Políticos e as suas raízes.
Seja qual for o problema que
se nos depara, a meu ver, deve ser analisado a partir da sua raiz. De outra
forma remenda-se, em lugar de resolver o problema.
A democracia para os
portugueses, não é um problema, é um desastre catastrófico, de contornos
gigantescos, com raízes profundas. E são estas raízes que devem ser analisadas,
para se arranjar o antidoto, e possam ser neutralizadas.
Não é segredo para ninguém,
que ao longo de seculos, os poderes políticos e religiosos andaram de mãos dadas.
Tempo em que o ensino se degradou a todos os níveis, uma vez que não interessava
aos poderes instituídos, um povo inteligente, culto. Aliás, estes dois poderes,
tudo fizerem para amordaçar o conhecimento, basta recorrermos a história para o
confirmar.
O homem foi impedido de se
conhecer a si próprio, facto que se refletiu no ensino, impedindo o menino
homem, de conhecer os domínios da mente, efeitos dos pensamentos, de aprender
corretamente a pensar, conjugando o seu crescimento físico e intelectual de
forma sustentada, equilibrada com valores éticos e morais, indispensáveis na
vida do homem/mulher.
Os poderes políticos e
religiosos, adulteraram a mentalidade do homem no mundo ocidental, quartaram-lhe
o conhecimento, baixaram-lhe a mentalidade, esconderam-lhe os valores éticos e
morais, nivelando por baixo a civilização ocidental. E criaram duas faixas,
dois polos distintos, onde a faixa negativa, sem valores éticos e morais, se sobrepôs
a positiva, escrevendo uma história terrível.
Portugal não fugiu a regra,
saiu de uma ditadura, onde o conhecimento que contraria-se o credo religioso
vigente, era censurado, proibido. Humanistas, ou defensores do bem comum, eram considerados
comunistas, mesmo sem o ser, e convidados a sair do país. Quando se deu o 25 de
Abril de 1974, estavam criadas as condições para que continua-se a predominar o
obscurantismo. Uma larga faixa do povo português não estava preparado para
separar o trigo do joio.
Hoje é histórico que Portugal foi
governado pela faixa negativa do tecido social em que vivemos. E para que se
altere o paradigma, a meu ver, é necessário criar um sistema político, que
impeça a concentração de poderes em pequenos grupos fáceis de corromper, e, ao
mesmo tempo, remodelar completamente o ensino. Sem a recuperação de valores
éticos e morais, continuar a endeusar homens singulares, e depor em seus ombros
os destinos de um povo, é extremamente arriscado.
JPF
04/03/13
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