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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Emigrante Português.


Ao emigrante portugues:

Ca longe,
Onde o sol aquece mais,
Oiço os sinos da minha aldeia,
E o chilrear dos pardais.

Oiço os pombos arrulhar…
Os melros a cantar…
O pintassilgo e a cotovia,
Nas brumas da memória…
Vejo o sol a nascer…
A noite a dar lugar ao dia.

Vejo aldeias, serras vales e montes,
A agua a crepitar nas fontes,
E o cheiroso alecrim,
Que… la longe…
Esta bem perto de mim.

Ó minha aldeia…
Nas brumas da memória…
Tenho gravada… a tua e minha história.
E quero que seja assim.

La longe…
Quer-te perto de mim…

Quero ver as romarias…
Os folguedos e as moçoilas bonitas,
Alegres… namoradeiras…
Cores rosadas… bem catitas.

Ouvir…
Os bombos, as fanfarras,
As puras e sãs algazarras,
Das gentes da minha terra.

Que guardo na memoria,
Fazem parte da minha historia,
Tenho dentro de mim,
E como a amora silvestre,
Fazem parte do meu jardim.

JPF
13/09/12


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