecundado pelo Fogo. Destes cruzamentos surgem elementos vitais que se caracterizam pelo seu impulso e acção benfazeja para o homem: a fertilidade material e a fertilidade energética.
Estes quatro elementos não devem ser entendidos como Terra física, Agua física, Ar físico e Fogo físico, mas sim como grupos muito maiores que se relacionam com os 4 planos inferiores da Natureza; a Terra com o físico, a Agua com o energético, o Ar com o Psíquico e o Fogo com o Mental. Em alquimia são os 4 estados que se plasmam no interior de Atanor. Na base o Sal, no meio as duas formas de Mercúrio, e na parte superior o enxofre coroado pelo Fénix de fogo, forma do 5 elemento que é impossível de encontrar em estado natural, uma vez que é muito instável por estar na sua fase de formação.

Os 4 Elementos são como 4 impulsos ou notas musicais fundamentais da nossa Natureza, dentro da tónica de Unidade Dinâmica que a caracteriza e permite que estas 4 modalidades se interpenetrem e sejam arquitectadas pelo Divino que nos rege.
Apesar de todas as ‘’aberturas’’ psicológicas verificadas no século XX, dois homens terem pisado a lua, que aparelhos especiais observem a fotósfera solar e os mais distantes planetas, continuamos a dividir de forma arbitrária o ‘’terrestre’’ e o ‘’extraterrestre’’.
Se conseguíssemos ampliar a nossa concepção do universo e ver o nosso planeta como mais uma arvore de um imenso bosque, entenderíamos muitas coisas que por agora nos estão vedadas.
Mas o processo de egocentrismo e antropocentrismo é muito amplo e guarda uma inércia forte. No momento em que isto se escreve, existem milhões de pessoas que crêem que Deus, o Deus absoluto, encarnou uma só vez e unicamente entre uma determinada tribo de homens deste planeta, e não em nenhuma outra oportunidade ou lugar. Isto reduz o ‘’extraterrestre’’ ao papel de um simples marco ou contentor menos válido que a Terra.

Os problemas crescentes do século XX para os quais não vislumbramos soluções, originaram uma psicose de ‘’escape para a frente’’, e a partir de certas observações de objectos voadores não identificados nem confirmados, criou-se uma neomitologia de invasores de outros mundos que, como anjos inocentes e por sua vez vingadores ou redentores, estivessem vigiando a marcha da humanidade.
Se aprofundarmos, recuarmos à origem, a essência do Ser, chegaremos a conclusão de que todos somos extraterrestres, é impossível que a terra tenha existido sempre, sendo o Espirito – Imortal, tem de ter habitado em outra parte, antes da existência da Terra e continuará a manifestar-se noutros sítios quando este planeta tiver cumprido o seu ciclo físico e se destrua. Isto não quer dizer que tenhamos chegado em naves espaciais nem em foguetões à maneira dos que constróem os homens actuais. Os velhos ensinamentos falam-nos de migrações no cosmos de grandes grupos de Almas, que mudam de ‘’casa’’, deixando a mais velha que esta em ruínas por uma recém construída e apta para obter novas experiências.
O ESPIRITO
A denominação de ‘’espiritos’’ é tão imprecisa como os próprios espiritos. Não é matéria, não é energia..., estão mais alem. Não é unicamente metafísico, mas também é metaenergético e ainda pararracional. Porem, não é nossa finalidade tratar de tão profundas coisas, senão que quando mencionámos os ‘’espiritos’’, fazemo-lo limitando-nos à identificação de um Ser para diferencia-lo de uma coisa, ou pelo menos das formas menos evidentes do Ser às que chamamos ‘’coisas’’.
Existe realmente a evolução:
Quando no século XIX se lançou a teoria evolucionista – que logo se tornou dogma de fé contra as advertências que um dos seus maiores impulsionadores, Darwin, tinha feito – pensou-se que se tinha descoberto a chave de ouro do universo. Indubitavelmente a nova teoria ( que na realidade, em muitos dos seus elementos já era conhecida no Oriente, desde a Índia ao Tibete e Egipto, até ao Ocidente que a conheceu popularizada pelos Pitagóricos) era muito interessante e varria muitos ‘’tabus’’, nascidos do estudo monocórdico da ‘’letra morta’’ da Bíblia.

O ‘’Antigo Testamento’’ fez entrar todos os seres vivos conhecidos, que sem transformação nem adaptação, entram e saem da Arca e chegam aos nossos dias, incluindo o homem Adâmico; o facto de ele ter surgido de Caím e das mulheres da ‘’Terra de Enoch’’ não era mencionado, salvo ter sido relacionado tardiamente com os aborígenes americanos. As primeiras escavações e estudos cuidadosos das colecções palenteológicas já existentes, mostravam claramente que o planeta tinha sido habitado em tempos passados por uma fauna e uma flora diferente das actuais. Porem, a onda evolucionista foi tão arrasadora que não se deteve em detalhes e deu por assente que o homem não era o que Darwin tinha proposto, como um irmão maior do mono, mas sim o próprio descendente. Os ‘’positivistas’’ socializaram a nova crença e dividiram com muita segurança – em compartimentos que se excluíam e se lhes dava simultaneidade – o passado humano em 4 períodos: o mágico, o religioso, o filosófico – metafísico, e a coroa, o científico – positivo.
Tudo isto foi enfaticamente ensinado em universidades prestigiadas e apoiado num evidente triunfo da Civilização Ocidental sobre muitas enfermidades que tinham sido consideradas como ‘’maldições de Deus’’; num mundo no qual tudo parecia ir em violento crescimento e perfeição, ajudado pela oposição fechada das Igrejas que cederam quando já era demasiado tarde e juntaram-se em especial casuística à maioria das ideias – inclusive políticas – evolucionistas, fez que entrássemos no prodigioso século XX com a absoluta segurança de que a evolução era um facto incontestável.
Todavia cedo se analisaram as vozes de alarme que já no século passado se tinham manifestado desde numerosas e diferentes posições. A ciência da escavação sistemática, a que chamamos arqueologia e a museística demonstraram que a evolução por existir, não é algo tão simples e escalonado como se tinha pensado, mas antes que encerra enigmáticos ciclos, aparentes avanços e retrocessos, convivência de formas de civilização mágica com a cientifica e ainda com a técnica mais avançada, como é inegável perante a evidencia de exemplos tão distantes como as pirâmides do Egipto e as muralhas de Sacsahuamán no Peru. No tocante ao homem em si, nunca se encontrou o ‘’elo perdido’’ que o relacionava com o macaco, as medições com o carbono 14 demostraram que o famosíssimo ‘’ Crânio de Piltdawn’’ tinha sido uma brincadeira de estudantes, baseando-se em fragmentos do crânio de um negro, de um mono, e em algumas pontas de flechas artificialmente envelhecidas. Hoje sabemos que antes da nossa houveram outras civilizações brilhantes, e que a tão caluniada Atlântida, cujo ultimo afundamento é citado por Platão, existiu e esta submersa no Atlântico.
É evidente que a evolução existe, ainda que encerrada na grande dança de marchas e contramarchas, em buscas laterais e independentes em prol da perfeição. Não é contada pelos ‘’evolucionistas’’ do século XIX, porem existe e aparentemente tem existido desde as primeiras manifestações..., da forma. É isto que queremos destacar. As bactérias são muito simples, pouco evoluídas e, no entanto tem-se mantido igualmente fortes durante milhões de anos, sem modificações aparentes. Alguns insectos fosseis, concretamente as libélulas do Mesozóico, encontram-se hoje encerradas nas suas tumbas de pedra, diferenciando-se das actuais apenas no tamanho. É realmente a forma que evolui? Não podemos pensar numa maior tomada de consciência das almas e num maior desenvolvimento da vida que faz mudar as formas. Se a Alma é a razão de existência do animado, porque é que os insectos não tem mudado as suas formas como os mamíferos? Porque é que se tem encontrado bactérias que provem do paleozóico e que são mais ou menos idênticas as actuais?

Se os vegetais, os animais e os homens são todos espiritos que buscam a perfeição através de inúmeras reencarnacões, porque é que uns mudam tanto que dizemos que evoluem com o tampo e outros não? E ainda que negássemos o espirito e as suas reencarnacões, no mais puro estilo materialista do século XIX, isto não nos solucionaria o problema, uma vez que os fosseis e os seus vestígios são testemunhos inamovíveis, pouco lhes importando qualquer teoria evolucionista ou anti – evolucionista.
Resta-nos a possibilidade de entendimento à luz dos ensinamentos tradicionais. E a de que nem todos os seres vivos estão na mesma ‘’linha de aperfeiçoamento’’, ou, se nos referirmos a algo mais do que à mera forma, que nem todos estamos na mesma ‘’linha de evolução’’.
Nesta abordagem resumida de quadrantes da evolução humana, acentuando, conjugando, entrelaçando, essa evolução nos planos físicos e psíquicos, não podemos deixar de fazer uma chamada de atenção, de sublinhar a errada fuga para a frente.
Humanidades:
Povos, culturas, religiões, civilizações,
Legados,
Ao longo de milhões de anos deixados,
Inequívocos testemunhos,
De seus avanços ainda inegualados,
Por uma humanidade que não se deteve nestes legados,
Para sobre eles pensar, meditar,
Quem eram estes povos, estes homens,
Capazes,
De a força da gravidade controlar,
Que movimentavam milhares de toneladas,
Ainda hoje impossíveis de movimentar,
Que deixaram monumentos,
Só possíveis de ver do ar,
Que dominaram os metais,
Antes desta humanidade,
Ao seu domínio chegar,
Quem eram estes homens?
Qual era a força da sua mente,
E seu elevado pensar?
Para desenvolver tecnologias,
Que não somos capazes de igualar.
Se pararmos para pensar,
E ao inicio destas humanidades voltarmos,
Ligando sua historia,
Nossa historia futura alteramos,
Sem a fuga para a frente,
Que erradamente encetamos.
Fala-se em invenções e inventores,
Quando nada há para inventar,
Tudo foi inventado,
Tudo paira no ar,
Basta que a nossa mente intuitiva,
As consiga agarrar.

Nos capítulos seguintes de forma ligeiramente diferente, iremos continuar as mesmas linhas de orientação, visando sempre a ligação entre os mundos físicos e psíquicos.
Somos Viajantes da Eternidade:
E estamos, mergulhados num mundo que nos acolhe sem objectivo aparente, alem de dar a vida que nós próprios recebemos. Vida que é mais do que uma organização biológica, confere-nos a consciência, que nos permite reflectir e acumular conhecimentos. A sua acumulação eleva cada um de nós a uma determinada altura, de onde podemos olhar e interrogar os universos que nos rodeiam.
Universos múltiplos, alguns dos quais interiores ao ser, universo da poesia, da musica, da pintura, da espiritualidade das matemáticas, etc. Os exteriores são os da matéria , desde as galáxias aos átomos. Há ainda os que nos circundam e estão directamente relacionados com as nossas actividades. Mas, estão todos interligados e reagem uns sobre os outros. As matemáticas regem o universo material que obedece a leis precisas. O cérebro humano recorre a três andamentos principais na explicação matemática do universo material, a mecânica racional, associada à física e à química que explica o mundo à nossa escala, tal como a biologia, a mecânica celeste que prevê os movimentos dos corpos celestes, e as mecânicas quânticas e ondulatórias , que descrevem os comportamentos dos átomos e das partículas. Estes sistemas matemáticos harmonizam-se numa unicidade grandiosa e são, em si mesmos, um universo no universo material, tão complexo como este; mas, trata-se apenas de utensílios que facultam ao pensamento um determinado tipo de conhecimento.
A filosofia na investigação das causas também descobre harmonias e procura sínteses entre todos estes universos. As matemáticas não explicam o universo, mas, permitem que dele se conheçam harmoniosas propriedades. A musica, a poesia, a arte, também recorrem a harmonias, põem em jogo emoções que tocam o nosso ser, afinam-nos o pensamento e extasiam-nos em esferas intimas. O mesmo se passa com a espiritualidade, que nos leva a transcender o nosso ser, ou seja a integrá-lo num para lá do universo, a metafísica , onde devemos procurar as verdadeiras razões de existirmos.
Todas estas interrogações se colocam a filosofia, que pode propor explicações, mas, não sem a ajuda da ciência, que constrói belos monumentos do conhecimento. Destas construções, mas não da própria ciência, saem sistemas de pensamento que esclarecem poderosamente as nossas interrogações inquietas, evitando o escolho de dar respostas. Uma resposta é um fecho, a filosofia e a ciência devem ficar abertas.
O PENSAMENTO:
Tem por base, valores e conhecimentos. Os pensamentos são energia .
É importante sabermos distinguir os pensamentos e a sua influência na nossa vida. Ao longo de séculos e na era presente, tem sido aproveitada por correntes religiosas de uma forma dogmática , com o objectivo de reunir clientela à volta deste ou daquele credo religioso. Todos nós com maior ou menor profundidade, ouvimos falar nos dogmas da fé, ( a fé move montanhas, entregaste-te a Cristo e Cristo te curou ,etc, etc, etc.,).
Há dois mil anos atrás, atendendo ao grau de desenvolvimento em que se encontrava a humanidade, direccionar pensamentos colectivos num sentido moral ou ético, visando o bem comum, e, para tal, apresentar-lhe um percurso alquimico ou filosófico de vida como exemplo, parece natural . Se nos reportarmos a época de Buda, e ao inicio da era Cristã. Dois mil e quinhentos anos depois, com os avanços científicos verificados, é tempo demais, é tempo da humanidade se consciencializar e direccionar conscientemente a energia produzida pela sua mente, sem dogmas ou mistérios. É tempo dos credos religiosos, explicarem aos seus aderentes, que um arquétipo bem pensado, individual ou colectivo, gera a energia positiva, que plasma o nosso dia a dia, e nos livra dos males que nos afligem, sem uma intervenção externa, (uma alo-redenção ). E tempo de deixarem de nos apresentar um DEUS mau, castigador, de direccionarem os seus rebanhos através do medo, do temor a DEUS.
Mas...,
Quem é este DEUS,
Sobre quem tão levianamente opinamos,
De onde o conhecemos,
Para assim DELE falarmos,
Semelhante ao homem físico,
Não ..., por certo nos enganamos.
Nossa verdade ainda é pequena,
Para assim DELE falarmos.
CRISTO filho de DEUS,
Aí não creio que nos enganamos,
Se pensarmos no espirito,
Que o corpo de CRISTO ocupou,
pensar,
Num DEUS que me transcende,
Nesta época, neste lugar,
Em que minha verdade muito pequena,
A universal ..., não pode chegar.
Quando muito posso pensar,
Um DEUS, Mas o verdadeiro ser é o espirito,
Filho de DEUS também sou,
Sou ainda pequeno,
Com muito por lapidar,
Mas lá chegarei um dia,
E melhor possa
Senhor dos universos em que ando a viajar,
Incomensuravelmente grandioso,
Onde minha pobre mente,
Ainda não pode chegar,
Que estou ligado a ELE,
E DELE me heide aproximar,
Julgo ser a minha verdade,
Não me estar a enganar.

Se analisar-mos a vida dos grandes AVATARES que simbolizam as religiões existentes à superfície da terra , verificamos que todos eles praticavam e ensinavam a praticar uma (auto redenção), uma renovação constante, ( cometes-te um erro arrepende-te dele, aqui e agora ). Antes do erro está sempre o pensamento errado:
A) Um mau pensamento produz energia negativa e entra em sintonia com campos vibratórios negativos, atraindo para o nosso dia a dia coisas negativas.
B) Um pensamento positivo atrai coisas positivas, aumentando dessa forma a nossa estabilidade emocional, ligando-nos a campos vibratórios superiores e, é nestes campos, que enriquecemos os nossos valores, diminuímos erros, aumentamos conhecimentos, erradicamos medos, e ampliamos o equilíbrio emocional.
C) Urge portanto treinar a nossa mente na rejeição de todos os pensamentos negativos substituindo-os por pensamentos positivos, é um exercício inicialmente difícil, mas os resultados compensam o grau de dificuldade.
D) Não podemos nem devemos fechar as portas do conhecimento com a chave da ignorância, desde o nascimento à morte física, estaremos sempre a aumentar os nossos conhecimentos e quando nos consideramos senhores ou donos da verdade absoluta, estamos a fechar portas, a limitar o enriquecimento da nossa verdade e, porque não, a ser ignorantes.
Mesmo os que não se analisam, não investigam, não sabem e não admitem a sua ignorância, são para nós motivo de reflexão. Mas, perante estes, devemos ser firmes na defesa da nossa verdade. Porque a sua recusa em saber ouvir, assenta na maioria das vezes num orgulho desconexo que dá origem a uma argumentação esfarrapada sem consistência, que visa tapar ignorância e insegurança.
Valores
Os valores determinam, influenciam de forma directa o nosso relacionamento humano :
A) Os nossos valores, estabelecem e estão em sintonia com o campo vibratório quadrimensional a que cada um de nós pertence na 4ª dimensão. Quanto mais elevados forem os nossos conhecimentos e valores, mais elevado é o campo vibratório, que liga une, através de vibrações espíritos encarnados, que movimentam um corpo físico e espíritos desencarnados, formando no todo um conjunto de espíritos afins. Os valores determinam a qualidade dos pensamentos, que formam a nossa volta um circulo energético (aura), quando a nossa aura toca a de outra pessoa, produz vibrações que aproximam ou afastam, geram a empatia ou antipatia.
B) A nossa aura é constituída por cores, a leitura das cores, define o nosso grau evolutivo , pode ser fotografada.
C) O conjunto de auras de um agregado familiar, forma a aura da família , atraindo ou repelindo o bem ou o mal.
D) A regra da alínea ( C ), aplica-se ao homem a família, à cidade ao País e a humanidade, originando os avanços e recuos da mesma.

Antes de reiniciarmos as nossas viagens, vamos fazer mais uma chamada de atenção sobre os seguintes pontos;
A) Nos últimos trinta anos, os avanços científicos foram superiores aos dos trezentos anos que os antecederam.
B) Quem estiver atento, percebe que nas décadas que se avizinham os avanços serão ainda mais céleres .
C) As barreiras que limitavam o homem pensante, estão ser gradualmente derrubadas. Começamos a ver Filosofia e Ciência de mãos dadas.
Hoje percebemos uma humanidade muito mais atenta, comunicativa, e interessada no desvendar dos fenómenos ou mistérios, que eram do foro de alguns.
Os dogmas da fé cega e irracional tem os dias contados.
As ovelhas começam a pensar, a ter o seu querer próprio, e a serem mais difíceis de tanger.

Estamos, no inicio de uma nova era, em que o (ser racional e pensante ), esta a vir ao decima, banido que foi o medo de pensar. Agora é necessária que vença-mos a inércia . E comecemos por estar atentos aos pequenos nadas, que fazem aponte entre a 3ª e 4ª dimensão, encontros casuais, conversas e informação, relacionadas com estes temas, que começam a ser muito frequentes, e influenciam cada vez mais a consciência colectiva da humanidade, para que esta consciência aumente, pratica esta frase que li já não sei aonde, ( se queres que alguém saiba alguma coisa tens que lha contar ). Não guardes teus conhecimentos na gaveta, usa-os, pratica, transporta-os para o teu dia a dia. Depois destas chamadas de atenção, voltemos a mais uma etapa das nossas viagens.
Desvios do pensamento correcto:
Analisando os pontos em que a humanidade se desviou dos caminhos e pensamentos correctos. É um tema demasiado vasto, que só por si daria grandes volumes , se a síntese que vamos fazer não for suficientemente elucidativa deixaremos a indicação das fontes , para se assim o entender poder fazer um aprofundamento maior. Vamos começar por pontos que pretendemos se situem no universo do pensamento correcto e consequentemente na via que julgamos ser o caminho certo no desenvolvimento do homem e da humanidade. Para dessa forma , ao longo das nossas viagens , racionalmente , construir-mos as nossas verdades .

ANALISEMOS:
1 – VERDADE E DOGMATISMO
2 - IGUALDADE
3 - PROGRESSO
4 - RACIONALISMO
5 - DEMOCRACIA
A Verdade e o Dogmatismo :
Quando Pilatos perguntou a JESUS: ‘’ O que é a verdade ?’’ JESUS não respondeu, mas o seu silencio nesta e noutras circunstancias não impediu, que aqueles que actualmente se proclamam seus discípulos, actuem, obrem, como se D’ELE tivessem recebido a verdade, universal, absoluta .
(As parábolas de incomparável sabedoria e beleza, esconderam-na porque não era tempo para a verdade) .
Com tal entendimento, ou método, o dogmatismo desenvolveu-se, nas igrejas, nas ciências, e por todos os lados. Uma aparência de verdade, obscuramente percebida nas regiões do abstracto, como a que se deduz das observações e experiências no campo da matéria, foi imposta sob a forma de revelação DIVINA e de dados científicos, a uma multidão demasiado ocupada para pensar por si própria.

A razão diz-nos que não é possível, neste mundo finito, condicionado, em que nos encontramos, determos, conhecermos a verdade absoluta, mas sim verdades relativas, em que nos devemos apoiar o melhor possível .
Em todos os tempos houveram, homens, pensadores , iniciados , que atingiram a verdade absoluta, mas não a podiam ensinar na sua totalidade .
O homem comum , tem que por si mesmo, e em si mesmo, encontrar a verdade. Duas almas não são iguais e por isso a verdade suprema. deve ser recebida por elas de acordo com a sua capacidade e não por intermédio de outra. O maior dos iniciados não pode revelar a Verdade Universal, mas sim o que dela é possível assimilar .
A Verdade Absoluta é o símbolo da eternidade , e como nenhum pensamento finito compreende o eterno, nenhuma verdade perfeita pode desenvolver-se num pensamento finito.
Para nos aproximarmos das grandes verdades, a primeira coisa é amarmos a verdade circunscrita aos nossos meios. É saber calar os mecanismos da ilusão. Que Patrick Ravignant, no seu pequeno livro, Sabedoria Da Índia, ilustra da seguinte forma; um caminhante ao atravessar uma floresta, vê uma enorme serpente, que lhe bloqueava o caminho. Recuar estava fora de questão, devido a grande distancia que teria de percorrer, ladear a serpente também não era tarefa fácil e podia ser perigoso. Restava-lhe esperar que a serpente saísse do local onde se encontrava e lhe deixasse o caminho livre, sentou-se num ponto de onde via a serpente e resolveu esperar. Depois de longas horas de espera, angustiado, pela necessidade de chegar a casa, venceu o medo, ganhou coragem, e aproximou-se da serpente que continuava imóvel no mesmo sitio onde a vira pela primeira vez, mais uma longa espera, ganhou novamente coragem e aproximou-se mais uns metros, e esses metros foram suficientes, para ver que a grande e perigosa serpente, que tanto temera, lhe povoou a mente de medos durante horas a fio, não passava de uma grande, mas inofensiva corda. Não deixemos que os nossos medos gerem monstros que nos impeçam de caminhar. Monstros que desviaram a humanidade do bom e do belo, mergulhando-a no ilusório, no efémero. Comecemos por amar e defender pequenas verdades, para de forma gradual atingirmos verdades maiores.
1º ''IGUALDADE '': deriva do latim ''Aequalitas'', significa a conformidade de uma coisa com a outra em quantidade e, por extensão em qualidade ou aparência. Daqui se deduz que a igualdade é uma propriedade adquirida pela comparação de uma coisa com outra e não uma propriedade da coisa em si.
Não há, nem ser nem coisa que possa ser igual sem a ajuda de outra; não se trata de uma qualidade natural, mas antes proveniente das circunstâncias. A igualdade como todas as propriedades adquiridas é dependente. Uma coisa ou objecto qualquer no espaço , sem relação com outro , não é pequeno , nem igual nem grande, já que a igualdade é uma qualidade relativa que se pode adjudicar ao Ser mas, que não tem ser em si.
Em aritmética dizemos que dois é igual a dois, isto é certo na abstracção. Mas, no mundo manifestado, no aqui e agora, quando as coisas possuem mais do que uma qualidade, duas laranjas não são iguais , a dois relógios . E nem sequer é forçoso que as duas laranjas sejam iguais entre si em peso , tamanho, cor, etc. .
Neste mundo em que vivemos , não existem duas coisas iguais; quando muito , podem ser semelhantes , terem algumas características iguais e outras desiguais que as diferenciam . Mas, a soma de igualdades e desigualdades, sendo as ultimas variáveis, dão um resultado desigual, diferente.
Se estivermos atentos verificamos que não há duas folhas de arvores iguais nem dois rostos humanos iguais , nem nenhuma coisa que o seja em relação a outra . Uma coisa pode ser igual a si mesma num instante pontual, sem dimensões , o que a torna idêntica a si mesma , mas, nunca em relação a outra.
O conceito de igualdade nasce artificialmente das limitações da observação humana. A estrela Sírio parece igual à estrela de Aldebarão. No entanto hoje sabemos que a estrela Sírio não existe como unidade , são duas estrelas que vistas a olho nu devido a distância nos parece uma só .
Ao observar-mos uma multidão de homens e mulheres, vistos à distância , parecem-nos todos iguais , mas, bastará uma aproximação para que se humanizem em infinitas diferenças , físicas e psicológicas .Foi a distância e a confusão dos detalhes que os massificaram face à nossa observação fazendo-nos crer que eram todos iguais . Quanto mais intimo for o nosso contacto com eles mais matizes diferenciadores descobrimos , apesar da semelhança que os identifica como pertencentes ao Reino Humano , ou à '' espécie '' humana como diriam os materialistas .
O conceito comunizante de que todos os humanos são iguais é uma falácia de extrema fragilidade , até uma criança a pode desfazer . Bastaria perguntar-lhe se o pai , a mãe e irmã , são iguais a ela . Em resposta natural afirmaria que não, se lhe perguntarmos porquê ,pode assinalar-nos mil detalhes , desde os anatómicos até aos mais subtis , que os fazem maravilhosamente diferentes , circunstância que permite reconhecê-los e aprecia-los
A igualdade é tão antinatural que bastaria imaginar algo formoso: uma borboleta, uma mulher, um homem , um quadro ou uma estátua ; são belos na sua singularidade ?... porém , se nos víssemos rodeados por milhões de borboletas, flores , mulheres e homens , quadros ou estátuas que fossem todos iguais , cairíamos na confusão psicológica mais aberrante , no tédio e na loucura . A nossa circunstância careceria de profundidade e de sentido . E no meio diabólica multidão sentir-nos-íamos sós . Pois , por um efeito de multiplicidade não multiforme , a quantidade confundir-nos-ia num caos asséptico e repugnante face ao nosso Ser mais intimo .
Poder-se-ia argumentar que, embora as coisas não possam ser iguais , podem ser equivalentes . Mas, isso também é falso . Porque é filosoficamente impossível que duas coisas diferentes tenham uma soma de atributos iguais . E da simples observação nasce em nós o repúdio desse absurdo , pois cada coisa ou indivíduo , por ser o que é, não se pode identificar com outro nem ter os seus próprios atributos . Só o materialismo aberrante que dá um preço a tudo ,pode tratar de adjudicar valores iguais a coisas diferentes , e assim um pacóvio qualquer dirá , que uma anciã é igual a sua mãe , uma mulher qualquer igual a sua irmã ,que qualquer cão é o mesmo que o seu cão. Carente de sensibilidade , sem ''paladar'' espiritual, psíquico nem físico , tudo lhe serve e é como o cego para o qual não há diferenças entre as coisas e, se abandonasse a si mesmo , tanto levaria à boca um bom alimento como um mau alimento.
Face à inventada igualdade , a escala de valores que é a que com degraus naturais nos permite ascender e ter a liberdade de descer, perde-se .Não há nada mais contrário à liberdade do que a igualdade. É livre a roda que gira sobre o plano de um caminho ou as plásticas águas sobre o rígido leito de um arroio; mas, se a roda e o caminho, a água e a pedra fossem iguais , nem andaria o carro nem correria a água . E tudo o que se detém é apanhado pelo tempo e apodrece.
Por tudo isto já os Pré-socráticos afirmavam o principio de identidade, que faz com que uma coisa possa ser apenas igual a si mesma .
A nível social , a compreensão destas verdades , permite a sobrevivência do indivíduo , com as suas virtudes e defeitos , com as suas características , mais além da vara do juiz que diz o que é bom e o que é mau . Pois boa é a água para o sedento , mas, má para quem nela se esta a afogar . E assim todas as coisas. Os valores provêm das circunstâncias e o valor em si é unicamente a própria identidade .
As hipóteses materialistas que se exprimem politicamente através do marxismo e do capitalismo , pretendem igualar os diferentes e , o que é pior, à altura do mais baixo. Como a revolução Francesa não podia assassinar o Rei , fê-lo na pessoa do cidadão Capeto. A revolução Russa não se atrevia a matar a família Real Czarista, executou todos os Romanov, sem excluir velhos e crianças .
Na própria raiz do igualar está em potência o genocídio, pois este é mais fácil quando reduzimos o diferente à pasta amorfa do igual. Nos campos de concentração da última época Nazi matavam-se ''Judeus'' e nos finais da 2ª Guerra Mundial, as bombas atómicas das democracias calcinaram ''Japoneses''.
É ao igualar, ao amontoar, ao codificar os seres humanos que estes se tornam mais vulneráveis a serem injustamente destruídos .
Um dos mitos mais terríveis do século que termina, em que se está a viver os seus últimos lustros num ambiente de miséria, opressão e terror, é o da igualdade .
O facto de sermos diferentes uns dos outros não significa que ''valemos menos ou mais ''... Esse é um valor acrescentado. Cada um vale o que vale em relação a cada coisa que seja ou faça ?...Um excelente nadador pode ser um homem lento a caminhar em terra e andar aos tropeções.
Todos somos maravilhosamente diferentes. Como não temos preço, não somos equivalentes. Somos seres humanos com toda a grandiosidade que isso significa. Não somos iguais a ninguém. Somos distintos e irrepetíveis e mesmo aceitando a teoria da reencarnação, jamais voltaremos a ser exactamente os mesmos, pois embora o espirito seja o mesmo, não o são os seus veículos.
O leitor destas linhas já não é igual ao que começou a lê-las . Como dizia Heraclito..., ninguém se banha duas vezes nas mesmas águas, no mesmo rio...! A igualdade não existe.

2º PROGRESSO: deriva do latim ''progrêssus'', que significa a acção de ir para a frente. É uma ilusão dos sentidos, ébrios de esperança, supor que todo o avanço é sinónimo de melhoramento e de felicidade.
A progressão aritmética de 1, 2, 3, 4, etc. não assinala que dois sejam melhor que um. Se humanizarmos o processo torna-se evidente que tudo dependerá da qualidade e não do numero, pois só o néscio preferirá que lhe dêem duas pauladas e não uma. E também seria néscio aquele que podendo receber dois benefícios só quer um, se a natureza dos dois fosse semelhante .
Se observar-mos filosoficamente a Natureza, concluímos racionalmente que o progresso deve ser inteligente, harmónico, global, ecológico, se pretender-mos que seja positivo. A paragem e até mesmo o recuo, quando é ditado pela sabedoria, proporciona-nos mais perfeição do que avançar as cegas. A vida é um labirinto, onde vale mais a precaução que a paixão. Os milenares mitos de Teseu e o Fio de Ariadne ainda são válidos.
A história psicológica conhecida do passado humano, mostra-nos uma luta, mais ou menos exposta, de duas tendências funestas: uma que teme tudo o que é novo e faz germinar o imobilismo tipo pseudo- religioso ou supersticioso: a outra, a marcha que os filósofos do existencialismo denominaram de ''fuga para a frente''.
Ambas são expressões de ignorância, origem do medo e de todas as desgraças do homem.
A insegurança faz caminhar o homem, mas também o faz deter-se. Destas duas opções, vamos analisar a psicológica da Idade Média na chamada '' Bacia do Mediterrâneo'', berço da Civilização Ocidental.
Derrubado o mundo clássico encarnado pelo Império Romano, os seus destruidores ou cúmplices elaboraram um complexo de culpa, que os fez viver pressentindo um fim do mundo, um juízo final que consideravam eminente. Por paradoxal que pareça e seja, este terror, ainda hoje interiorizado por muitas seitas, põe em conflito a energia com a matéria (nos capítulos seguintes iremos voltar ao tema da energia ).
A Idade Média apresenta-nos o pavoroso espectáculo das mais altas espiritualidades conjugadas com os materialismos que se dizem metafísicos na crença da ressurreição da carne.
O renascimento exprime na sua própria denominação todo um fenómeno de reconversão, material, psicológico, mental e espiritual.
Mas, o progresso já não é harmónico como no mundo clássico. .Nasce o mito do progresso permanente. E as justas proporções são deixadas para trás na busca insaciável de uma felicidade extrapolada de todo o enquadramento cronológico e natural.
O indivíduo é empurrado pela circunstância a converter-se em multidão. Prevalece o número sobre a qualidade e a rapidez da marcha sobre a orientação da mesma .
As máquinas e as novas fontes de energia extra - humanas substituem primeiro as mãos do artesão, braços e pernas, e depois todo o seu corpo indo até à materialização do metafísico.
Os cantos da sereia do conforto, da comodidade, estabilidade, criam a ilusão do progresso. E quando este não nasce do trabalho, força-se a natureza e nasce a barbárie do despojo. Mas, já não é o despojo controlado e necessário da velha horda, é mais refinado, subtil e perigoso da exploração dos recursos naturais e humanos sem prever o preço a pagar por essa exploração. O homem torna-se arrogante, prepotente e gradualmente vai-se afastando da realidade, do justo, do bom e do belo.
Assim desembocamos no século XX I. Como domados monstros pré - históricos de incomensurável força, as máquinas fazem com que o homem se eleve nos ares, destrua com uma mão o que mil não fizeram, renegue o seu passado e se lance no futuro com um salto simultaneamente glorioso e traumático.
O homem converte-se num super - homem hiperdimensionado. Todos os moldes se rompem sem ter outros que os substituam eficazmente. O progresso desorganizado e interminável nasceu.
A multidão lança os seus tentáculos para a frente e em nome da liberdade escraviza-se cada vez mais. Para que dois homens chegassem à lua, desviaram-se milhões ao desenvolvimento, à miséria, à infelicidade. E mesmo os que chegaram à lua tão-pouco são felizes: o homem confundiu a potencialização dos seus meios com a potencialização de si mesmo .
Olha depreciativamente para trás e diz ; '' há dois mil anos um homem não percorria numa hora mais de 30 km e eu percorro 30.000 . Mas não percebe que o (áuriga) de uma biga romana não era inferior ao actual astronauta, inferior era o veículo e não o homem.
Face aos genocídios, holocaustos, exploração e contaminação suicida , não podemos afirmar que o homem actual seja superior ao de dois mil anos atrás . Parece o mesmo , porem mais desconsertado e espiritualmente mais pobre ao depender cada vez mais da matéria que crê governar, mas que pelo contrário o esta a esmagar .
Progrediu-se no formal , no ilusório , mas não se impediu que no limiar do século vinte e um , existam mais de 2.000 milhões de seres humanos vivendo na mais extrema miséria física e moral . De acordo com o que podemos extrair da história , nunca houve tantos pobres , tantos famintos, tantos carentes de pão , trabalho e liberdade e são cada vez em maior numero . Os que gozam de grandes benefícios são cada vez menos , e os que tem paz nas suas almas quase se extinguiram.
Hoje enfrentamos a terrível realidade de um mundo encharcado em sangue e lodo.
A célula fundamental da sociedade, a família, desfaz-se. As nações convertem-se em meros territórios . Os templos enchem-se de ateus, a idolatria do progresso indefinido não admite competências. Quem reflecte e filosofa é acusado de abominações . Urge deter a fuga para a frente, antes que os mecanismos de segurança da natureza varram de um só golpe a presente civilização . Velhos livros dizem-nos que isso já aconteceu com outras civilizações que se equivocaram , cujos erráticos filhos mutados em hominídios deram inicio a outro doloroso ciclo de ''idades da pedra'', que poderiam ter sido evitadas , pois o Grande Mistério a que chamamos Deus pôs nas nossas almas a chispa do discernimento que hoje , quase destruído , jaz debaixo das patas da Grande Besta , criação diabólica que se materializou no século XX .
Ainda estás a tempo de parar, basta que uma voz interior te diga que entendeste o que acabas de ler e poderás gritar ao horizonte da história : sou um homem , Deus existe!
3º RACIONALISMO : a razão do latim ''ratio'', é a faculdade de discorrer. E o raciocínio define-se como um acto do entendimento pelo qual se chega a verdades novas a partir de, pelo menos duas verdades, conhecidas .É a proposição onde as causas se encadeiam com os efeitos, os quais por sua vez são causas de outros efeitos posteriores .
Este mecanismo mental , que se aparenta ao silogismo grego tem, no entanto, raízes mais profundas, e tanto na China como na Índia existiram escolas de lógica , pelo menos desde os finais do 2º milénio a.C. As ultimas investigações demonstram que sem a aplicação de princípios lógicos na teoria das projecções, seria impossível a resolução ergonómica em construções tão exactas como as Pirâmides, que datam, no mínimo, do 4º milénio a C.
O racionalismo nasceu da pretensão de que só a razão pode interpretar a realidade.
O homem tem tantos acessos à realidade como planos na sua complexa constituição, ( destes planos e constituição , iremos falar noutros capítulos mais a frente ), dar prioridade a um dos mesmos é, por outro de lado diminuir a capacidade de intuição e da experiência. É um afastamento antropocêntrico da natureza física e metafísica. Procurando a realidade, o homem afasta-se do ecossistema do universo, caminha inexoravelmente para a solidão e para o sofisma de identificar o pensamento com a existência .
O racionalismo exagerado começou com Aristóteles na corporização das ideias e rebentou com Descartes , que se apoiou na duvida e circunscreveu a racionalidade do mundo a leis de sucessão mecânica , excluindo toda a finalidade universal , negando princípios Platónicos . Malebranche , Spinoza , Leibniz , Wolff , Hobbes , Berkeley e Hume matizam de formas diferentes estes assertos. Kant faz reaparecer o metafísico, embora sobre aspectos gnoseológicas que criticam a razão pura e a razão suficiente. Hegel fez entrar o irracional como forma de racionalidade da realidade .
As linhas mestras do pensamento humano diluem-se .
A complexa e cândida atitude de Tomás de Aquino , que torna a razão serva da religião por ele defendida , numa intuição de elementos que poderiam estar mais além da compreensão humana , afunda-se velozmente .
O homem desintegra o homem.
Esta síntese, tem por finalidade deixarmos no ar a seguinte pergunta?.. O que é que se passou para que o materialismo mecanicista toma-se de assalto a consciência do homem ocidental, levando-o de um ecossistema de um mundo clássico balanceado, a outro acossado por angustias , incredulidades , vaidades e utopias, que reflectindo-se nos povos, os precipitam no ateísmo e no materialismo mais digno de Bestas que de humanos? Como é que , em nome da razão e do razoável, se caiu na loucura de um instinto desformado por subtilezas que a degeneraram.
É um tema demasiado profundo para uma síntese como esta. Mas podemos dizer , sinteticamente, que a queda do mundo clássico foi muito mais importante do que supõem os historiadores .
É aterrorizante, verificar que no século V, se destruíram edifícios de sabedoria, para em cima deles se construírem outros sem alicerces, sem bases .
São sementes da loucura .
E essa loucura ramificou-se, destruindo beleza e sabedoria, que teria tido perda total se os Árabes não tivessem vivido em zonas marginais ao antigo império romano, guardando alguns elementos , assim como o fizeram ordens cristãs de cavalaria, que viviam isoladas em mosteiros.
Proíbe-se sob a pena de morte o estudo dos astros , da anatomia humana, da circulação do sangue e da óptica. Confrarias de loucos enraivecidos, desde os ''fraticelli '' até aos ''iconoclastas '' percorrem a Europa .
O Renascimento vê-se manchado pelas lutas sectárias da Reforma e da Contra – Reforma. A imprensa é considerada oficialmente diabólica; Galileu teve que negar a rotação da terra para salvar a vida, Giordano Bruno, depois de anos de torturas foi queimado vivo numa praça de venda de flores em Roma. A anti-razão, o dogmatismo na sua pior acepção, o abuso da força, impõem-se nos factos , mas não nos corações .Nem nas cabeças. Muitos continuam a pensar ?...e esperam por uma lei física, como o peso de um pêndulo suspenso sobre uma lateral, que ao ser solto ultrapassará velozmente o ponto médio da verticalidade e subirá a lateral contraria a uma velocidade semelhante à da sua descida.
É necessário que a consciência da humanidade se vá revitalizando, readquirindo a sua essência, para que a lei física do pêndulo inverta a actual posição .
A concepção mágica do mundo falhou no seu aspecto político .
O mundo vê com horror os paraísos materialistas transformados em cancros .
Explorou-se a Natureza sem se pensar ou reconhecer uma sabedoria ecológica, reflexo do logos quase esquecido de Platão.
Como no caso do transatlântico ''Titanic'', algo falhou e perante a adversidade, o mundo nascido da ciência e modernidade afunda-se. Voltam de novo os piratas, os mercados de escravos, os campos de trabalhos forçados, os grupos de guerrilheiros, fazem-se corridas de paralíticos. Há bonzos Budistas e padres católicos ateus e comunistas. Há anarquistas que rezam todas as manhas .
Um diabólico carnaval .
Há um primeiro mundo, o capitalista, onde todos trabalham e o '' capital ''está feito em papel aceite como riqueza. Um segundo mundo, o social – comunista, em desintegração completa. Um terceiro mundo, o dos não alinhados de nome , porque todos estão alinhados e só tem em comum a pobreza e incompetência histórica. Um quarto mundo que baseado na fragilidade dos outros três, esta escalando posições agrupando elementos étnicos desprovidos do que chamaríamos consciência social , mas muito ricos em crenças, ódios e numa forma de espiritualidade, mais baseada na higiene e moral de superfície do que em procuras metafísicas .
Manifesta-se nos olhos da juventude de todo o globo , um novo mundo mágico, irracional e animista. Tal como há 200 anos a metafísica se converteu em física, a psicologia converte-se em parapsicologia. Vêem-se com cepticismo os aparelhos que sulcam as altas camadas da atmosfera e queimam os escudos de ozono que nos protegem dos raios cósmicos . As pessoas com possibilidades fogem das grandes cidades para recriarem o modelo da velha casa simples , aquecida com lenha e rodeada de campos onde as crianças possam brincar. Os ''Safaris '' em África são fotográficos porque a redução da densidade da fauna bravia é controlada , dentro dos meios de que dispõem os governos africanos .
É inegável o retorno a volta, a potenciação dos germes que a razão não pode tratar nem solucionar. Espiritualidade e emocionalidade já não são desprezadas, são vistas como profundamentos humanos. Nasce um novo humanismo, mas, à diferença do anterior, não é etnocêntrico, já tem uma tendência para o universal, para o cósmico.
Face ao que chamamos '' Mito do Neo - Racionalismo '', face aos seus fracassos e frustrações, emerge uma nova esperança ainda de aparência confusa. É o regresso há harmonia da natureza, ao conhecimento do verdadeiro, ao trabalho individual e colectivo mas não massificante, que conduz a liberdade em convivência com todos os Seres visíveis e invisíveis. É o desmantelar por morte natural deste velho mundo repleto de intermediários, de partidos, de seitas fanáticas, de cruéis revolucionários.

4- DEMOCRACIA: deriva do grego, governo do povo , para os que se agarram a esta definição , aí começa o mito . Para os gregos clássicos de há vinte séculos, a palavra '' Demos ''não se referia a todos os homens de uma Cidade – Estado mas, sim aqueles cidadãos e camponeses livres e registados nos censos. não eram a maioria nem lhes importava sê-lo, o peso da quantidade cedia ao da qualidade, certa ou aceite que na prática é o mesmo . Assim, os grupos humanos que seguiam os caminhos democráticos eram de poucos milhares de pessoas, conheciam-se quase todos entre si e muitos estavam ligados por laços de sangue ou amizade. A propaganda no sentido actual da palavra, não existia, pela obvia razão de que não era necessário fazer a apresentação de nada , existiam as lógicas rivalidades entre clãs com a exaltação moderada dos méritos dos seus favoritos, em oposição aos que a eles se opunham .
Governar para muitos era considerado um castigo. Dos vários episódios conhecidos vamos referir um . Dmóstenes, conta-nos que um cidadão que o odiava votou nele, pois pensava que não lhe podia fazer maior mal que obriga-lo a governar.
Platão, apresenta-nos a democracia como uma das piores forma de governo, classificando os governos da seguinte forma:
A) Monarquia do tipo aristocrático, é composta por um líder natural, um homem destino, assessorado por um conselho de sábios e ainda pela Pítia que interpretava a vontade dos Deuses .Não se concebia uma sucessão no sentido sanguíneo, mas sim discipular, de mestre e discípulo
B) A Aristocracia, o governo dos melhores, os mais aptos, destacados do labor publico assessorados por um senado ou conjunto de ''anciãos '' (sábios homens com experiência );
C) A Timocracia, governo baseado em códigos de honra, compromissos e juramentos. Segundo o que nos descreve Platão, um modelo parecido com os dos «chartryas» da Índia ou os primitivos Samurais do Japão . (disciplina militar);
D) A Oligarquia , governo de comerciantes , equivalentes aos dos actuais empresários . Prioridade da organização económica e social.
E) Democracia, governo do povo, formado por representantes populares, sistema não estável baseado na competição e jogos de contradições, lutas entre grupos de diferentes concepções de estado .
F) A Tirania, governo de um chefe imposto pela força .
G) A Anarquia onde ninguém governa e cada um vive como pode e sabe .
Ao longo da história estas formas de governo , rodaram sempre antecedidas de revoluções violentas. Os homens desconsertados, mudavam o ciclo sempre na procura do líder natural .
Como na introdução foi dito , Platão , considera a democracia a pior forma de governo. Angél Livraga no mito da democracia classifica-a com os seguintes argumentos :
A) A Democracia não é a forma mais elaborada e perfeita de governo , mas sim a mais primitiva e grosseira. Entre os animais quando vão em manadas as maiorias impõem-se às minorias. Só mais tarde surgirá o chefe. o mais experiente e forte, encarnação natural do espirito de grupo, aceite e seguido pelos demais, até a sua renovação pelo desgaste .
B) No limiar do século XXI, aceita-se em política, o que não se aceita noutras disciplinas de menor importância colectiva. Se estamos, numa reunião e alguém cai no chão vitima de enfarte, chama-se o médico ou promove-se uma reunião para ver quem tem mais votos, adquirindo pela via do voto a autoridade para tratar o doente. Se apanhar-mos um avião, aceitamos o piloto como competente ou fazemos uma eleição para ver quem irá pilotar .
As repostas são tantas e tão óbvias que se tornam desnecessárias . (Platão recorda-nos que a política é uma ciência e não uma improvisação baseada em opiniões)
Há quem responda a estes argumentos ou pretenda responder dizendo que a política diz respeito a todos. Mas, será que a saúde , a meteorologia ou qualquer outra especialidade do conhecimento e a sua prática não nos afecta ? Como podemos ser prudentes em relação a estas questões e loucos em relação às que como a política nos influenciam a todos ?
Não seria mais lógico que, assim como existem escolas superiores para todos os tecidos sociais, que formam profissionais aptos, as houvessem também para políticos, onde o mais destacado e capaz recebesse a autoridade legal para exercer a profissão ? Por que se há-de improvisar precisamente em política ?
Estamos, todos alienados com a ideia de que, pelo simples facto de uma pessoa Ter mais votos a favor do que contra receberá a ''iluminação'' e saberá conduzir-nos, quando na realidade talvez nem sequer saiba conduzir-se a si próprio .
Perdeu-se toda a dignidade humana. As gigantescas máquinas de propaganda, espantosos látegos omnipresentes e todo poderosos, fustigam diariamente milhões de pessoas, repelem os povos. Deformam as mentes do homem com deturpações educacionais que as enchem de ódios e palavras ocas.
O cinema, televisão, imprensa, são as tiras desse látego fenomenal, mostrando ao povo só o que lhes convém...Os governos passam, mas a ignorância a fome o frio , o não saber para que se vive , ficam...Se alguém dá pelo erro é excluído como se tivesse peste .
Dizem-nos que a democracia é cristã...Será que foi o povo da Galileia que elegeu Cristo através da força do voto ? Votaram os Árabes para eleger Maomé, os Budistas para eleger Gautama. Terá Einstein sido cientista por eleição popular...Becquer poeta, Beethoven músico .
A democracia não cabe dentro da civilização. É uma espécie de papão para obrigar as crianças a obedecerem, quando as mandam dormir ou calar .
No mundo actual poderíamos fazer um enorme rol de promessas que a democracia fez e não cumpriu. Em contrapartida é o sistema político mais caro do mundo, como provam as estatísticas. Para manter a imensa burocracia administrativa que se ocupa em substituir a qualidade pelo numero, gasta-se o dinheiro que é pago em impostos sempre crescentes, pelos homens e mulheres de uma nação .
Quantas escolas, hospitais, bibliotecas, serviços públicos se poderiam construir com uma eleição presidencial ou administrativa de um país de tamanho médio.
Quão longe estão os teóricos do século XVIII ! Descartes relacionava a democracia com o pensamento puro...Montesquieu, com a filosofia ...Voltaire, com o exame livre. Hoje se por artes de magia puséssemos estes respeitáveis pensadores na noite de uma das nossas democráticas cidades, nem os sapatos escapariam ao roubo antes que pudessem abrir a boca, e se fosse numa sessão de representantes do povo, falariam para um grupo de tranquilos sonolentos e na pior das hipóteses esperá-los ia á saída um automóvel armadilhado com uma bomba.
Resta-nos esperar um retorno rápido à essência das coisas, à universalidade ao cósmico e surja como nos refere Platão, uma nova e melhor forma de política, a Grande Ciência e com ela uma inversão dos valores negativos que a humanidade ao longo de séculos amealhou .
Que bom seria, se todos os seres humanos entendessem que é impossível perfurar a obscuridade dos nossos tempos suas mentiras e mitos, com o bastão da violência .
A síntese feita tem por base , os mitos do século XX e Ideal Político , de Jorge Angél livrága que por sua vez os baseia na Republica de Platão. A leitura destes dois livros e vários outros deste grande filósofo do fim do século, são de extrema importância na renovação da mente humana .

NÃO A CAVERNA DE PLATÃO

Quando era pequenino
Comecei a caminhar
Viajando pelo cosmos
Num constante reencarnar,
envolvi a minha mente
em nuvens densas de cegar,
habituei-me as densas nuvens
não me queria libertar,
como os habitantes da Caverna
de que Platão nos veio falar.
Hoje olho a minha volta
com ansiedade no olhar
de ver a luz de novos Mundos,
em que quero viajar.
Ainda sou pequenino,
tenho muito que andar,
mas a Caverna de Platão
jamais quero voltar.
Maputo 18-09-97

Para os que não conhecem o Mito da Caverna de Platão, duas breves sínteses:
Platão, diz-nos que um grupo elevado de pessoas vivia numa grande caverna onde não entrava a luz solar, quando alguém criou condições para que a luz entra-se, e os primeiros raios de luz penetraram na caverna, os seus habitantes fugiram amedrontados escondendo-se nos cantos aonde os raios de luz não chegavam, e levou muito tempo até que se habituassem à luz e resolvessem sair da caverna para usufruir a luz do sol .
Este mito ao longo de séculos tem servido de exemplo, para todos aqueles que resistem ao conhecimento , mesmo que este coísista com eles no seu dia a dia.
APULEIO, iniciado nos Mistérios de Isís, no século IV d.C. na sua obra " O Burro ou as Metamorfoses " ilustra de uma forma romanceada O Mito da Caverna, com um conto aonde a Psique é a personagem principal.
( Psique era a mais jovem e mais bela das três filhas de um Rei. Todos os súbditos acorriam à sua volta para a admirarem e prestarem-lhe culto, esquecendo-se das marcas de devoção que eram devidas a VÉNUS).
A Deusa do amor concebeu uma vingança de ciúmes , e chamou o seu filho para que a ajudasse, pedindo-lhe para inspirar em Psique o amor pelo mais feio e desprezível dos homens. Cupido esticou o seu arco e voou em direcção a jovem.
Mas, logo que a viu, apaixonou-se por ela e não executou as ordens da sua Divina mãe.
Enquanto que as duas irmãs de Psique esposavam ricos personagens, a bela jovem não se decidia por nenhum pretendente .Muito preocupado, o Rei, seu pai, consultou o oráculo de Apólo, que lhe mandou vestir a filha de negro e subir com ela ao , cimo de uma colina onde uma serpente horrenda viria unir-se a ela.
Desesperado o Rei, executou as ordens dos Deuses e abandonou a Psique , como lhe tinham ordenado no cimo da colina, levantou-se uma brisa suave e o sopro de Zéfiro transportou a jovem nos ares para a pousar sã e salva num macio e fragrante prado onde ela adormeceu.
No dia seguinte, mal abriu os olhos, viu que se encontrava no jardim encantado de um Palácio construído em ouro e prata incrustado de pedras preciosas. Ela aproximou-se inquieta e curiosa, da habitação desconhecida, uma voz convidou-a a entrar na rica mansão; empurrou a porta e viu-se em salas luxuosas, à sua espera estava um banho, uma ceia e um leito sumptuoso onde se deitou após o crepúsculo
Pouco depois, deu conta de uma presença a seu lado e pensou que fosse o marido de que tinha falado o oráculo . Este esposo apaixonado e terno pediu a Psique que não o olhasse.
Dias depois a jovem obteve autorização, para rever a família. As irmãs invejosas da felicidade que a jovem levava estampada no rosto, plantaram-lhe a duvida no coração, dizendo-lhe que nas trevas da noite era a um monstro que ela se unia.
Perturbada, Psique no dia do seu regresso, quando o marido dormia, iluminou-o com a sua lâmpada .Em vez do monstro viu Cupido, o mais belo e amável dos Deuses. Fascinada aproximou a lâmpada ainda mais perto e uma gota de azeite a ferver caiu no ombro do Divino Esposo. Este despertou em sobressalto, censurou Psique pela sua desconfiança e desapareceu.
Louca de dor, a infortunada errou a sua procura e, por fim desesperada dirigiu-se a Vénus .
A Deusa, muito feliz por se poder vingar, reteve Psique ao seu serviço como escrava e impôs-lhe trabalhos rudes e humilhantes. Mas nenhuma tarefa era impossível à jovem, tal era a coragem e perseverança que lhe dava o seu amor.
Com a ajuda das formigas , ela separou as espécies de grãos que Vénus tinha misturado. Trouxe a lã de ouro de ferozes carneiros graças à ajuda de uma águia; pode tirar a água da fonte do STYX, considerada inacessível; adulou CERBERO e chegou até ao trono de PROSERPINA no mais profundo dos infernos para trazer a VÉNUS um pouco da beleza da rainha das sombras.
No entanto a sua curiosidade iria perde-la uma segunda vez. abriu uma caixa que lhe havia sido entregue por PROSERPINA e mergulhou num sono profundo.
Durante esse tempo, fechado no Palácio de sua mãe, CUPIDO morria de amores pela bela PSIQUE, até que um dia ele conseguiu escapar por uma das janelas do Palácio e logo que encontrou a sua esposa adormecida, acordou-a com uma leve picada de suas flechas.
Face a um tão grande amor, VÉNUS não ficou insensível. Mercúrio arrebatou PSIQUE à terra e transportou-a para o Palácio dos Deuses onde ela bebeu o néctar e a ambrósia que lhe conferiram a imortalidade.
Assim para sempre ela pode ficar feliz ligada ao amor.
Onde esta a felicidade ?
Olhas o sol a lua as estrelas ,
Sonhas com mares , paquetes , caravelas,
Idealizas príncipes , princesas ,
Sumptuosamente vestidas belas ,
Olhas-te, e..., em teu redor ...,
Ficas triste amesquinhada,
Com opulências ..., que escondem ,
Angustia ansiedade dor .
Espelho..., dos espelhos... ,
Que não reflectem o interior .
Gosta de ti, tal como és,
Dimensiona tuas necessidades , teu querer ,
Refreia a ansiedade,
A algo que possas Ter .
Não te iludas com o exterior,
Mascaras..., que escondem.., Lutas, sofrimento,
Dor.
Rejeita os espelhos....,
Olha , cuida , o teu interior ,
Sem ansiedades ,
Com carinho e muito amor.
A felicidade esta aí ,
Bem ao teu alcance ,
No teu interior .
Planos e Corpos Invisíveis:
O sentido do conto é bem claro. Psique é o símbolo da alma humana purificada pelas paixões e infelicidades e preparada para gozar no amor, uma felicidade eterna.
A Psique é um corpo invisível que como vários outros, faz parte do homem no seu todo, para desvendarmos o mistério que é o homem, temos que conhecer todos os seu corpos e, reajusta-los, harmoniza-los com todos os outros, com a mãe natureza, Mãe Terra. Daí a considerar oportuno, dedicar algumas linhas aos corpos invisíveis tanto ou mais importantes que o corpo de matéria, que nos serve de veículo e ao mesmo tempo nos limita, no espaço e no tempo.
Nota: PSICOLOGIA vem do Grego PSYKHE ( alma) e Lógos ( inteligência, sabedoria, conhecimento ).
OS TRES MUNDOS:
O Homem leva uma vida física, afectiva e mental; ele pode agir:

Num plano físico pelo seu corpo
Num plano psíquico pela sua alma
Num plano espiritual pelo seu espirito

Isto corresponde à noção grega dos "três centros" do homem: NOUS, PSYKHE e SOMA.

As características destes planos são ?

NOUS= Mundo espiritual: domínio das ideias, da continuidade, do imperecível.
PSYKHE= Mundo Psíquico: domínio do mutável, permitindo a ligação entre o mundo espiritual e o mundo concreto.
SOMA= Mundo físico: plano material e concreto.

Entre estas breves notas sobre Psicologia e o tema Psicologia e Parapsicologia em que vamos entrar a seguir, há um mundo de conhecimentos, por desvendar, mas a intenção não é ministrar-lhe um curso, sobre este ou outros temas que iremos abordar ao longo destas páginas. Mas, como foi dito, pretendemos proporciona-lhe os conhecimentos básicos, suficientes, para interpretar os mundos que o rodeiam.
PSICOLOGIA E PARAPSICOLOGIA
Define-se a parapsicologia como a ciência que estuda os fenómenos que estão "à margem", mais além da psicologia comummente aceite.
Na obstante, este estudo, não tem nada de novo, salvo o interesse que voltou a monopolizar.
Em rigor, todas as antigas civilizações dão conta de uma maneira ou de outra, do desenvolvimento e prática dos poderes parapsicológicos. Não se tratava então, de uma mera investigação acerca de uns fenómenos difíceis de compreender, mas a aplicação das leis da Natureza, levadas a planos superiores mais amplos do que os que hoje se utilizam.
No momento actual, mesmo dispondo da moderna Parapsicologia, encontramos uma serie de obstáculos que dificultam a expansão desta ciência.
Há que referir a grande amplitude do campo da Parapsicologia, nele cabem todos os fenómenos extrasensoriais e, parte deles, tem base numa energia diferente da energia física.
A ignorância das potencialidades com que é dotado o homem e a Natureza.
A inexistência de uma interacção entre estes dois elementos, faz com que se desprezem grande parte dos fenómenos, assim como os antigos conhecimentos, a esse respeito. O avanço do materialismo reduz os sistemas de investigação, dando primazia ao físico sobre o metafísico, do psicológico sobre o parapsicólogo, do conhecido sobre o anteriormente conhecido ou ainda por conhecer.

É necessário conhecer e revitalizar velhos sistemas de sabedoria, para criar as bases positivas de uma ciência que assinala o crescimento progressivo da humanidade.
Antes de analisarmos as diferentes actividades do psiquismo, julgamos que é indispensável conhecer os planos "astral" e "mental", porque constituem o cenário no qual actua o "homem invisível ".

O homem tem uma constituição Septenária, cada um dos sete corpos do homem é, ao mesmo tempo, um veículo e uma limitação.

Aproximação ao plano astral:
Antes de mais, é necessário captar claramente o significado do termo "plano astral ".O mundo astral é aquela região determinada do universo que, não obstante interpenetrar e englobar o mundo físico, escapa aos nossos ordinários meios de observação visto que esta constituído por substancias de ordem diferente.
Tal como no plano físico em que encontramos a matéria em sete planos, também achamos sete estados de matéria astral. Todos os átomos físicos tem a sua envoltura astral, formando assim aquilo a que poderíamos chamar " matriz " da matéria física.
Esse mundo astral é tão real como o mundo físico, e até por ventura mais real, visto que tal como podemos ver em psicologia a percepção e a concepção da vida inteira do homem estão submetidas às suas experiências neste plano. De certo modo, o dito plano constitui na actualidade "o campo de evolução" da maioria da humanidade.
Os seus fenómenos correspondentes são tão acessíveis ao observador competente como os do plano físico. Assim como o cego é incapaz de ver os objectos físicos, ou assim como uma quantidade de coisas não se observam senão com a ajuda de aparelhos, de igual modo no plano astral o indivíduo " astralmente cego "não vê nada, e muitas são as coisas que escapam à visão astral ordinária.
É preciso que a nossa consciência se habitue a actuar no seu corpo astral e não somente no seu reflexo sobre o corpo físico. Tenhamos em conta que o corpo astral é o intermediário geral da actividade; sem ele, não existiria nenhum vinculo entre o mundo exterior e a inteligência do homem ( o seu eu humano) , nem sequer haveria nenhum vinculo entre as impressões recebidas pelos sentidos físicos e a sua percepção através do intelecto .
ESTRUTURA DO ASTRAL
O corpo astral é composto por sete estados de matéria astral; por conseguinte, pode englobar materiais mais ou menos subtis tomados de cada uma de ditas subdivisões ou de cada um desses estados. É fácil fazer-se uma ideia de um homem provido de um corpo astral bem desenvolvido; podemos representa-lo despojando-se de seu corpo astral e erguendo-se numa imagem mais subtil e mais luminosa desse corpo. para um vidente, um corpo astral caracteriza-se pela nitidez dos seus contornos, a luminosidade da sua substancia e perfeição da sua organização. Um corpo astral pouco desenvolvido apresenta, pelo contrário, um aspecto incoerente e os seus contornos são vagos. Não constituem mais do que uma nuvem cambiante e amorfa, evidentemente imprópria para servir como veiculo independente. É um simples fragmento de substancia astral, uma massa protoplasmática .
O corpo astral de cada um, esta de acordo com os valores adquiridos, estes valores interferem na nossa maneira de pensar e, esta por sua vez, define o campo vibratório a que cada um pertence .Devido a isso o corpo astral esta cheio de formas que mudam constantemente : vemos nele as "formas mentais ", quer dizer, formas compostas de essência astral e animadas pelos pensamentos, vindos do exterior ou do interior através da mente.
O corpo astral é o veiculo da consciência " Kamásica " ou de desejos: é o centro dos sentidos onde todas as sensações têm origem.
APROXIMAÇÃO AO PLANO MENTAL
O PLANO MENTAL ESTÁ DIVIDIDO EM, PLANO SUPERIOR E INFERIOR. SE O HOMEM ATINGIU UM ESTÁDIO DE EVOLUÇÃO SUPERIOR, O SEU PLANO MENTAL É SUPERIOR, MAS, DIVIDIDO EM VARIOS SUB-PLANOS, DE ACORDO COM A SUA ESCALA EVOLUTIVA, SE O SEU PLANO MENTAL É INFERIOR ESTA DA MESMA FORMA DIVIDIDO EM VARIOS SUB-PLANOS.

A missão do corpo mental é dupla: por um lado, constitui o veiculo próprio da nossa consciência, por outro ,actua sobre o nosso corpo astral e através deste, sobre os nossos envoltórios físico e prânico, com o fim de produzir o que chamamos manifestações de inteligência no estado de vigília.
No homem normal, o corpo mental ( k.m.), ainda pouco desenvolvido, é incapaz de funcionar SOZINHO no seu próprio plano. estas faculdades mentais revestem-se de matéria astral e FÍSICA , antes de poderem por si mesmas ser conscientes da sua ACTIVIDADE.-( o pensamento é produzido no corpo mental, transmitido ao astral e depois ao físico).
Ao tratar da consciência do corpo físico , vimos que o homem propriamente dito não é consciente de tudo o que sucede nesse corpo, cujas funções escapam `a sua vontade. Mas quando se trata do corpo mental, abordamos uma região com a qual nos identificamos totalmente: " penso logo existo", "eu sei" ...É possível ir mais longe ? A mente é o eu, para a grande maioria, parece ser o ultimo objectivo da realização do Ser.
Quando sabemos que a consciência do nosso corpo, esta sujeita a um aperfeiçoamento constante, percebemos que a mente e a inteligência, são instrumentos do homem real no seu todo. O corpo mental cresce e desenvolve-se, através dos pensamentos estes são a matéria prima, com que edificamos o veículo mental. Se o homem fosse apenas o receptáculo dos seus pensamentos sem nunca ser o criador dos mesmos, e se durante a sua vida só alberga-se os pensamentos dos outros, o seu corpo mental não poderia desenvolver-se.
Incorporado no corpo mental há o "corpo causal" , o depósito aonde se acumulam eternamente os tesouros do homem. Neste corpo estão armazenados os germes das qualidades que serão posteriormente transmitidas na reencarnação seguinte.

Os arquivos do passado:
Se o homem possui uma memória graças ao seu "corpo mental" (K.M.), no "Plano mental" encontra-se a Memória da Natureza, um "Arquivo Geral ", única história realmente fiel do nosso mundo . Ali o passado apresenta-se com precisão e continuidade. As tradições, escritas e orais, de diferentes religiões, falam-nos do misterioso livro da vida, que todo o homem é capaz de ler, ( desde que atinja um certo grau de conhecimentos ).
Se, com o esoterismo tradicional, aceitarmos que a natureza vibra em 7 planos fundamentais (e, por sua vez, cada um tem 49 sub-planos de vibração), poderemos sintetizar num quadro as agressões mais comuns e as defesas possíveis.
NO PLANO ESPIRITUAL:
Defesas;
A) Manter a mente clara com ideias simples e puras.
B) Exaltar o justo, o bom e o belo.
C) Exercitar a mente com figuras da natureza, que evitem que a mente caia em figuras negativas e doentias.
D) Elevar o pensamento e pôr alegria e optimismo em todas as concepções filosóficas.
E) Criar belas formas mentais.

Mental Concreto:

Agressões;
A) Formas mentais de cobiça, ódio e ciúmes.
B) Manter rancores ocultos.
C) Tudo o que seja indisciplina, desordem e violência inútil.
D) Pensar demasiado em si mesmo, de maneira egoísta.
E) Abandonar-se ao medo.
Defesas;
A) Formas mentais positivas, exercícios baseados em poder manter a mente fixa em corpos geométricos, esferas e poliedros.
B) Não odiar, procurando compreender as razões de cada um.
C) Evitar ambições materiais excessivas.
D) Ordenar a própria vida.
E) Ler acerca de homens Valentes.

Poderíamos continuar estes quadros, nos planos Psíquico ou Astral, Vital Prânico e no plano Físico. Mas, julgo que os quadros descritos e os que ficam por descrever apontam na necessidade de sabermos neutralizar todo e qualquer pensamento negativo, mantendo-nos sempre em planos e pensamentos positivos.

Estes breves pontos e os que a seguir vamos abordar tem por finalidade aumentar a sua visão do homem visível e invisível que habita em nós. E uma melhor compreensão dos temas que lhe estamos a apresentar.

LIGAÇÃO ; ENTRE OS CORPOS
FÍSICOS E METAFÍSICOS
Foram estabelecidos uma série de conceitos , visando a unidade dos vários corpos , que compõem o homem :

ÉTICA
A unidade dentro de nós
SOCIOPOLITICA
A unidade à volta de nos
FILOSOFIA DA HISTÓRIA
O caminho para a unidade

Conceito de Ética e Moral
Se neste momento pretendêssemos procurar num dicionário, os conceitos de Ética e Moral, encontraríamos as seguintes definições: a Ética é a parte da filosofia que trata das obrigações do homem, Moral a ciência dos costumes. O conceito de Ética é adornado com algum (verniz filosófico), Moral é uma série de normas que nos servem para melhor viver.
Se houve um factor que afectou estes dois conceito, foi o tempo e as interpretações forjadas através da história.
Ética vem da palavra Grega,” ethos”, Moral do latim “mores”, as duas significam costumes. Na antiguidade não se concebia um sistema de costumes em oposição a um sistema filosófico. Toda a filosofia tinha uma aplicação directa, nenhum pensador falava de um modo e agia de outro.
Tanto os Gregos como os Romanos, procuravam unir-se pela via da razão, acção da Fé e da obediência as leis da Natureza.

CONHECER E PRATICAR ERA O SEU LEMA.
Gregos e Romanos, referiam-se a mesma coisa, quando falavam de Ética e Moral. Tratavam de harmonizar o homem, para que nele surgissem as fontes de justiça e de bem que lhe permitisse beber as águas da Divindade.
Hoje não podemos reconstruir uma cidade Grega ou um Império Romano, tal como existiram há vinte e cinco séculos, mas podemos fazer reviver o seu velho conceito, nunca deteriorado, de Ética e Moral.
Quando o homem procura o eterno, o durável, acaba por seguir a via da Ética atemporal, caminhos seguidos e a seguir por todos aqueles que procuraram e procuram a essência das coisas.
A Moral temporal é filha do tempo, mutável, perecível. O que hoje é bom , amanha esta fora de moda. A lei que nos rege hoje transforma-se numa aberração, mal se implante uma outra ideia também votada ao esquecimento perante o avanço das incessantes inovações e renovações. Mas será que a essência do homem varia com a mesma velocidade? Seremos tão diferentes física, mentalmente e emocionalmente, desses velhos homens que elevavam templos e se perguntavam o porquê da causa do Ser ? E se somos diferentes, mais vale não aprofundarmos a causa da diferença, porque sairíamos perder...
Não se trata de impedir a renovação. Não se trata de reter o progresso; as células do corpo também se renovam ...mas o esqueleto mantém-se.
Saibamos cuidar do nosso esqueleto. Saibamos manter o ideal que serviu e, pode servir no presente para que floresçam os mundos.
VIDA MORAL E VIDA INTELECTUAL
É difícil compreender a diferença entre estes dois conceitos num mundo onde reina, quase exclusivamente o culto do intelecto, mesmo que essa vida intelectual, não se ajuste a uma atitude harmónica.
Ao analisarmos a maior parte das correntes actuais, verificamos que o homem se concebe como um ser múltiplo , pensa de uma maneira, estuda de outra, trabalha em algo diferente e, a sua vida privada nada tem haver com o resto.
Esta desintegração conduz o homem a estados de angustia. Estas variações não lhe permitem encontrar o seu verdadeiro Égo.
Por outro lado, é possível observar tristes contradições nestes homens que, pelo seu estatuto de pensadores ocupam lugares de destaque no mundo intelectual. Se por um lado as suas teorias nos maravilham, assim como os seus planos de progresso, caímos imediatamente no pólo oposto logo que se trata de por em prática as suas próprias ideias.
Se vivermos balizados pelas leis da Ética e Moral, seremos um reflexo do nosso Ser interior. Nunca a hipocrisia foi considerada o caminho da virtude, nunca a falsidade foi o caminho da evolução.
Os desvios e a falta de harmonização dos vários corpos que compõem o homem, desviou-o dos caminhos que o levariam ao conhecimento de si mesmo.
E, as varias correntes religiosas, não foram capazes de encontrar argumentos credíveis , para ajudar a humanidade a inverter toda a sua linha de pensamento, visando a harmonização e o conhecimento racional, do papel que o homem desempenha no plano físico e no cosmos, sendo esse conhecimento de um numero muito restrito de iniciados. A ciência por sua vez, tem estado direccionada para um plano meramente material. Daí a termos dito que é muito vasto o campo da fenomenologia. De entre todos o mais assustador é o fenómeno da morte e do que esta para além da morte. As várias correntes religiosas que nos falam da vida depois da morte, ou não o souberam fazer, ou não tinha chegado o tempo deste conhecimento ser extensivo as grandes massas. Julgo que a ultima interrogação é a mais correcta.
Homens da ciência ao tentar desmistificar e negar determinados fenómenos acabaram por os aceitar : ( ALLAN KARDEC, UM GRANDE MATEMATICO), tentou negar o espiritismo e foi o seu codificador. EDGAR CAYCE através da hipnose fazia a regressão intra uterina levando o|a paciente a regredir da vida actual para vidas anteriores, fez curas, ( através da auto sugestão ) descreveu as civilizações de MU e Atlanta e a sua fundação continua a investigar e desenvolver actividades nos domínios da parapsicologia. Outros houveram que ao tentar desvendar junto das massas determinados mistérios, entraram em colisão com interesses de auto denominados Deuses da época e foram simplesmente mortos. Desde Pitágoras até aos nossos dias poderíamos enunciar um grande numero de filósofos , hoje, atemporais, que sofreram na carne pelo crime da sua elevada sabedoria. A inquisição ainda está muito presente na mente colectiva da humanidade por ter sido um dos últimos instrumentos que visava calar o conhecimento.
Mas, voltemos ao grande fenómeno que é a morte. Este tema gerou um movimento de investigação na Europa e nos E.U.A, não só provocou novas perguntas como fez levantar velhas questões. Há algumas que perduram para além de qualquer tomada de posição filosófica, religiosa ou metafísica: (quem sou, de onde venho, e para onde vou?.. ).As investigações continuam. E, julgo que velhos temas, velhos conceitos, retomarão para a humanidade à posição chave ou ponte entre o físico e o metafísico, temas que sempre fizeram parte do conhecimento de um numero restrito de iniciados. Aqui quero lembrar que a ciência anda a reboque da filosofia e que muitos filósofos do inicio da nossa civilização se tornaram intemporais ao serem confirmadas cientificamente as suas teorias. Neste ponto quero referir a história que Platão nos conta, na República, na qual o soldado Er, depois de ferido fez viagens fora do corpo físico . A história de Er, mais ou menos romanceada é coincidente com os relatos das investigações que desde o inicio da década de 70 estão a ser feitas.
Nos anos 70 foi iniciado por Elisabeth Kubler e Raymond Moody o estudo de (mil e quinhentos casos) de homens e mulheres que estiveram entre a morte clinica e a morte cerebral , os seus relatos são coincidentes, todos nos dizem que se viram fora do corpo físico, desligados da dor, e que o regresso ao corpo não foi feito de sua livre vontade, mas, porque deixavam alguém que dependia deles ou porque a sua missão neste plano não tinha terminado e eram forçados a regressar. ( Muitas pessoas que passaram pela EQM falam de uma viagem a um mundo de beleza indiscritível, cheio de luz e musica celestial, onde reina o amor incondicional. Não é de espantar a relutância desses espíritos em regressar aos seus corpos e a todos os problemas da vida terrena).
Os espiritualistas crêem que o espirito passa para a denominada «terra de verão», um reino de felicidade e realização dos desejos. A concretização desta passagem é feita através da força mental, e, o ambiente é recriado segundo a imaginação especifica do indivíduo. Esta dimensão «ideoplástica», por muito que possa parecer irreal, não deixa de ter o seu lado sério.
Na «terra de verão» as almas são alvo de um brusco despertar da sua existência hedonista, em forma de «julgamento» que surge sem ser solicitado. Não há um Deus carrancudo ou anjos vingadores: ao indivíduo é mostrada toda a sua vida em pormenor, com pleno conhecimento e consciência do efeito que teve nos outros cada uma das suas palavras, cada um dos seus pensamentos e procedimentos. Este é um dos primeiros estádios da vida depois da morte.
O parapsicólogo americano Scott Rogo, no seu livro ( The Return From Silence:A Study Of -Death-Experience «1989» ), analisa a visão a partir do leito da morte, que define do seguinte modo.
1º O moribundo está normalmente lúcido , ao falar nos familiares e amigos falecidos que vê e não fala na recuperação da pseudomorte.
2º A visão acontece enquanto a consciência da testemunha ainda esta dentro do corpo.
As visões do leito de morte são semelhantes às EQM , partilhando de algumas das suas características :
a) Os pacientes frequentemente vêem os seus amigos e familiares mortos, ou guias espirituais que aparecem para sauda-los .
b) O paciente vislumbra o mundo do pós-vida . mesmo que não experimente literalmente a viagem para o além, vê cenas panorâmicas de grande beleza.
C ) Mas, esses estádios de consciência, esse olhar na outra margem, pode ocorrer ao longo da vida de cada um de nós.
O desdobramento espiritual pode ocorrer, pode viajar de várias outras formas, com aquisição de conhecimentos e uma harmonização dos vários corpos, de forma consciente. Através dos sonhos se tivermos a preparação suficiente e estivermos em sintonia com planos vibratórios superiores, podemos fazer incursões no passado, conhecendo dessa forma rêencarnações anteriores. (A 3ª dimensão é um reflexo da 4ª, nesta ultima tudo é previamente programado), através do desdobramento, ou sonho (premonição ) podemos saber o que esta para a frente, para tal , precisamos de estar atentos e fazer uma leitura correcta das viagens que o nosso espirito faz no estado de vigília, (quantas vezes se levanta mais cansado que quando se deita , sem saber porquê, sem razão aparente, na maioria das vezes acontece porque o espirito viaja por planos vibratórios baixos, onde é vampirisado, absorvida a sua energia). Muitas vezes só quando vivemos essas viagens no plano físico, fazemos a ligação e as consideramos premonições. Em 1994, vi-me a viajar de avião sobrevoar canais, aterrar em vários aeroportos conhecer pessoas e a ver casas em Maputo, Moçambique, nesta altura ainda não pensava em regressar a terra aonde tinha vivido. E, foi já em Maputo quando via casas, que fiz a ligação à premonição que tinha tido, (numa das casas onde entrei não só a reconheci, como senti a mesma sensação desagradável que senti no sonho «premonição»), as várias aterragens e canais foram feitas numa deslocação a Alemanha, na preparação da vinda para Moçambique. Estas incursões podem também ser feitas, sob hipnose, durante uma operação cirúrgica ou outros períodos de inconsciência. Varias investigações apontam para que uma em vinte pessoas, já passou por esta experiência. Ouvimos muitas vezes pessoas que nos são próximas, comentar sonhos e pesadelos horríveis, em grande parte dos casos são viagens a mundos cujos campos vibratórios estão em sintonia com a pessoa em questão. Um piloto amigo (Zéca), Falou-me em vários casos ocorridos com uma senhora sua amiga residente na África do Sul. Segundo ele falar com ela é, uma terapia, para regularização do sistema nervoso, o seu equilíbrio emocional, contagia quem com ela convive (a energia emanada pela aura da senhora , estabiliza , a energia da aura do visitante ). De entre os muitos casos referidos pelo meu amigo que se enquadram nos temas que estamos a tratar, vamos referir um. A senhora tinha um filho e uma filha na faixa etária dos vinte anos, a filha saiu com o namorado, tiveram um acidente do qual resultou a sua morte , o irmão, um dos primeiros familiares a chegar ao local do acidente, vai a casa no sentido de preparar a mãe, e comunicar-lhe a morte da irmã, a mãe, quando o rapaz entra, diz-lhe, não te preocupes a tua irmã já cá esteve, esta bem, agóra é preciso tratar do corpo. Quando um espirito evoluído desencarna passa a dimensão correspondente ao campo vibratório a que pertence. Se pelo contrário está demasiado ligado a matéria, passa longos períodos num plano denominado de Irraticidade , atraído por tudo aquilo a que esteve ligado. Quando iniciei as minhas investigações nestes universos. Em 1972, no Centro Nova Ordem de Jesus) na Av. 24 de Julho da então cidade de Lourenço Marques, hoje Maputo, casualmente passava por um gabinete onde estava a ser doutrinada uma entidade espiritual, encostei-me a ombreira da porta para ouvir o dialogo entre o espirito e o doutrinador, verifiquei que a entidade cofiava uma barba que não tinha porque se encontrava num corpo de mulher, pedi ao doutrinador para me deixar falar com a entidade, este aderiu e comecei por lhe dizer que estava a cofiar uma barba que não tinha , por se encontrar num corpo de mulher, diferente do dele, (homem ), insistiu que o corpo era dele, disse-lhe que aquele corpo tinha seios, apalpou os seios, fiz-lhe a terceira pergunta, ( em que ano estamos, ) ao que prontamente respondeu 1952, mostrei-lhe um calendário e fiz-lhe notar que estava-mos 1972 ,e sentir que 1952 tinha sido o ano em que desencarnou. A partir daí começou a entrar num dialogo consertado. Depois de lhe termos feito sentir que se tinha perdido durante vinte anos, desviado do seu verdadeiro caminho, foi-lhe indicado o caminho que devia seguir, e já numa linguagem amena, num dialogo consertado, disse-nos ter sido um padre Italiano, referiu a paróquia, aonde exerceu o sacerdócio, que tinha mãe e duas irmãs. Preparamo-lo para as visitar, fazendo-lhe sentir que tinham passado vinte anos e que estes teriam deixado marcas. Uma semana depois incorporado no mesmo corpo, contou-nos o que viu, agradeceu e não voltou perturbar a senhora cujo corpo usurpava.
Vou terminar este tema, com o final da história do soldado Er, narrada por Platão, quando ele no meio de muitos espíritos que bebiam a água que fazia apagar da sua memória vidas anteriores e dessa forma se preparavam para a reencarnação seguinte , ele ao contrário dos outros foi mandado de regresso ao seu corpo, ainda no campo de batalha rodeado de corpos sem vida. Isto significa que o nascimento para a quarta dimensão no binómio vida morte só acontece quando tem que acontecer, quando o espirito termina a sua missão no corpo. A Reencarnação, a entrada do Espirito num outro corpo, para uma nova etapa evolutiva é feita sem o conhecimento das Reencarnações anteriores, muitas vezes no seio de familias cujos valores e campos vibratórios são diferentes dos seus, superiores ou inferiores, o espirito com o conhecimento das anteriores rencarnações teria dificuldade em adaptar-se ao meio onde reencarna. No entanto, ate aos 7 anos de idade, trás reminiscências da ultima, e em muitos casos transportam conhecimentos profundos, só assim se justifica que jovens de tenra idade denotam, demonstram os conhecimentos reservados aos grandes mestres.
RENCARNAÇÂO
Se analisar-mos a Reencarnação com alguma profundidade verificamos que esta lei tem um enquadramento perfeito com os múltiplos universos que compõem o cosmos, explicando-nos as diferentes assimetrias de tudo quanto nos rodeia.

Nos dias 8, 9,e 10/07/94, foram publicados no «Jornal de Noticias » da cidade do Porto, três artigos sobre a reencarnação, fechei esse ciclo com um quarto artigo «A REENCARNAÇÃO A LUZ DA CIÊNCIA» : que passo a transcrever parcialmente .

REENCARNAÇÃO À LUZ DA CIÊNCIA:
Os fenómenos do subconsciente são estudados, pelo instituto Métaphysique Internacional ( Instituto Metafísico Internacional ),de Paris , a Psychical Research Society (Sociedade para investigações psíquicas de Virgínia ( EUA).
Os resultados das investigações feitas demonstraram, em muitos dos casos investigados, a possível existência de uma ou mais vidas humanas precedentes da actual.
Antes de entrarmos nos pormenores relacionados com a reencarnação e os estudos de investigações que para tal se levaram a cabo, gostaria de referir que a filosofia esotérica é partidária da teoria da reencarnação ou vidas sucessivas da alma. Afirma a existência de um principio vital perene e individualizado, chamado energia cinegética que habita e anima a personalidade humana, e que depois da morte passa a viver noutra dimensão, em ambiente concordante com os méritos e deméritos criados no decurso de sua vida humana finita. Ali vive períodos que variam em cada caso, mas, como termo médio, oscilam entre 50 e 500 anos. Depois regressa à vida da carne como uma criança para adquirir neste plano físico, nessa terceira dimensão as experiências necessárias para continuar a avançar no seu longo período evolutivo.
Alguns sectores do mundo ocidental rejeitam a teoria da reencarnação e negam tudo o que desconhecem ou que os sentidos físicos sejam incapazes de perceber.
O Dr. Hernâni Guimarães Andrade , director do Departamento Científico do Instituto Brasileiro de Investigações Psicobiofísicas , na sua obra « A TEORIA CORPUSCULAR DO ESPIRITO» , ''Os seres humanos costumam apegar-se bem às suas doutrinas e convicções, pelo que não é fácil desenraizar crenças e conceitos , ainda que se demonstre à sociedade a sua inconsciência. As novas doutrinas, as novas teorias e as novas ideias penetram lentamente dada a resistência que oferecem , como gigantesca barreira oposta ao progresso, à intolerância, à vaidade e ao espirito de rotina. E outros há que sob um ponto de vista racional , acham a reencarnação uma hipótese teoricamente lógica, mas, que carece de base experimental demonstrativa. Conclusão, cómoda , sem fundamento, por desconhecimento ou falta de informação a respeito dos casos provados por investigadores do campo da psiquiatria, neurologia e parapsicologia.''
Em 1987, o cientista espanhol Fernando Colavila deu início a uma série de experiências de regressão de memórias , fenómeno que se produz provocando um estado hipnótico, pelo qual e à ordem do hipnótizador se percorre em sentido regressivo fases diferentes da vida actual do indivíduo , assim como a estados mais além da vida presente, e uterina para descrever pormenores de vidas passadas.
O Dr. Alexandre Cannon, especialista em doenças nervosas alienista e médico jurista do Supremo Tribunal de Inglaterra, em união com um grupo de médicos que empregam o hipnotismo como auxiliar da psicanálise , publicou a obra THE POWER WITHIN ( o poder interno ). Num dos capítulos da referida obra e intitulado A REECARNAÇÃO ULTRAPASSA FREUD; ocupa-se em demonstrar a origem dos complexos, muitos dos que descobriu procederem de uma vida anterior. O Dr. Cannon diz : « A teoria da reencarnação foi um pesadelo para mim durante muitos anos e opus-me a ela, chegando até a discutir com os meus casos em transe, para que não dissessem aquilo que eu considerava disparates. Contudo à medida que realizava as experiências com os referidos indivíduos , uns após outros repetiam as mesmas revelações ».
O Dr. Cannon afirma que, ao longo do estudo dos 1382 casos por ele registados, acabou por admitir a realidade da reencarnação, embora contra a sua vontade.

O artigo continua com investigações no terreno, que julgo não valer a pena transcrever, uma vez que temos outros argumentos.
Todos os povos antigos, todos os povos primitivos, todos os povos clássicos, todas as religiões nas suas origens defenderam a teoria da reencarnação. Inclusive o Cristianismo, até ao século IV, D C.
Grandes personalidades nossas conhecidas ensinaram directamente a teoria da reencarnação: Pitágoras, Platão, Aristóteles, os Mestres orientais Confúcio, Lau Tsé, Buda, e muitos outros. De entre os modernos encontramos Nietzsche, Schopenhauer que aceitaram e defenderam esta velha teoria.

DHARMA E KARMA.
O DHARMA é ,literalmente , aquele ao qual esta ligado o laço de todas as coisas, a lei, a norma, a regra da natureza, da acção e da vida. É o sentido da vida que faz com que a roda do karma ande, DHARMA é a lei eterna sem causa e sem efeito.

O KARMA é a lei da acção e reacção, de causa e efeito. Todos nós, como seres manifestados, somos seres com Karma, que a nossa passagem pela vida na terra criou, através das nossas acções, consequências boas ou más. Estas constituem responsabilidades imediatas das quais não podemos escapar. A compreensão desta lei é fundamental no nosso reajustamento com o presente e futuro.
Aristóteles sustenta que «nascer implica a pré existência de algo que está em potência mas, não está em acto », está a aplicar o movimento cíclico no qual oscila tudo o que está vivo, onde na verdade cada fim é um começo e cada começo um fim, de tal modo que « o devir continua embora as coisas estejam constantemente a ser destruídas ».

Reminiscências da Reencarnação anterior:
As principais essências religiosas, tem na base a reencarnação, forma de lapidar aperfeiçoar o SER que anima o corpo físico, o Espirito, SER primeiro, verdadeiro, imortal. As que se mutilaram, aboliram a reencarnação, envolveram-se em dogmas, mistérios e é com eles que respondem a questões racionais, entendiveis, simples, que conduzem a Fé racional.
No Concilio de Niceia ano 325 depois de Cristo, os Cristãos dividiram-se em Bizantinos e Arianos, os Bizantinos tiveram por base a proposta Aristotélica Clerical que ganhou em detrimento da Platónica Cristica Mística. Os Cristãos Arianos defendem o percurso alquimico de JESUS CRISTO no seu todo, os Bizantinos, origem da Igreja Católica, falam-nos de Cristo até aos doze e depois dos trinta anos.
Mas, não é nossa intenção fazer a Historia da Igreja Católica, mas sim reafirmar que a Reencarnação fazia, faz parte da essência do Cristianismo, assim como de religiões anteriores, manteve-se na vertente Ariana que derrotada no concilio de Niceia foi impedida da divulgação de leis, ensinamentos, que devem balizar o percurso do homem, incutindo-lhe valores através do conhecimento, libertando-o dos medos do nada no fim do percurso do corpo físico, dos medos de um DEUS que perdoa e castiga, que cria aleijados, mutilados, ricos e pobres, assimetrias que a luz da reencarnação, na sua lei de causa e efeito, são entendiveis plausíveis. Negar a reencarnação é criar um DEUS injusto, cruel, que não da a mesma longevidade, mesma inteligência, mesmas condições de vida, mesmas oportunidades. Dessa forma, privou-se um largo leque da humanidade de conhecimentos , que de forma mais rápida conduzem a estabilidade emocional, e equilíbrio psíquico.
No decorrer destas páginas e de uma forma gradual iremos perceber a evolução do espirito e da matéria. Segue uma ligeira ilustração em forma de poema.

RODA DA VIDA
Caminhava um velho peregrino
vivendo outros tempos no pensar,
quando um miúdo irrequieto e ladino
solta a língua e lhe interrompe o caminhar,
De onde vens tu ó velhinho
corcovado, mãos esquálidas, barbas brancas,
com o mundo no olhar.
Parou.., apoiou-se no cajado o velhinho...,
e logo se pôs a pensar...,
que a sabedoria do menino
não era deste tempo, deste lugar,
seus caminhos já se cruzaram e voltariam a cruzar.
Volveu a resposta ao menino,
que também fica a pensar.
Venho de outras terras outros mundos,
mas, já te tenho nas lembranças,
da ultima vez eu era o menino
tu o velho de barbas brancas.
Quando nos voltarmos a encontrar
já podes ver como é ,
eu o miúdo irrequieto
tu, o velho arrastar os pés.

16-05-96

Em algumas correntes religiosas Deus é apresentado ao homem como um tirano, um castigador, um criador de desigualdades, cria ricos, pobres, mutilados, aleijados, uns ,na opulência, outros na mais extrema miséria, tanto nos pode proporcionar uma vida longa e tranquila, como uma vida curta e de sofrimento. É frequente ouvirmos dizer, meu Deus eu não merecia este castigo, meu Deus porque me castigais .
Nada mais errado que este tipo de pensamentos. Há leis que regem o cosmos e os múltiplos universos que o compõem, nas quais se enquadra o homem, no plano físico e, é neste plano de desigualdades que entra a lei da reencarnação e do karma..
Temos que pensar Deus como algo que nos transcende e esta para além da compreensão humana. Não nos podemos aproximar da verdade sobre Deus, sem primeiro sabermos quem somos e que lugar ocupamos no cosmos.
Deus, ou algo que foge a compreensão humana, estabeleceu leis para todos os universos que compõem o cosmos, o homem como parte integrante do cosmos esta abrangido por essas leis e tem que caminhar balizado por elas, quando as infringe comete um erro, esse erro tem um efeito , a que chamamos castigo , nesta linha de pensamento, podemos afirmar que Deus ?...não castiga ninguém , nós sim, castigamo-nos ao infringir as leis estabelecidas e, sofremos na carne, nos vários corpos e no espirito os efeitos dos erros cometidos. É a lei do Karma ou causa e efeito. Somos parte integrante do Todo do cosmos de Deus e para anular os nossos sofrimentos temos que corrigir os nossos erros , reconhecendo-os e fazendo imergir a chama do conhecimento (Divina) que existe em nós. Sintonizarmo-nos com planos vibratórios elevados, puros.
Imagine uma estação de rádio que transmite musica da mais alta fidelidade e a melhor informação. Mas, a nossa irreverência (campos vibratórios ),e falta de conhecimentos, leva-nos a sintonizar outras estações, com musica e informação de qualidade inferior, Criando em nós a dependência do mau, em detrimento do bom. Estes desvios provocam distúrbios no plano físico e mental e como animais sociais que somos estamos implicitamente, a arrastar na mesma frequência vibratória outros seres que nos rodeiam e dessa forma a adulterar a nossa (aura) individual e colectiva.
(''AURA'', é o campo energético que nos rodeia , composto por várias cores , é energia mais rarefeita ou grosseira que determina a nossa evolução , pode ser fotografada pela máquina de Kirlian , inventada pelo Russo Semyon Kirlian ) a máquina inventada e construída pelo casal Kirlian , testada por vários investigadores , veio provar aquilo que os psíquicos vinham afirmando há mais de mil anos, ( que todos os seres vivos estão rodeados por uma (aura) invisível , por energia).

PORTAS ENTRE A TERCEIRA E QUARTA DIMENSÃO:
O flagelo que afecta a humanidade nos dias de hoje, (a droga ), em que homens e mulheres, para atingir estados alterados de consciência que os coloque no limiar do mundo físico e psíquico se auto destruem física e psiquicamente, com efeitos visíveis e invisíveis.
Se seguiu com alguma atenção a expansão da droga no planeta, sabe que começou como uma bola de neve, em que místicos para entrar no limiar da quarta dimensão se drogavam, esse conhecimento foi vazado a pessoas comuns, não preparadas para lidar com esses estados alterados de consciência , optando pela via mais directa, mas mais perigosa , hoje com dimensões alarmantes e efeitos nocivos para toda a humanidade.
O espiritismo, é uma porta que se abre para a quarta dimensão, também é extremamente perigoso, quando os médiuns e as pessoas que os rodeiam não tem a preparação suficiente para lidar com seres de mundos paralelos, atraem seres que vagueiam na irraticidade e em planos vibratórios baixos, que como no nosso mundo físico também enganam e mistificam, (ALLAN KARDEC diz rejeitai nove verdades mas, não aceiteis uma mentira ) . Para os que por esta porta queiram espreitar outros mundos e contactar outros seres , recomendo:

A) Verifiquem se os médiuns são pessoas integras, dotados com valores elevados, (só um médium integro pode ter como guia uma entidade de luz), se utilizam o dom que lhes foi dado para fins altruístas e não mercantilista, se exercem a mediunidade para ajudar encarnados e desencarnados, libertando uns e outros dos planos vibratórios negativos em que se encontram. Os espíritos de luz, não enganam, não mistificam, não entram em contradições, tem como único objectivo a pratica do bem. Os negativos, quanto mais instruídos forem, mais argutos são, mas pela sua conversa, pelas suas contradições, torna-se fácil indentifica-los.
B) Nunca recorra a um grupo espirita para tentar obter informações terráqueas , mesquinhas .
C) Os verdadeiros grupos espiritas existem para através dos seus médiuns e espíritos de luz libertar pessoas de entidades de baixos astrais, que as atormentam e ao mesmo tempo direcciona-las, apontar os caminhos correctos a essas entidades, e para nos ensinar a caminhar no sentido evolutivo .
D) ALLAN KARDEC no capítulo XXVI , do livro dos espiritos diz-nos que podemos fazer as seguintes perguntas ;
E) Sobre o futuro , existências passadas e futuras , interesses morais e materiais , a situação dos espiritos , saúde , invenções , descobertas e outros mundos .

Há uma imensidão de pessoas que priva diariamente com entidades espirituais, sem o saber ; há uma imensidão de pessoas que é empurrada para os caminhos da droga , do álcool, da prostituição etc , por entidades espirituais.
Nos mundos invisíveis , como no mundo fisísico há seres bons e maus, e quando os maus encontram campos favoráveis as suas tropelias, não perdem a possibilidade de perturbar de fazer o mal , para tal basta entrar no campo vibratório da pessoa e induzi-la através do pensamento, a seguir este ou aquele caminho. Há pessoas que foram consideradas clinicamente loucas, porque ficavam aterrorizadas com o que viam ( vidência não controlada ), há pessoas que ficam possessas, isto é, o seu corpo é usurpado por uma entidade má e através dele cometem os maiores disparates ( mediunidade de incorporação não controlada ), para alem destes há muitos outros tipos de mediunidade , todos são perigosos, desde que as pessoas não estejam preparadas para conviver com eles. Não podemos nem devemos ter medo dos espíritos. Mas uma incorporação só deve ser feita se houver condições para isso, em reunião com correntes de energia positiva e um bom doutrinador para poder esclarecer, a, ou as entidades que descerem e sempre com o guia espiritual presente. Se a pessoa se encontra só, deve pensar de imediato positivamente e com pensamentos carinhosos afastar a entidade .
Se trata de mediunidade de vidência e a pessoa vê , por exemplo (cabeças a jorrar sangue pelos lábios e pescoço nos cantos da casa ), não pode nem deve ter medo, se tiver medo está a ir de encontro aos objectivos da entidade, que é aterrorizar. Para não nos deixar-mos influenciar por entidades negativas, temos que partir para planos vibratórios positivos, renovando os nossos valores e os nossos pensamentos, e aí os nossos contactos serão com entidades positivas, que ajudam e não perturbam, não prejudicam.

Em algumas religiões orientais, abrem as portas da Quarta dimensão através da meditação «Transcendental », pela via do desdobramento espiritual consciente , para tal são precisos muitos conhecimentos e um domínio completo dos vários corpos que compõem o homem .

A Formula quanto a mim acessível e segura, é através da frequência da terra (ALFA), as vibrações da terra estão em sintonia com a mente cósmica, detentora do conhecimento individual e colectivo.
A frequência ALFA é de dez graus, a nossa é BETA treze, para entrarmos na Alfa precisamos de baixar as nossas vibrações, sintonizando-as com as da terra .
Como entrar na frequência alfa;
Deite-se ou sente-se numa posição confortável e feche os olhos, verifique que todos os músculos do seu corpo estejam descontraídos , inicie o exercício de relaxamento enchendo os pulmões de ar inspirando lentamente e retendo o ar o máximo de tempo, expelindo o ar, também lentamente, faça este exercício três ou mais vezes, até sentir a respiração o mais baixa possível.
Em seguida, mentalmente e por três vezes, comece por imaginar, pensar que tem os pés soltos, leves, pesados, bem relaxados.
Repita este exercício com as pernas, joelhos, coxas, abdómen, peito, ombros ,braços, mãos, pescoço ,nuca, couro cabeludo, testa, pálpebras, faces e maxilares.
Depois do relaxamento individual de todos os membros, visualize todos os órgãos internos, imagine-os em perfeito funcionamento, (exemplo) « o meu coração esta perfeito, leva o meu sangue a todas as partes do meu corpo», no enquadramento das funções de cada um , repita com todos os restantes órgãos. O seu corpo começa por entrar numa letargia agradável , profunda , que você vai acentuar, repetindo;
O meu corpo esta solto , leve relaxado e agradavelmente aquecido.
Em seguida conte pausadamente até três e, imagine-se num local aprazível , com muita relva , imagine quedas de água , lagos naturais, rodeado|a de arvores frondosas e flores, muitas flores, veja os insectos a voar : analise calmamente tudo o que esta a sua volta, sinta muita calma , tranquilidade, (repita mesmo ) estou calmo, tranquilo e o meu corpo num relaxamento cada vez mais profundo ,depois de analisar tudo o que esta a sua volta e para aumentar ainda mais o relaxamento , conte regressivamente de dez a um .
Repita mentalmente uma ou mais vezes; «nestes níveis de consciência , estou aperfeiçoar os meus sentidos e a minha mente, todos os órgãos do meu corpo funcionam em perfeitas condições, possuo energia vital , sou vida, sou perfeito, eu posso». Nestes níveis de consciência estou a carregar o meu corpo com energia positiva e a expelir toda a energia negativa que há em mim, (Procure sentir um ligeiro formigueiro no cima da sua cabeça, ponto receptor de energia ). Construa frases para repetir neste estado de consciência , (exemplo) Deus é amor, nada nem ninguém me pode fazer mal, no meu lar reina a harmonia e o amor ,nada nem minguém me pode prejudicar, cultivo sempre e constantemente pensamentos positivos, no meu coração e na minha mente não há lugar para ódios ou rancores , só a cultura do amor, não tenho medo de nada nem de ninguém , a mente cósmica aonde se encontram registadas as minhas vidas passadas e minha vida actual, orienta os meus passos, visando a unificação dos meus corpos em harmoniosa sintonia, a caminho da evolução e aquisição de conhecimentos que permitam ao meu corpo integral, ter uma ligação perfeita e continua com planos superiores.
Crie um espaço , e nesse espaço , com frases previamente construídas de problemas que gostaria de ver resolvidos ou de sonhos que gostaria de ver materializados ,e repita-as mentalmente, usando-as diariamente, até que estas se materializem.
Em seguida repita novamente, sinto-me em paz, sou perfeito, possuo energia vital, sou vida, todos os meus pensamentos são positivos.
A seguir conte até sete e ao dizer sete abra os olhos e sinta-se em perfeitas condições, ao sair da frequência alfa.
Para prolongar este exercício num mínimo de trinta minutos, seleccione imagens que deve reter na sua mente o máximo de tempo , acompanhadas de frases positivas.
Como é um exercício que deve ser feito com os olhos fechados, para um melhor relaxamento e maior concentração, aconselho-o|a a gravar uma cassete com estas frases ou outras similares.
Se fizer este exercício correctamente, uma ou mais vezes ao dia , abrirá as portas a saúde física e mental, com segurança entrará em contacto com os fabulosos mundos que nos rodeiam e, criará as condições para melhor ouvir a:

VOZ DO SILÊNCIO
Na imensidão infinda de energia
Na casa planetária aonde a noite sucede ao dia
Rodeado de gritos choros e lamentos,
do zumbido dos pensamentos,
Oiço a voz do silêncio, que me fala de coisas finitas do infinito.
Do infinito que é tudo, do tudo que é infinito e nada,
Do nada que é tudo e tudo é infinito.
Das poeiras do espaço transformadas em densa matéria.
Do sol da lua , da terra,
Da infinidade de estrelas, que aquecem e dão vida
a um incomensurável numero de terras.
Das Galáxias, da infinidade de galáxias .
Das formas finitas que voam no infinito.
A voz do silêncio fala-me do espirito
Do pensamento,
Sem espaço sem tempo,
Do nada que é tudo
Do tudo que é nada.
Rodeado de gritos choros e lamentos, do zumbido dos pensamentos,
Oiço a voz do silêncio.
Maputo 16-12-2.000
DE VOLTA A NOSSA MINÚSCULA CASA PLANETÁRIA
Carl Sagan, diz-nos que o cosmos é tudo que existe, existiu ou existirá, decifrar o cosmos é aproximarmo-nos do maior de todos os mistérios.
O tamanho e idade do cosmos ultrapassam a comum compreensão humana.
Entre a imensidão e a eternidade fica a nossa minúscula casa planetária.
Numa perspectiva cósmica os interesses humanos são insignificantes e mesquinhos. E todavia nos últimos milénios fizemos as mais surpreendentes descobertas sobre o cosmos e o lugar que nele ocupamos. Estas descobertas recordam-nos que os homens evoluíram descobrindo que o conhecimento é um prazer e o saber uma condição indispensável a sobrevivência. O nosso futuro depende da forma como viermos a conhecer o cosmos em que flutuamos .
As dimensões do cosmos são incomensuráveis, nele as medidas usadas na terra não fazem o menor sentido. As distancias são medidas com a velocidade da luz , um raio de luz, percorre num segundo, 300.000 km, sete vezes o perímetro da terra. Em oito minutos percorre a distancia entre o sol e a terra. Num ano percorre 10 biliões de Km , quase 6 biliões de milhas de espaço intermédio.
Uma galáxia compõe-se de gás, poeira e estrelas. Cada estrela pode ser um sol para alguém .
Numa galáxia existem estrelas, mundos e, talvez uma proliferação de formas de vida, seres inteligentes e civilizações navegadoras do espaço.
Há cerca de 100.000 milhões de galáxias ( 10''), cada com uma média de 100.000 mil milhões de estrelas. Em todas as galáxias há talvez tantos planetas quantas estrelas, 10''x 10''= 10\22, 10 milhões de triliões. A Via Láctea contem cerca de 400.000 milhões de estrelas de todas as espécies ,que se movem com uma elegância complexa e ordenada. De todas as estrelas , até ao momento os habitantes da terra conhecem apenas uma.
Perante números tão esmagadores, que probabilidades há, de apenas uma única estrela o sol, ser acompanhado de um planeta habitado ? O mais lógico é um universo trasbordante de vida.
Com esta interrogação, voltemos novamente ao homem e aos corpos energéticos que o rodeiam.
O homem no seu todo é constituído por vários corpos, mais reais que o corpo físico , percebe-los , senti-los e utiliza-los é perceber o cosmos do qual somos parte integrante .Se somos parte integrante do cosmos temos que nos harmonizar com ele, através das suas leis e suas energias.
O homem Taoísta sabe que a sua bioenergia depende de uma adequada sintonização com as forças telúricas do meio ambiente, que por sua vez estão subordinadas as vibrações celestes .Esta interacção produz uma serie de movimentos e mudanças continuas que são regidas pela lei de polarização do yin e do yang.
Vemos esta polaridade reflectida no céu e na terra, de cuja união surge a potência cósmica, em forma de forças semelhantes as correntes do vento e da água. O equivalente terrestre destas forças é do mesmo modo dual, já que as correntes telúricas possuem também uma polaridade. O Taoísmo chama-lhes Kwei e Shin ou de uma forma mais descritiva « tigre branco do oeste (yin) e dragão azul do leste (yang). Destes conceitos deriva a ciência do (vento e da água) ou Feng Shui, que é a arte dispor das moradas dos vivos e dos mortos em harmonia com as correntes locais do alento cósmico. A integração energética do homem no meio, realiza-se como primeiro passo para chegar à unidade com o cosmos , fim ultimo da ciência Taoísta, cujo propósito é o beneficio da raça humana.
Para realizar o seu trabalho, o artífice Feng Shui conta com a sua formação em agrimensura, geometria, astrologia e astronomia e, ainda, com a varinha radiestésica e a bússola geomântica.

O HOMEM ao longo de milhões de anos preocupou-se em sair de si mesmo, na satisfação da sua curiosidade , na descoberta de tudo o que o rodeia, galgar espaços e construir monumentos, alusivos ao seu saber, as suas formas de viver , fazendo historia, marcando , assinalando , a sua passagem pela terra .

Esses monumentos são a prova real, inegável, da sua passagem, da sua existência e da sua elevada sabedoria .

Os tratados teosóficos, que estão na base, na linha de pensamento, na formação de varias teorias que apontam a humanidade actual como descendente da 4ª, e consequentemente a 5 ª raça , no seguimento da arvore ou feixe dos hominídeos , do ( HOMO SAPIENS ) . ( Não descendemos dos macacos ).
Os elevados conhecimentos das civilizações que nos antecederam, cuja ponte de ligação a humanidade actual é feita pelos povos de ( Atlantida e Luméria ), vem com a análise dos monumentos, o descodificar do mitos permitir-nos a ligação entre o homem a 4 ª dimensão e o DIVINO .
Vem dizer-nos que o homem se começou a desviar do DIVINO , quando o seu cérebro se arredondou atingindo a forma que tem hoje , e se tornou num ser menos ligado a 4 ª dimensão , ao DIVINO , mais pensante , mais entregue a si próprio , e gerou através da mente , desvios transformados em males que afectaram a humanidade, e que esta deve fazer regredir através das potencialidades que há em si .
O HOMEM precisa de olhar para dentro de si mesmo, precisa de conhecer as suas potencialidades , precisa de saber como renascer , e fazer o retorno a sua verdadeira essência .
Precisa de saber e conhecer os caminhos percorridos , dos que ao longo de séculos nunca perderam o contacto com o DIVINO , para dessa forma atingir o equilíbrio , a tranquilidade , a verdadeira felicidade .ALGUNS TIPOS DE ENERGIA :
Enunciar e classificar os tipos de energia cientificamente estudados, seria tarefa morosa, pela sua vastidão. Vamos debruçarmo-nos sobre a energia produzida pelo pensamento humano, pelas energias telúricas e cósmicas.
Na minha opinião a arte de saber pensar, deveria começar nos bancos da escola, desde tenra idade, o menino/a, deveria conhecer os mecanismos da mente, saber pensar, porque o pensamento correcto iria ajuda-lo na sua restante formação, e é uma das mais importantes energias de que o homem dispõe e pode usar para seu bem ou para seu mal. É através do pensamento que plasmamos presente e futuro, que utilizamos os restantes corpos de que atrás falamos, no bom ou no mau sentido. O pensamento é a energia que nos permite formar o arquétipo que plasmamos nas nossas vidas.
É no emprego correcto da faculdade de pensar que reside, no fundo, o saber viver com correcção e dignidade. E, assim sendo, a faculdade de pensar constitui um pressuposto indispensável para saber dizer e fazer o que tem de ser dito e feito. Ou seja, o pensamento esta sempre no âmago de tudo que o homem diz ou faz.
Pensamentos , sentimentos ,
Cavalos alados ,
Mais velozes que a luz e o vento ,
Belos ...., se bem conduzidos ,
Bem direccionados .
Voando , cavalgando ,
Em mundos de magia ,
Intemporais , reais ,
Plasmam o dia a dia .
Buscando , nos intrínsecos , recônditos das memória,
Ligando mundos , unindo historias ,
Cavalos alados ...,
Viajando ...., buscando , presente , futuro e passado ,
Historias.., percursos .., caminhos ,
Destinos.........., Fados.......,


Tudo provem da sua natureza de ser racional, intelectivo e pensante.
Há imensos livros de um numero elevado de autores, que nos falam da força do pensamento e nos mecanismos da mente.
A arte de saber pensar e a interacção da energia do pensamento com outras energias, perdeu-se no tempo , como já referimos e voltaremos a referir.

Nos livros sagrados da humanidade, a terra aparece sob o seu aspecto gerador. É a mater. suprema e o seu espirito a sua força, manifesta-se em toda a natureza. As correntes telúricas são a expressão mais evidente dessa força. Foi incorporada no conhecimento dos povos, com nomes diferentes, que tentam definir a sua mobilidade e capacidade de outorgar a sabedoria. Numas culturas é descrita com a figura da serpente, noutras com a do dragão. Na nossa civilização foi denominada em 1849 por W.H.Barlow, sob o aspecto mais prosaico de corrente eléctrica.
Actualmente sabemos que a influência do sol da lua e das correntes eléctricas da ionosféra fazem variar o campo magnético terrestre. Estas variações produzem correntes eléctricas, que circulam no solo por linhas de menor resistência, como falhas geológicas ou rios subterrâneos. Estas correntes detectam-se medindo com um potenciómetro, a diferença de voltagem entre dois eléctrodos enterrados no solo e separados uns centos de metros. Estas medidas efectuam-se em milivóltios por quilometro .
Verificam-se alterações de origem lunar e solar, sendo o influxo do nosso satélite quatro a cinco vezes menor e a sua influencia tem um desfasamento de três horas à sua passagem pelo meridiano.
Outros povos, de outras culturas, souberam aprofundar e conjugar as energias telúricas e cósmicas com as suas energias.
Recorramos a elas para compreender as funções, os sistemas de aproveitamento os seus caminhos e os emissores naturais.
As Funções:
O poder da terra adopta uma multiplicidade de formas quando tentamos compreender os seus efeitos.
Os peregrinos acorrem aos lugares sagrados na esperança de aliviar os seus males; as mulheres abraçam menhíres fálicos e bebem determinadas aguas para atingirem a fertilidade; os noviços de determinados cultos submetem-se ao fluxo telúrico para atingirem estados alterados de consciência que os situem na ante-sala de experiências místicas.
Todo este conjunto de resultados, aparentemente diferente só se destingue pela natureza das pessoas. O beneficio obtido é tanto maior quanto mais complexo for o equilíbrio bioenergético de quem se aproxima da força telúrica ou cósmica. O poder da terra transforma os ritos vitais , fazendo-os recuperar a harmonia e aproxima o indivíduo cada vez mais de uma fusão com a energia cósmica .Esta recuperação da harmonia vital, trás uma melhoria de saúde e uma aquisição de conhecimentos, no sentido oculto do termo.

Os emissores.
A energia telúrica desloca-se por terrenos impermeáveis com base argilosa ou pétrea . No seu fluir pela superfície da terra, fertiliza riachos, fontes e poços. Concentra-se em cavernas e surge no exterior em rochas, colinas e montes. Dos elementos citados, a água e as cavernas são acumuladores de energia, os restantes funcionam como emissores da mesma.
Estas propriedades foram recolhidas pelos construtores megalíticos e interpretadas através do dólmen e do menhir. As funções diferenciadas destas construções implicam a existência de dois tipos de energia, uma a que o dólmen acumula, outra, de sinal diferente, a que o menhir enlaça com as forças celestes . Esta união é necessária para acabar com a 'malignidade' da força telúrica e foi representada simbolicamente pelo mito de (S. Jorge e o Dragão ou pelo Apólo (o Sol),), vencendo a pitão ( a força telúrica ) em Délfos.
Desta maneira, veremos o dólmen relacionado com cultos lunares, dos quais a fertilidade das sementeiras é um dos aspectos . O menhir fálico e solar esta relacionado com a fecundidade feminina. A raça humana depende da união das energias solares e telúricas. Em todos os processos em que o homem se vê implicado há sempre uma combinação de ambas as forças, em que predominarão as celeste como no menhir, as telúricas como no dólmen, ou harmónicamente equilibradas como na catedral Gótica.


Estes caminhos interligados, esta mistura, e porque não esta desordem, fazem parte da procura, na construção da verdade do autor, que vai encerrar esta primeira parte com um tesouro, que pode ser o ponto de partida para um conhecimento profundo, na construção de uma nação, que apesar da sua pequenez, foi, é, e irá ser o farol do mundo.

AS ORIGENS DE PORTUGAL E O SENTIDO DE LUSITANIDADE: de Rainer Dachnhardt , o que vou apresentar não passa de uma síntese de um capitulo, mas aconselho a leitura do livro.

O sentimento da nacionalidade , de nação , pátria , é lógico para qualquer humano com respeito pelos seus antepassados e berço de origem , incompreendido por estrategas desenraizados que dividem países em mapas ou os submetem a organizações gigantescas , cujos interesses e alvos não condizem com a vontade dos seus habitantes .

Quando estes se levantam em autodefesa escrevem historia . Não no sentido de conquistas gloriosas , mas como defensores da sua família ou nação .

Foi esse o sentir de Viriato , ao não acatar a submissão da Lusitânia ao Império Romano .

Portugal , criado no século XII , nove vezes secular , é filho da milenária Lusitânia , repositório das nossas origens , foi aqui que tudo começou . Foi do pó , do amor , do suor e sangue derramados nesta terra , que a identidade Portuguesa se levantou, se expandiu e se fixou .

O pequeno rectângulo, mais ocidental da Europa , foi porto de chegada de muitos povos, que migraram nesta direcção durante milénios consecutivos .

Sabemos da existência de seres que consideramos humanos na nossa região , que nos antecedem em duzentos mil anos . Deixaram provas da sua existência e temos que os considerar como nossos antepassados .

Podemos verificar a evolução destes primeiros habitantes , no espaço hoje denominado Portugal , pelas armas e ferramentas que nos deixaram . Desde os primeiros indícios da utilização de pedras talhadas pelo homem e de chifres de veado transformados .

Eram contemporâneos de culturas evoluídas da Mesopotania e do Egipto , e em relação a estas , muito mais simples . Mas atingiram uma cultura dolmenica de tão grande envergadura que nos deixaram em Portugal cerca de dez mil monumentos megalíticos , que datam entre o 6 º e o 2 º milénio antes de Cristo , e bastante mais antigos que as Pirâmides do Egipto .

Mover pedras de uma dezena ou mais de toneladas , orienta-las de forma que a sua posição indique pormenores precisos , sobre estrelas , planetas ou seus trabantes , alguns impossíveis de ver a olho nu , ainda hoje se torna difícil de explicar .

A Lusitânia ocupava uma grande parte do território português , parte substancial da estremadura espanhola , a zona de Salamanca e Mérida .
Não sabemos os nomes dos primeiros habitantes da Lusitanea, mas sabemos que os Iberos provenientes do Norte de África , se instalaram na Península no segundo milénio antes de Cristo dando-lhe o nome de Ibéria . Estes Ibérios foram classificados por alguns historiadores como possivelmente , descendentes do Ibero-ebero-hebreu , uma das perdidas tribos que saíram do Egipto na época de Moisés . Também é possível que este tenha sido o nome da sua Pátria inicial , porque um dos povos submetidos aos faraós Egípcios foi o povo da ‘’ antiga Ibéria ‘’ , oriundos da encosta do Caucaso , onde mais tarde se formou a Arménia .

Durante o 1 º milénio antes de Cristo , deram-se diversas invasões de povos nórdicos , de origem Celta nomeadamente nos séculos X, VII , VI e V . A partir dessa época passou a classificar-se os povos da península que com eles se tinham misturado como ‘’ Celtibericos ‘’a quem os Lusitanos pertenciam .

Desde o segundo século antes de Cristo , sofreram as invasões Romanas : Nos séculos V , VI e VII depois de Cristo , sofreram a invasão dos Suevos , Vândalos e Visigodos .

Os Lusitanos misturaram-se com todos eles e quando se da a entrada árabe na península no século VIII já não se pode falar em povo Lusitano , mas sim na formação de uma nova cultural denominada '‘ moçárabe ‘’ que inclui Cristãos , Judeus e muçulmanos que vivem harmoniosamente .

Quando D . Afonso Henriques conquistou o poder e liderou a formação de Portugal como nova nação , expulsou os Califados Árabes que se tinham apoderado da zona da antiga Lusitânia . Encontrou um país parcialmente Cristão com uma população resultante da mistura de todos os povos que aqui deixaram a sua marca .

Talvez desta forma se explique a universalidade do português , a génese da grandiosidade da sua alma individual e colectiva .


Este Tesouro refere-se a todo o percurso histórico desde a era megalítica . Voltemos a Viriato , herói dos Montes Herminios , com ele passamos a ter um ponto de referencia um Mito intemporal que perdura ao longo da Historia Lusitana . Há quem afirme que esta palavra significa ‘’ País da Luz ‘’ – Lusitânia - , ou ‘’ Luz Citânia ‘’ , a Cidade da Luz .

Portugal surgiu um milénio depois do desaparecimento de Viriato. O nome de Portugal também nos sugere, e há quem defenda uma origem simbólica . Os livros de historia dizem-nos que Portugal nasceu do Porto mais Cale ou seja da junção de Porto e Gaia . No entanto há quem afirme recorrendo a simbologia que se trata do ‘’ Porto do Gral ‘’ou provavelmente das ‘’ Portas da Gália ‘’ . É curioso verificar que o símbolo comum da Gália e Portugal é o GALO , que os portugueses gostam de ter em suas casas em cerâmica de Barcelos e se encontra nos campanários das Igrejas. Encontramos na historia uma ligação muito estreita entre Portugal e Gália .
Há um fenómeno interessante em Portugal que é a forma circular, reflectida tanto na psique do povo como na geografia do país .
De avião podemos observar muitos dos nossos terrenos configurarem círculos gigantes e perfeitos, configurando áreas que correspondem ao elemento circular .
Podemos ainda constatar a tendência natural que as pessoas tem, em reunirem-se instintivamente em circulo .

Com D . Afonso Henriques , surge não o primeiro Mito Lusitano mas o primeiro Mito Português .
D . Afonso Henriques venceu cinco reis mouros na batalha de Ourique , no escudo da nação temos as cinco quinas que recordam esse evento . Temos ainda um segundo Mito que foi a aparição de Jesus Cristo ao primeiro rei português e que ele narra em 29 de Outubro de 1152 em Coimbra , perante muitos fidalgos , entre os quais Mem Peres , que redigiu a pedido de Mestre Alberto, conselheiro de El-Rei a seguinte carta :

‘’ Eu Afonso , Rei de Portugal , filho do Conde D . Henrique , neto do grande Rei D . Afonso , diante de vós , Bispo de Braga , Bispo de Coimbra e Teodosio e de todos os demais vassalos do meu Reino , juro em esta Cruz de metal e neste livro dos Santos em que ponho as minhas mãos que sou um miserável pecador , vi com estes olhos indignos Nosso Senhor Jesus Cristo ...e disse entre mim mesmo : Mui bem sabes , Senhor Jesus Cristo , que por amor vosso tomei sobre mim esta guerra , contra vossos adversários , em vossa mão esta dar a mim e aos meus fortaleza , para vencer os blasfemadores do vosso nome ...A que fim me apareceis Senhor ? Quereis por ventura acrescentar Fé a quem tanta tem ? Melhor é por certo que vos vejam os inimigos que não crêem em vós , que eu desde a fonte do baptismo , vos conheci por Deus ...O Senhor com um tom de vós suave que minhas orelhas indignas ouviram ,me disse ‘’ Não te apareci deste modo para acrescentar a tua fé mas para fortalecer teu coração, neste conflito , e fundar os princípios do teu reino , sobre pedra firme . Confia Afonso , porque não só venceras esta batalha , mas também todas as outras em que pelejares contra os inimigos da minha Cruz ...Acharas tua gente alegre e reforçada , e te pedirão que entres na batalha com o titulo de Rei ....Eu sou o fundador e destruidor de reinos e impérios e quero em ti e teus descendentes fundar , para mim , um império para cujo meio seja a meu nome publicado entre as nações mais estranhas ‘’....E que isto se passasse na verdade juro eu , D . Afonso , pelos Santos evangelhos , tocados com estas mãos .

O espirito Lusitano esteve latente durante um milénio , entre Viriato e Afonso Henriques , que funda Portugal histórico e herda um património mais mítico que histórico , que importava preservar e levar para a frente . No tempo de D . Fernando surge a primeira crise histórica , que culmina na batalha de Aljubarrota . Inicia-se a segunda dinastia , que abraça com o Infante D . Henrique o projecto náutico de Portugal , com D . Sebastião acaba o projecto e surge uma nova crise que leva a perda da independência , Portugal renasce de novo com D . João IV , mas logo a seguir começa haver uma perda gradual do conhecimento , da nossa historia e das nossas convicções , até chegarmos ao presente momento .

Estamos num ciclo baixo , mas a nossa característica circular indica que nos podemos levantar de novo .

Afonso Henriques fez historia porque tinha um Mito , prometeu a São Bernardo de Claraval que se conquistasse Santarém aos mouros , mandaria construir um mosteiro para a Ordem de Cister em Portugal e cumpriu .

Os Cistercienses fixaram-se em Alcobaça e tiveram um papel muito importante na historia do nosso país , a nível material e espiritual .

Os Frades de Cister não eram passivos , contemplativos , eram Monges de acção que operaram uma enorme transformação das mentalidades , ensinaram novas técnicas , na agricultura , arquitectura , ciências , e transmitiram uma mística poderosa .

É essa mística inspirada por São Bernardo , que esta directa ou indirectamente, por detrás do grandioso projecto marítimo Luso .

São Bernardo , redigiu o regulamento da Ordem do Templo ,aumentou em Portugal o apoio aos Templários . Estes , como Ordem monástico –militar de cariz esotérico , lutaram ao lado de Afonso Henriques , deixando marcas impressionantes na historia secreta de Portugal , que não teria sido o que foi sem estes antecedentes .

Os Templários foram protegidos por D . Dinis que , para evitar um conflito directo com o Papa , mudou o nome de Ordem do Templo, para Ordem de Cristo . Temporariamente viram-se obrigados a deixar Tomar, foram para Castro Marim de onde regressaram a Tomar ainda no século XIV . A partir daí começa a preparação cientifica e missionaria dos descobrimentos .

Os descobrimentos Portugueses tiveram um cariz diferente do dos outros povos , os capitães portugueses eram gente de élite altamente preparados a nível cientifico e militar, com uma enorme força moral e espiritual .

Olhemos os nossos vizinhos espanhóis, que ao mandarem o aventureiro Pizarro para a América, originaram o massacre dos Incas , o mesmo fazendo Cortez com os Aztecas no México .

Importa sublinhar esta diferença de atitude , e vale a pena olhar o que esta por detrás dessa diferença .

E pensar , que o tesouro oculto é de ordem espiritual , que esta adormecido mas tende a renascer .
Temos inúmeras tradições ainda vivas que urge reactivar .

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