Aboboreira: Serra bendita!
Pombas brancas.
Acabara de perder
o segundo ente querido
O turbilhão de
sentimentos que me povoavam alma e coração
Fui partilhar
contigo
Serra bendita…!
Recetáculo do meu
amor... e da minha desdita.
Subi ao penedo
mais alto
A seguir a
serrinha
A desdita era tua
e minha
Estavas rodeada de
chamas
O fumo e a
borrasca pairavam no ar
Os dois... com o coração
a sangrar.
Em cima do penedo
Com os olhos da
mente
Olhar vago... perdido
Neste mundo insólito
Que não fazia
sentido.
De repente... a
minha frente
Num espaço de
verdura junto a rocha
Poisaram duas
POMBAS BRANCAS
De imaculada
alvura
Indiferentes a
minha presença
Transmitiam pureza…
e inolvidável ternura.
Elevaram-se no ar
Segui-as com o
olhar
Para tentar
decifrar
A sua proveniência
O seu lugar.
Perderam-se no espaço
Não eram deste
lugar
Vieram deixar uma reste-a
de esperança
E para sempre
ficar…,
Na minha lembrança.
Meu filho... que acabara
de partir
Na sua primeira
quadra
Seu primeiro
poema
Desenhou uma Pomba
branca
Com um ramo de
oliveira no bico
E dizia:
‘’Quero um mundo
novo
Onde reine
harmonia e paz
Cresça e viva
Um novo rapaz’’.
Pombas brancas,
Que retenho na
memoria,
Fazeis parte da
minha vida,
Da minha história.
AMO-VOS,
POMBAS BRANCAS.
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