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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Demagogias; de um sistema politico doente:






Demagogias; de um sistema politico doente:

Depois de ler, e reler o manifesto a candidatura de um partido, completamente dececionado, com a sua ausência de conhecimentos da realidade do país, que não admira, é Madeirense, fiz uma crítica, também ela demagógica uma vez que numa escala de (0) a (20), lhe dava (0), sem explicar as razoes desse (0).

Hoje com mais tempo, venho com alguns exemplos, tapar a lacuna da minha demagogia, começando pelos pontos mais desertificados do país.

Os políticos que temos tido, só conhecem os grandes centros urbanos, aqueles onde se concentram mais votos, e politicamente lhes interessam mais. Numa autêntica deslealda com as zonas rurais, que votadas ao abandono, cada vez ficam mais desertas.

Hoje, ninguém tem duvidas, que retirar pessoal da agricultura, e do mar, em conluios com a E.U, serviu para desertificar e afundar mais o país.

Fizeram-se cortes drásticos nas cotas de pescas, leite e agricultura! E não se vê manifestos políticos, a recuperar, ampliar, e dotar estes tecidos de produção, com mecanismos que lhes permitam ser rentáveis, dar empregos e minimizar a fome.  

As Caixas de Credito Agrícola, sistema bancário mais seguro do país, uma vez que tem ou tinha, um fundo de garantia, composto pela caixa central, banco de Portugal e ministério das finanças, para o qual todas as caixas participavam, aliado a um controlo rigoroso, através de auditorias periódicas, e do envio dos balancetes mensais, a caixa central e banco de Portugal. Sistema regional, onde as poupanças, os depósitos eram aplicadas no desenvolvimento das suas zonas. E geridas sem encargos, pelas pessoas mais credíveis da zona, que sabiam a quem emprestavam fundos, diminuindo assim os créditos mal parados. Foram descaracterizadas, centralizadas, uma vez que em poucos anos, atingiram um número de balcões equiparados aos da caixa geral de depósitos, transformando-se em fortes concorrentes, do grande capital, que recolhem as poupanças nas zonas rurais, para negociar e aplicar nos grandes centros urbanos.

O Sistema cooperativo, ficou a meio da sua implantação, transformaram-se cooperativas em meras casas comerciais, em alguns casos alheias a sua função reguladora de preços de mercado, com preços superiores aos dos mercados paralelos. Nos meios mais pequenos, uma cooperativa mista, deve ser uma entidade reguladora de preços, gerida pelas populações locais, incentivada pelas autarquias, visando custear despesas, sem fins lucrativos. Viradas para os mais diversos meios de produção agrícola e agropecuária, fornecendo alfaias e sementes de qualidade, por bons preços, apoiando tecnicamente, com conhecimentos e máquinas. E, escoando os produtos sazonados, a preços justos, para evitar que os intermediários, levem a parte de leão, e quem produz, veja reduzido o seu pão.

Dois exemplos dos muitos que poderiamos apresentar!

É óbvio que em termos políticos, a começar por uma participação das bases, e as formas como deve ser feita essa participação, alargada aos meios de produção, fundamental para que se faça um crescimento sustentado, com as reduções de despesismos necessários ao equilíbrio económico e social. Há uma infinidade de argumentos pragmáticos, que passam ao lado dos líderes ou de pretensos líderes políticos, que optam por críticas vazias, ocas, acintosas, maldosas, que não levam a lado nenhum, e só demonstram a ausência de valores, que levou ao estado caótico em que Portugal se encontra.

Assim não vamos lá, é necessário crescer primeiro e fazer politica depois.

JPF
08/04/13

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