A conturbada
politica portuguesa:
Portugal
vive momentos difíceis, onde se nota um desnorte em todos os quadrantes políticos,
dentro e fora dos partidos.
Os partidos
políticos, em face do estado caótico a que Portugal chegou, tiveram uma
oportunidade de ouro, para inverter os caminhos seguidos, apontando medidas drásticas,
redutoras de despesismos a todos os níveis, visando uma mudança de rumo das políticas
seguidas. Uma mudança credível, que convence-se os portugueses, com verdade, de
que iriamos entrar num crescimento sustentado.
Não o
fizeram.
Por outro
lado:
Generaliza-se
a ideia de que o sistema tem de ser alterado, para que os portugueses sejam
mais interventivos, em ações que lhe dizem diretamente respeito, bem-estar
comum.
Nos grupos
que apelam a abstenção, meio para demonstrar que os portugueses não estão com o
sistema, também há alguma confusão na interpretação da democracia direta, que
deve ser clarificada, para evitar determinadas conotações, que não servem a
democracia direta, nem os interesses gerais dos portugueses.
De acordo
com alguns comentários, estão a conotar a democracia direta com a esquerda,
alegando que a maioria do povo é quem trabalha, portanto é de esquerda. Essa
conotação a meu ver é uma inverdade, um erro, que afasta muita gente.
Numa
democracia direta não há direitas nem esquerdas, há portugueses com direito a
voto, que no conjunto, em harmonia e paz, escolhem os melhores para governar.
As esquerdas
ou direitas existem nos sistemas partidários, que são de má memória, uma vez
que dividem para reinar, originando modernas batalhas medievais, acrescidas de
despesismos com partidos, que pesam nos cofres do estado.
É bom que os
portugueses percebam, que numa democracia direta, não há esquerdas nem
direitas. E ainda, que há mais legitimidade democrática, que num sistema
partidário.
Uma
democracia direta, prevê a escolha de executivos em espiral, a partir das
bases, sem cores partidárias, grupos de pressão, e do poder mediático. Logo sem
a influência de grupos divisionistas, que impedem que haja independência na
escolha dos melhores e mais aptos.
Exemplo:
Os
habitantes de um lugar, no seu conjunto, escolhem quem os represente na
assembleia de freguesia.
A assembleia
da freguesia, é constituída por um representante de cada lugar, e por sua vez, nomeia um representante, para a assembleia
municipal, esta nomeia um ou mais elementos para os órgãos distritais do país,
dos órgãos distritais, saem os deputados para a assembleia da república.
São as
assembleias, que devem ser dotadas de poder deliberativo, para evitar
concentrações de poder em pequenos grupos, os elementos nomeados para governar,
devem faze-lo de acordo com as deliberações das assembleias.
Este sistema
é mais democrático, mais abrangente, e sem cores partidárias e vendas de banha
da cobra, permite escolher os que a partida, são mais aptos para desempenhar
funções governativas.
Um sistema destes,
abrange todos os portugueses indiscriminadamente, em torno de um ideal comum,
que deve ser de humanismo puro: Rigor Governativo, em harmonia, fraternidade e
verdade.
Esquerdas e
direitas, com lutas intestinas entre si, foi chão que deu uvas muito amargas,
que se transformaram em vinagre.
É este o
esboço, que naturalmente peca por defeito, do meu conceito de democracia
direta.
JPF
06/06/13
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