Musicas das esferas e cores,
foram-me descritas, num dos primeiros contatos com um espirito das trevas.
Acabava de me iniciar nos
mundos da filosofia, debaixo da égide do grande filósofo e humanista, Dr.
Heliodoro Frescata. Quando num sábado ao fim da tarde recebo a visita
inesperada, de um amigo da mesma área, que com cara de preocupação me diz que
precisava da minha ajuda, que a mulher se encontrava em transe e não conseguia
traze-la de volta. Respondi-lhe que estava completamente por fora dessa área,
como ele muito bem sabia. Insistiu, acompanhei-o, quando entramos em casa, a
mulher, estática, sentada num dos cantos da sala, estava completamente fora do
nosso mundo.
Preparamos um cinzeiro com algodão,
álcool canforado e incenso, e quando lhe chego um fosforo, o meu amigo, deitou
as mãos atrás do pescoço, e ficou possesso, debaixo do domínio de uma entidade
arrogante e agressiva, com os pelos e cabelos eriçados, vi-me com dois problemas,
que não sabia como resolver.
Entramos num diálogo de
loucos, com um só sentido, onde a entidade vazava toda a sua prepotência e
vaidade, minimizando a minha real ignorância. Senhor de uma grande serenidade,
e com argumentos que eu próprio desconhecia, fiz-lhe sentir que os seus vários cursos,
e inúmeros espíritos que lhe obedeciam cegamente, não invalidavam que estivesse
do lado errado, e fosse tao infeliz como eles, uma vez que também tinha espíritos
a quem considerava superiores, que o humilhavam da mesma forma. Esta argumentação
fez mossa, e entramos num diálogo mais ameno, mais consertado, numa parada de
perguntas e respostas, chegando ao ponto de me perguntar como podia saber se
era verdade o que lhe estava a dizer (eu próprio não sabia se era verdade, nem de
onde me vinha aquela argumentação). Respondi-lhe é simples, tens ao teu
lado o guia espiritual, ele mostra-te o outro lado, vês, comparas e fazes a opção.
O rosto do meu amigo,
transfigurou-se de carrancudo, numa cara de fascínio, de espanto, de suavidade,
e começou a descrever-me as músicas das esferas e cores, com uma precisão que não
descansei enquanto não as confirmei, lendo Pitágoras. Depois deste fascínio,
agradeceu-me e seguiu com o seu guia.
Com tudo isto, não tinha
percebido, que a mulher do meu amigo já estava a meu lado assistir a toda a argumentação.
Quando o meu amigo voltou ao normal, ela pergunta-me onde tinha aprendido a
falar com as entidades espirituais? Respondi-lhe; em lado nenhum, nem eu sei
bem o que disse. Hoje a resposta continua a ser simples, estava a ser assistido
por entidades de planos superiores, que me imbuíram de uma enorme calma, e intuíam
o que devia dizer.
O meu amigo, alheio a tudo o
que se tinha passado, queria que lhe reproduzisse o que se tinha passado.
Recusei porque precisava de calmamente fazer a reconstituição.
Este caso, inesperado e inédito,
levou-me a uma investigação profunda nesta área, a assistir a fenómenos fantásticos.
E a concluir, que estas entidades perdidas em baixos astrais, precisam de quem
as ajude, a encontrar os caminhos do conhecimento, da luz, e não de quem as
maltrate, como infelizmente acontece, com os exorcismos de seitas e religiões.
Todos temos mediunidade, todos
recebemos intuições, positivas ou negativas, dependendo dos nossos
conhecimentos, e consequentes planos vibratórios em que nos encontramos. A
mediunidade de incorporação, vidência, psicografia e outras, fazem parte do
karma, da missão da pessoa, para ajudar estas entidades, indicando-lhes os
caminhos do amor e verdade.
Considerar estas entidades
como grandes diabos, é desumano, criminoso.
JPF
27/01/13
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