A lucidez acusa a
forma
De uma verdade difusa
Que se apresenta com
contornos de verdade
Mas…
Não é mais que uma mentira
pura.
Assim foi a
democracia
Que em Portugal vingou
Mascarou-se de
verdade
Que o tempo desnudou.
Humanismo e socialismo democrático?
O humanismo, é o estádio final de
um socialismo puro, onde as assimetrias são naturais, dependentes, das culturas
individuais e coletivas de um povo, niveladas pelo espirito de entre ajuda,
entre esse mesmo povo, visando um ideal comum, para que todos vivam com
dignidade em fraternidade e verdade.
Em Portugal, é histórico, o
socialismo democrático, no seu conjunto, mudou de direção e de cor, dividiu
para reinar, assento-ou as assimetrias, vestiu as roupagens das mafias
sicilianas, rodeou-se de grupos de pressão, para cavar ainda mais, o fosso
existente, entre pobres e ricos, substituiu o caciquismo da ditadura, por um
polvo, alargado as manhas do poder. Polvo que pariu uma grande faixa de
novos-ricos, que mergulhou o povo português na ruina.
Na sua história é cruel e
perversa, ainda há pontos por esclarecer, que a história terá que fazer um dia.
Há perguntas sem resposta:
Para que serviu e a quem
beneficiou; o anulamento físico de Sá Carneiro, e Adelino Amaro da Costa?
A quem serviu e para que serviu,
os anulamentos políticos, de homens, como de Salgado Zenha e muitos outros?
A quem serviu, e por quem foi derrubado
o partido democrático implementado pelo General Ramalho Eanes?
Que valores representavam estas forças,
e a quem se opunham, para serem varridos da cena politica portuguesa?
Quem eram os verdadeiros
democratas, os que pereceram ou os que vingaram?
A história conhecida não mente, os
verdadeiros democratas, foram anulados e marginalizados, por mecenas, barões e
tubarões, que não olharam a meios para atingir fins, que se desenvolveram e proliferaram
na democracia portuguesa. A situação do país, não nos permite tirar outro tipo
de liação, foram vítimas do polvo, que os tragou politicamente, assim como aos
bens do povo português.
De outra forma não faria sentido
o anulamento físico de uns, e politico a outros.
Os homens conscientes, dentro dos
partidos, que também os tem, ao alhearem-se de uma história cruel, perversa,
sem propor, ou fazer cortes radicais, expurgações no sistema, invertendo os
caminhos seguidos. Demonstraram uma grande falta de visão e coragem, que acabou
por arruinar os partidos, e gerar o divórcio, entre o sistema e a maioria dos
portugueses.
A rutura é iminente.
O humanismo, não
precisa de divisões ou cores politicas, para se implementar no terreno, ser mais
alargado as bases, e mais democrático, que o sistema em vigor.
Precisa de a partir das bases,
escolher em espiral, os mais honestos e capazes, para chegar ao topo da
pirâmide, com homens que reúnam um consenso generalizado. Mas, como os povos
ainda não estão preparados, há que ter o cuidado de não concentrar poderes em
pequenos grupos, sujeitos a corrupções e compadrios. Para o evitar, basta dar
as assembleias o poder deliberativo, e nomear de entre os mais preparados os
executores, sempre controlados pelas assembleias.
Com o sistema que temos, aparece
um pirómano qualquer a dizer que vai dar ao povo, aquilo que de antemão, sabe
que não pode dar, o povo acredita, vota nele, e ele incendeia e destrói o país.
Este sistema, com os
endeusamentos por demais conhecidos, que conduziram o país a situação em que se
encontra, é virtual, irracional, a luz da logica e razão, não existe.
Só de loucos.
JPF
31/05/13
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