A classe política portuguesa,
inverteu a ordem natural das coisas.
Portugal é um espaço, onde os
portugueses têm as suas casas e as suas vidas. Sem espaço e portugueses, não havia
uma figura jurídica, reconhecida por outros países, outros povos, neste caso, Portugal.
Seja qual for a grandeza da figura
jurídica, tem os seus empregados, para cuidar e tratar, dos trabalhos e
interesses inerentes ao coletivo. Para isso pagam os seus direitos, que formam
um bolo para ser gerido (pelos que deviam ser considerados seus trabalhadores),
de forma correta, honesta, justa.
Os políticos deviam ter plena consciência
de que são trabalhadores do povo, que os mandata através do voto, daí a ser o
seu patrão.
Sem povo, não há políticos ou
trabalhadores.
Nos atos eleitorais,
reconhecem disfarçadamente aos povos essa qualidade de patrão, usam a maior subserviência,
acrescida de promessas, que a partida sabem que não vão cumprir. Depois de
eleitos, o caso muda de imediato de figura, vestem as vestes da prepotência e arrogância,
e é o povo, que passa de patrão a subserviente, legislam nas costas do povo, em
benefício próprio, contra o povo, porque são os donos da lei.
Desde o louco Vasco Gonçalves,
até ao ditador Pedro Passos Coelho, nunca o povo foi informado da real situação
do país, nem de decisões importantes relacionadas com a política externa. A
entrada na União Europeia, e adesão ao euro, foi imposta por mecenas de pés de
barro, com histórias mal contadas. Nunca estas adesões foram devidamente
debatidas e clarificadas, para com rigor se analisarem os prós e os contras.
Hoje, a grosso modo,
verifica-se que tiveram mais contras, que prós, e estamos na contingência de
voltar ao escudo com uma enorme divida as costas.
O povo português, tem se
assumir como patrão, e deixar de ser capacho de sofistas, que usurparam a sua
qualidade de patrão. Deixando-se enganar, por indivíduos que demonstraram na prática,
uma incapacidade notória, em governar o que é dos outros, açambarcando o que não
lhes pertence de direito.
A ingenuidade, desleixo, apatia
ou ignorância, do povo português, em dar as rédeas do poder a pequenos grupos
de indivíduos, sem uma rédea curta, um controlo apertado, ficou-lhe
extremamente cara, comprometeu as suas vidas e as dos seus vindouros.
Sejamos crédulos, mas não tanto.
JPF
06/03/13
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