Demagogias; de um sistema politico doente:
Depois de ler, e reler o manifesto
a candidatura de um partido, completamente dececionado, com a sua ausência de
conhecimentos da realidade do país, que não admira, é Madeirense, fiz uma crítica,
também ela demagógica uma vez que numa escala de (0) a (20), lhe dava (0), sem explicar
as razoes desse (0).
Hoje com mais tempo, venho com
alguns exemplos, tapar a lacuna da minha demagogia, começando pelos pontos mais
desertificados do país.
Os políticos que temos tido, só
conhecem os grandes centros urbanos, aqueles onde se concentram mais votos, e
politicamente lhes interessam mais. Numa autêntica deslealda com as zonas
rurais, que votadas ao abandono, cada vez ficam mais desertas.
Hoje, ninguém tem duvidas, que
retirar pessoal da agricultura, e do mar, em conluios com a E.U, serviu para
desertificar e afundar mais o país.
Fizeram-se cortes drásticos nas
cotas de pescas, leite e agricultura! E não se vê manifestos políticos, a
recuperar, ampliar, e dotar estes tecidos de produção, com mecanismos que lhes
permitam ser rentáveis, dar empregos e minimizar a fome.
As Caixas de Credito Agrícola, sistema bancário mais seguro do país,
uma vez que tem ou tinha, um fundo de garantia, composto pela caixa central,
banco de Portugal e ministério das finanças, para o qual todas as caixas
participavam, aliado a um controlo rigoroso, através de auditorias periódicas,
e do envio dos balancetes mensais, a caixa central e banco de Portugal. Sistema
regional, onde as poupanças, os depósitos eram aplicadas no desenvolvimento das
suas zonas. E geridas sem encargos, pelas pessoas mais credíveis da zona, que
sabiam a quem emprestavam fundos, diminuindo assim os créditos mal parados.
Foram descaracterizadas, centralizadas, uma vez que em poucos anos, atingiram
um número de balcões equiparados aos da caixa geral de depósitos,
transformando-se em fortes concorrentes, do grande capital, que recolhem as
poupanças nas zonas rurais, para negociar e aplicar nos grandes centros
urbanos.
O Sistema cooperativo, ficou a meio da sua implantação,
transformaram-se cooperativas em meras casas comerciais, em alguns casos
alheias a sua função reguladora de preços de mercado, com preços superiores aos
dos mercados paralelos. Nos meios mais pequenos, uma cooperativa mista, deve ser
uma entidade reguladora de preços, gerida pelas populações locais, incentivada
pelas autarquias, visando custear despesas, sem fins lucrativos. Viradas para
os mais diversos meios de produção agrícola e agropecuária, fornecendo alfaias
e sementes de qualidade, por bons preços, apoiando tecnicamente, com
conhecimentos e máquinas. E, escoando os produtos sazonados, a preços justos,
para evitar que os intermediários, levem a parte de leão, e quem produz, veja
reduzido o seu pão.
Dois exemplos dos muitos que poderiamos apresentar!
É óbvio que em termos políticos,
a começar por uma participação das bases, e as formas como deve ser feita essa participação,
alargada aos meios de produção, fundamental para que se faça um crescimento
sustentado, com as reduções de despesismos necessários ao equilíbrio económico e
social. Há uma infinidade de argumentos pragmáticos, que passam ao lado dos líderes
ou de pretensos líderes políticos, que optam por críticas vazias, ocas, acintosas,
maldosas, que não levam a lado nenhum, e só demonstram a ausência de valores, que levou ao estado caótico em que Portugal
se encontra.
Assim não vamos lá, é necessário crescer
primeiro e fazer politica depois.
JPF
08/04/13
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