4 – Agitando a mente do homem/mulher; Microcosmos.
O Microcosmos:
Em sentido amplo é constituído pelo
homem, e em sentido restrito, por cada homem e uma mulher. O esquema
apresentado na atualidade, segundo uma atualidade básica: Eu e o meio
circundante…Eu sou o ponto central deste esquema, e as minhas outras 6
possibilidades de consciencializar reduzem-se ao considerar o Ovo Áurico que me
rodeia, as outras 5 são os meus sentidos. E assim nasceu o pentagrama.
Eis aqui o homem.
Para o homem que desembocou do
seculo XX, as ferramentas por mais prolongadas que sejam, não passam de
prolongamentos dos nossos braços ou pés. A radio das nossas orelhas. A televisão
dos nossos olhos. Um satélite artificial não e mais do que a transmutação da
pedra lançada no ar, por uma criança que brinca. Tudo são extensões das nossas
possibilidades, mas não aprofundamentos.
A cultura que herdamos do seculo
XX, é uma “cultura horizontal”, que se expande rapidamente como uma mancha de
azeite, e como tal, a medida que se expande, torna-se adelgaçada e dilui-se
numa fibrilação perimetral. E aparecem buracos e dilacerações no seu próprio seio.
A sobre- extensão converte-a em especular, e as suas características forçam-na
a jogos caleidoscópios desconcertantes, do surrealismo artístico, social, económico,
social e religioso.
Não há raízes nem perspectivas, o
sistema, está bloqueado.
O homem desloca velozmente o seu
corpo, mas viaja limitado a si mesmo, cego e surdo, sem capacidade para o
assombro filosófico, e, ainda menos para a projeção metafisica. Não se concebe
o bem, mas sim a beneficência, não se aprecia a paz de coração, mas sim o
conforto das nádegas, não se medita, especula-se. O mundo transformou-se num
cesto de grilos, presos, que fazem muito ruido, mas não conseguem transcender as
malhas de um palavrio desesperado, atordoados pelas suas próprias colisões psicológicas.
A opção é cruelmente simples! Ou
se morre louco ou guarda-se silencio e procura-se viver planamente em todas as direções,
do Espaço – Tempo.
Uma boa abertura é conhecer
outras dimensões, onde moram outros tipos de seres. Esses que eram percetíveis
ao homem, quando este não estava contaminado, pela sua própria aglomeração;
Exterior e Interior.
Para isso é necessário que o
homem se sinta de novo parte do universo; nem seu dono, nem seu escravo.
Simplesmente parte desse macróbio que é o cosmos, no qual está inserido o Microcosmos
ou Antropos.
Descartemos as contradições inventadas
nas Camaras dos Espelhos, vamos ao encontro das harmonizações que nos são naturais.
JPF
06/05/13
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