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domingo, 3 de março de 2013

Políticos e as suas raízes.




Políticos e as suas raízes.

Seja qual for o problema que se nos depara, a meu ver, deve ser analisado a partir da sua raiz. De outra forma remenda-se, em lugar de resolver o problema.

A democracia para os portugueses, não é um problema, é um desastre catastrófico, de contornos gigantescos, com raízes profundas. E são estas raízes que devem ser analisadas, para se arranjar o antidoto, e possam ser neutralizadas.

Não é segredo para ninguém, que ao longo de seculos, os poderes políticos e religiosos andaram de mãos dadas. Tempo em que o ensino se degradou a todos os níveis, uma vez que não interessava aos poderes instituídos, um povo inteligente, culto. Aliás, estes dois poderes, tudo fizerem para amordaçar o conhecimento, basta recorrermos a história para o confirmar.

O homem foi impedido de se conhecer a si próprio, facto que se refletiu no ensino, impedindo o menino homem, de conhecer os domínios da mente, efeitos dos pensamentos, de aprender corretamente a pensar, conjugando o seu crescimento físico e intelectual de forma sustentada, equilibrada com valores éticos e morais, indispensáveis na vida do homem/mulher.

Os poderes políticos e religiosos, adulteraram a mentalidade do homem no mundo ocidental, quartaram-lhe o conhecimento, baixaram-lhe a mentalidade, esconderam-lhe os valores éticos e morais, nivelando por baixo a civilização ocidental. E criaram duas faixas, dois polos distintos, onde a faixa negativa, sem valores éticos e morais, se sobrepôs a positiva, escrevendo uma história terrível.

Portugal não fugiu a regra, saiu de uma ditadura, onde o conhecimento que contraria-se o credo religioso vigente, era censurado, proibido. Humanistas, ou defensores do bem comum, eram considerados comunistas, mesmo sem o ser, e convidados a sair do país. Quando se deu o 25 de Abril de 1974, estavam criadas as condições para que continua-se a predominar o obscurantismo. Uma larga faixa do povo português não estava preparado para separar o trigo do joio.

Hoje é histórico que Portugal foi governado pela faixa negativa do tecido social em que vivemos. E para que se altere o paradigma, a meu ver, é necessário criar um sistema político, que impeça a concentração de poderes em pequenos grupos fáceis de corromper, e, ao mesmo tempo, remodelar completamente o ensino. Sem a recuperação de valores éticos e morais, continuar a endeusar homens singulares, e depor em seus ombros os destinos de um povo, é extremamente arriscado.

JPF
04/03/13  

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