Não façamos sofrer, nem sofras, com os que partem
para outra dimensão.
Nada na vida de cada um de nós acontece por acaso,
o desconhecimento da cadeia cósmica em que vivemos, leva-nos a uma cultura de
valores que se prendem com os mundos materiais, considerando o corpo físico
como ser primeiro, quando não é essa a realidade. O nosso espirito é o nosso
ser primeiro, verdadeiro, esta antes da alma, do perispírito, e dos sentidos. É
um caminhante do cosmos, imorredoiro.
O corpo físico, desintegra-se, transforma-se, é
finito, serve o espirito para se comunicar, se aperfeiçoar nos mundos terrenos
onde veio cumprir uma fase do seu aprendizado, nos caminhos cósmicos.
Nada de mais errado, quando ouvimos dizer que os
mortos nos falam. Quando através de comunicações mediúnicas falamos com
entidades espirituais, estamos a falar com um ser, um espirito, mais liberto e
vivo, que o que anima o nosso corpo neste plano, que utiliza os mecanismos do
corpo físico, de outrem, para se comunicar.
Os que nos desviaram deste conhecimento, negando-o,
para imporem as suas inverdades, esconderam-no, mas, como é usual dizer-se,
deixaram o gato com o rabo de fora. Eles próprios fazem exorcismos, forma
errada de comunicar com os espíritos. E, para branquear o erro, atribuem-lhes o
nome de diabos, quando são espíritos como os que nos animam em fases mais
atrasadas, que precisam de ajuda, e não de serem escorraçados e maltratados. Os
homens que fazem os exorcismos, são dotados de espíritos, tao atrasados, como
os que exorcizam. Estes espíritos precisam de ser encaminhados, com a palavra
amiga e muito amor, para que de livre vontade, deixem os mundos errados e
encontrem os caminhos que devem seguir.
E, para acentuar as suas inverdades, para nos
desviarem dos mundos dos espíritos, apresentam-nos a alma, que é uma força
anímica, proveniente da génese humana, e da espiritual, que faz a ligação entre
o sistema nervoso e o espirito, nosso ser primeiro.
O perispírito é um corpo energético, dotado de
energias mais rarefeitas que as do corpo físico, a semelhança do corpo físico,
mas também material, é o corpo em que os que passam pelos estudos do E Q M, e E
F C, se veem, assim como alguns animais e os videntes. Também ele fruto da
génese humana e espiritual.
Quando o espirito desencarna, e não está preparado
para subir a planos superiores, fica ligado a terra, em mundos astrais
denominados de irraticidade ou vale das sombras, onde os espíritos continuam a
dispor de alma, perispírito e parte do sistema nervoso. São os espíritos
atrasados, que se procuram aproximar de outros encarnados, dos mesmos planos
vibratórios, negativos, que estão na base das obsessões, que dão origem aos
exorcismos, e pelos cegos exorcistas, são denominados de diabos das escrituras.
Quando os espíritos desencarnam e estão preparados
para subir a planos vibratórios superiores, onde tem falanges de espíritos
afins, com a mesma evolução, e os mesmos planos vibratórios. A alma,
perispírito e sistema nervoso, extinguem-se, tal como o corpo físico. Se vierem
a ter necessidade de voltar a encarnar num outro corpo físico, terão a mesma
génese espiritual, mas uma génese humana diferente, uma alma diferente e um
perispírito diferente. De acordo com o agregado familiar onde decide
reencarnar.
Tudo isto para dizer, que a morte é uma porta para
outra dimensão, que deve ser encarada com naturalidade. E ainda, que não
devemos sofrer, nem fazer sofrer quem parte. Estamos ligados por energias, que
nos ligam nos dois planos, físicos e espirituais. Se o espirito que partiu
pertence a um plano vibratório superior, sofrendo, estamos a faze-lo sofrer. A
postura certa é dedicar-lhe muito carinho, muito amor, mas sem sofrimento ou
saudade, conscientes de que partiu quando tinha de partir, e que continua ao
nosso lado, numa dimensão diferente, até ao reencontro.
Se o espirito que partiu, não subiu, continua nos
planos de irraticidade, ainda dotado de parte do sistema nervoso, perispírito e
alma. Porque é de baixos planos vibratórios, portanto atrasado, estamos atrair
tormentos e a causar tormentos. Ele sofre porque não pode usufruir na
plenitude, aquilo que considera lhe pertence. Os familiares porque são afetados
com as suas vibrações baixas.
Recordemos quem parte com amor e carinho, sem
sofrimentos, sem saudade.
JPF
13/06/13
Sem comentários:
Enviar um comentário