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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Portugal e o futuro.

Portugal e o futuro:

 



O futuro de Portugal e dos Portugueses, jamais será como antes.

Os 38 anos de democracia portuguesa ou a ausência dessa democracia, alteraram o psiquismo do povo português, já ninguém confia em ninguém.

Os partidos políticos absorvem uma faixa de 13% do global do tecido social português. Esta desconfiança, este divórcio, advém das más governações, que tem de ser imputadas aos partidos políticos que passaram pelo governo.

Os futuros governos deixam de ter um eleitorado fixo, para terem um eleitorado flutuante, consoante as suas governações. Fator gerador de instabilidade, uma vez que abre portas aos agitadores políticos.

No contexto politico atual, com o P S D e C D S, desgastados politicamente, devido aos caminhos seguidos, politicamente incorretos. Quem esta em melhores condições de se reerguer é o Partido Socialista. Mas nem as bases, nem a direção devem ter ilusões, ou fazem uma viragem de 180 graus em relação as politicas anteriormente seguidas, ou serão governos a prazo. Os partidos políticos perante os portugueses, passam a ter tolerância zero.

Este cenário não serve Portugal nem os portugueses, as instabilidades destroem economias, que afetam naturalmente os mais carenciados, que são sempre os que pagam a fatura, e abrem portas as ditaduras.

Já não estamos em tempos de ditaduras, e há um conhecimento histórico das suas vicissitudes, sejam de direita ou esquerda, nunca serviram nem servem os povos. E no contexto político português, não foi o povo que mergulhou o país na situação em que se encontra, para ser aperreado, mas sim um novo-riquismo politico que se gerou a custa do povo.

É sobre esse novo-riquismo, que pretendo chamar atenção do Partido Socialista, que se quer ter governos duradoiros e estáveis, no meu entendimento, é por aí que deve começar. É cortando no despesismo, que como a bola de neve, se foi ampliando em 38 anos de governos, criando, gerando uma camada de novos-ricos, para quem a democracia foi a árvore das patacas.

Há muitos que se pavoneiam e se autoproclamam de mecenas, a quem a historia quando for feita, irá classificar pela negativa, uma vez que não souberam honrar os cargos que ocuparam, nem serviram o povo português, mas sim os seus interesses pessoais de grupo.

O poder político português, esta alimentar fundações, organizações fantasmas, a dar mordomias e pensões, que só por si, dariam para aligeirar a divida criada, exatamente aos que pelos seus maus governos estiveram na sua origem.

Caso para perguntar, que raio de democracia é esta, em que são beneficiados os prevaricadores, e pagam os que não tem culpas?

O Partido Socialista está numa situação privilegiada, pode com relativa facilidade engrossar as suas fileiras, reduzindo as enormes assimetrias entre o poder político e o povo. Mas para isso, tem que fazer um corte radical com o passado, bem visível aos olhos do povo português.

Tem que se deixar de esquerdas e direitas, criar um espaço próprio, norteado por uma política de rigor, humanidade, fraternidade e verdade. Esquerdas e direitas são utopias, que servem para criar divisões, cujos resultados são históricos, e nulos, nos países onde foram implantadas.

O Partido Socialista, tem de se rodear de gente jovem, onde pese a carga do humanismo, em detrimento do sofismo, que tem governado em Portugal.

JPF
27/09/12          



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