Paulo ‘’Apostolo’’ ou impostor?
Paulo não pretendeu divulgar o Evangelho de Jesus, mas sim o seu Evangelho, do seu Deus e do Messias Davidíco, do Cristo por ele idealizado, que traduz em Grego: Cristos, que não é o nome próprio, mas o de uma função.
Insiste no anátema de quem quer que anuncie outro Evangelho alem do seu;
« que seja maldito quem vos anunciar uma Boa Nova diferente daquela que eu próprio vos anunciei» Galatas(1,8).
Um apostolo a amaldiçoar é algo que não cabe na cabeça de gente de bom senso, é magia negra.
Estabelece uma regra estranha, para não dizer duvidosa para um missionário, não prega junto de outros apóstolos:
« Tive a preocupação de só anunciar a Boa Nova onde Cristo não era conhecido, para não estar a construir sobre fundamentos alheios» (Rm. 15,20).
É evidente que os seus fundamentos não eram os de Jesus O Cristo, e como diferentes que eram, não teriam efeito por onde Jesus Cristo tinha passado.
Isto é claro como continuaremos a ver, Paulo distancia-se dos ensinamentos de Jesus Cristo e dos apóstolos.
Nunca cita as palavras ou acções de Jesus, nas suas cartas nada se encontra sobre as palavras ou actos da vida de Jesus.
Se Paulo, depois da perturbante aparição que diz sofreu, queria divulgar a mensagem de Jesus, porque esperou três anos para se informar sobre a vida dos que a testemunharam?
Porque não elaborou uma teologia de acordo com a dos discípulos que viveram com Jesus O Cristo?
Vangloriando-se da aparição, desprezando estas testemunhas:
« fui chamado para ser apostolo não pelos homens, nem por qualquer intermediário humano, (GI. 1,1)» .
Age sem pedir conselhos a ninguém e sem voltar a Jerusalém para se encontrar com os que eram apóstolos antes dele (GI. 1,16-17).
«Passados três anos, fui a Jerusalém para me encontrar com Pedro e não vi nenhum outro apostolo a não ser Tiago, o irmão do Senhor (GI. 1,18-19).
Justifica este episódio pelo privilegio especial que teria recebido, dispensando-o assim de evocar um Jesus vivo, que fala-se a agisse:
« A Boa Nova que eu vos anunciei, não é de origem humana. não a aprendi de qualquer pessoas, mas foi O Senhor Jesus Cristo que ma deu a conhecer (GI. 1,11-12).
No Evangelho de Paulo, Cristo não lhe aparece como homem, mas como um Deus, com os atributos do poder (Rm. 2,16).
« Catorze anos mais tarde voltei a Jerusalém (GI.2,1)» . E é para lhes dar uma lição:
«Expliquei-lhes a Boa Nova que anuncio aos não Judeus (GI.2,2).
E «vi que não estavam a comportar-se como deviam em relação a Boa Nova (GI. 2,14).
Critica Pedro, repreende-o fortemente porque merecia ser repreendido (GI. 2,11).
Paulo, com base em revelações que temos todo o direito de considerar duvidosas, pela forma como se apresentam, nem sempre correspondem a verdade, na maior parte dos casos, representam, são a expressão de fantasmas, de imaginações, e até de loucuras. Os paranóicos ou megalómanos estão sujeitos a estas perturbações, quando estão convencidos de que devem desempenhar uma missão de que foram incumbidos por entidades superiores.
Mesmo o homem são e equilibrado, só pode acreditar nelas até certo ponto.
Paulo subverteu os ensinamentos de Jesus Cristo, baseando-se neste tipo de revelações, sobrepondo o seu Evangelho, ao de Jesus Cristo, direccionando toda uma teologia para o Judaísmo Cristão.
Quando Jesus se tinha demarcado, dessa teologia.
O Pastor Stauffer( em Jesus Gestalt), da Faculdade de Teologia de Zurique, vai mais longe é ainda mais radical: «Jesus anuncia uma nova mensagem de Deus, uma nova religião, uma nova moral que não tem qualquer relação com a Tora».
Este rol de diferenças ainda esta longe do fim, mas vamos ficar por aqui, citando (1 Co. 15, 8 e 9 ), em que Jesus considerou Paulo, como o «mais pequeno» e como um «aborto».
Se assim o considerava, esta aparição do próprio Cristo, a alguém que não considerava com mérito suficiente para fazer parte do seu leque de discípulos e a quem não tinha em boa conta, perde toda a consistência, a luz da razão não é verdadeira.
Paulo não fazia parte dos Apóstolos, não tinha a confiança de Cristo.
E, mais uma vez Jesus Cristo não se enganou.
Paulo foi a grande negação da doutrina de Cristo e o suporte de um Judaísmo já ultrapassado, fora do tempo, de que Jesus O Cristo se distanciou.
O ministério de Jesus não deve ser visto como uma reforma do Judaísmo, é algo de completamente novo, inconciliável com o sistema tradicional, que vigorava na época.
Dois mil anos passaram,
Muita água passou debaixo das pontes,
E ..., outras inquinadas se analisaram,
Que boas recordações não deixaram.
Subam-se os rios,
Da foz a nascente,
Encontrem-se outras aguas,
Que revigoram outras gentes,
Cristalinas, puras,
Que jorram nas fontes,
Que formam correntes,
Que saciem a sede a muita gente.
Muitos ventos sopraram nos montes,
Arejando as mentes,
Faz-se historia,
Derrubam-se falsos profetas e crédulos crentes,
Estes últimos,
Sem razão e sem culpa,
Porque são inocentes.
Cruzam-se conhecimentos,
Reconstrói-se passado e presente,
Visando um futuro,
Mais límpido diferente.
Desenha-se o perfil de um novo homem,
Que do velho se distancia,
E se deseja com uma nova mente,
Direccionada para um cosmos trasbordante de vida,
Um Deus radiante de luz, amor e harmonia,
De inegável realeza, diferente.
Quem nos leu e compreendeu, já não lhe é difícil perceber que tipo de forças Paulo movimentou, os caminhos que percorreu, os labirintos onde se meteu, e aonde conduziu a organização religiosa de que fez parte.
Deus, Amor e Verdade:
Ao longo deste livro, utilizamos com alguma frequência estes termos, para definir as situações descritas.
Mas também aqui devemos fazer uma analise, mesmo que superficial, para que melhor se possam entender.
Deus, imaginamos um Ser, cuja inteligência nos transcende, e obviamente não conseguimos definir neste plano físico, Jesus O Cristo apresentou-o como estando em tudo e todos.
Mesmo com os relatos que nos chegam das literaturas espiritualistas, não é possível imagina-Lo em toda a sua extensão.
Dizer que se fala com Deus, como com o vizinho da lado é pura especulação.
Amor e Verdade; outro paradigma que nos deve merecer alguma atenção:
Amor; é uma palavra ambígua, que muito naturalmente nos pode levar ao desamor e a injustiça.
Amor sem verdade e justiça, não é amor, pode enquadrar-se num quadro satânico.
Vejamos; um pai que ama um filho, devota-lhe montanhas de amor e carinho, ao ponto de não ver que o esta a estragar, adulterar o seu caracter, mimando-o deixando-o fazer tudo o que ele quer, esta a deixa-lo gerar o seu pior inimigo, o egoísmo, que o vai destruir pela vida fora.
Este filho que vai suceder ao pai, na fabrica, nos negócios, de que dependem outras famílias, acaba por ser nocivo a essas famílias, por destruir o que o pai criou.
Este pai que tanto ama, acaba por ser o grande destruidor, do ente a quem devotou amor.
Este tipo de amor, não é o amor de que falamos, é um amor doentio, que enferma de Inteligência, verdade e justiça.
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