Prodígios dos Falsos
Profetas:
Estava a escrever com a televisão ligada, ao
mudar de canal, prendem-me atenção as seguintes frases:
‘’Deus é patrão, não tem de dar contas aos
seus empregados, para onde vai ou deixa de ir o dinheiro, eu sou o
representante de Deus, sou a palavra de Deus. Deus perdoa tudo, até a
criminosos, mas não perdoa a quem duvidar da sua palavra’’.
Isto dito pelo representante máximo de uma
seita, de forma vincada e carrancuda, é a meu ver, de um surrealismo monstruoso
e de uma ignorância gritante.
Aos olhos do povo,
todo fenômeno cuja causa é desconhecida passa por sobrenatural, maravilhoso e
miraculoso.
Conhecida a causa,
reconhece-se que o fenômeno, por mais extraordinário que pareça, não é mais do
que a aplicação de uma determinada lei evolutiva. É assim que a área dos fenómenos
sobrenaturais se restringe, à medida que se amplia a das leis científicas.
Desde todos os
tempos, existiram homens que exploraram em proveito de sua ambição, de seus
interesses e de seu desejo de dominação, certos conhecimentos para conseguirem
o prestígio de um suposto poder, sobre o vulgo humano, outorgando-se em senhores
de uma pretensa missão divina.
E como as religiões ocidentais,
ao longo de seculos, estabeleceram um tampão entre os mundos físicos e os do
espirito, mergulhando o mundo ocidental na escuridão, criaram a esses senhores
um campo basto, fértil, para em seu beneficio explorar fenómenos espirituais,
naturais, apresentando-os como marca de Marketing, dos seus pseudos poderes
Divinos.
Todos de uma ou outra
forma, bem enraizado no nosso ser, temos a convicção, que há algo de grandioso,
que rege os universos em que vivemos.
Hoje, uma esmagadora
maioria da humanidade, não tem dúvidas em relação a existência do nosso ser
primeiro, o espirito.
Hoje, não há dúvidas,
em relação da existência de homens bons e maus, animados por espíritos, bons e
maus.
Hoje, não há dúvidas
de que a criança depois de nascer, aprende a falar, andar, e de forma gradual,
vai a escola para se preparar para desempenhar as suas tarefas no plano físico.
Por que razão, não havemos
de considerar que nos planos espirituais, os espíritos não tem as mesmas
necessidades evolutivas? Porque os havemos de considerar de terríveis diabos,
quando se manifestam ou comunicam com outros encarnados nos corpos físicos.
Estes homens, que se
aproveitam destas situações, são os falsos cristos e os falsos profetas, de que
Cristo nos falou. Os seus espíritos, quando desencarnarem, estão na mesma situação,
em que se encontram os que eles hoje, denominam de grandes diabos.
A difusão dos
conhecimentos vem desacreditá-los, de maneira que o seu número diminui, à
medida que os homens se esclarecem. O fato de operarem aquilo que, aos olhos de
algumas pessoas, parece prodígio não é, portanto, nenhum sinal de missão
divina. Esses prodígios podem resultar de conhecimentos que qualquer um pode
adquirir, ou de faculdades orgânicas especiais, que tanto o mais indigno como o
mais digno podem possuir.
O verdadeiro profeta
reconhece-se por características mais sérias, exclusivamente de ordem moral.
É fácil de ver,
analisar e identificar, nos vendedores de milagres, falsos profetas, que, de
barriga cheia, peito inchado, se dizem irmãos de Cristo e representantes de
DEUS na terra, a quem ninguém pode contrariar, uma vez que contrariando-os,
segundo eles, estão a contrariar a Deus, e, Deus perdoa até a criminosos, mas
não a quem o contraria.
As suas enormes
carências culturais, cores que usam, musicas que produzem, falta de humildade,
fanfarronice, exibição exterior de riqueza, dizem-nos claramente que estamos
perante os ditos anjos do mal que Cristo previu, conhecedores de algumas leis
naturais com que enganam os inocentes.
Para engrossar as
suas fileiras anunciam continuamente o fim do mundo, mas avizinha-se o fim do
mundo do obscurantismo, que será o seu inevitável fim do mundo.
Freixo
15/09/12
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