Heresias; de um sistema politico a morrer:

Não sejamos mais omissos.

Heresias; de um sistema politico a morrer:

A palavra refundar, nunca como agora, foi tão usada nas páginas da net. Bastou um dos barões, corresponsável pela crise em que vivemos lança-la, para que fosse de imediato aproveitada, para se fazer politica, a meu ver baixa, contra o líder do próprio partido, P S.

Refundar o sistema politica atual, é a meu ver necessário, mas não da forma com se pretende fazer essa reforma.

Refundar nesta caso, no meu entendimento, significa destruir toda uma estrutura, que gerou leis, a favor dessa estrutura, contra o povo. Criou despesismos incomportáveis, que é necessário anular, para que se devolva ao povo a possibilidade de intervir na escolha dos seus governantes, coisa que o atual sistema não permite.

Refundar, significa identificar tudo o que se fez de errado, ir as raizes, e assinalar quem o fez, para que com as suas ingerências, não  voltem a usar grupos de pressão, e o prato da balança  penda para o seu lado, como tem acontecido, mas sim para o lado da maioria do povo português.

Esta é a minha leitura do refundar.

Mas não é este o ponto onde pretendo chegar, que considero autenticas heresias.

Os mesmos que usam e abusam da palavra refundar, quando alguém com a sua verdade, belisca os autores da crise, como se pode ver em longos roles de comentários na página da Cyber Secção P S, é insultado, e não é apedrejado, porque não têm essa possibilidade.

Para estes senhores uma refundação que mexa com barões e tubarões do partido, é expor e fragilizar o partido.

A sua visão politica, não lhes permite ver, que a esmagadora maioria dos portugueses esta contra os partidos políticos, e que uma renovação profunda, apontando e demarcando-se dos erros cometidos, só iria credibilizar o partido, recuperar o eleitorado perdido, e, iria buscar o eleitorado descontente com o atual governo, mas para isso, são necessárias eleições. 

E mais uma vez esquecem que no atual quadro político, um derrube do governo, não coloca o poder, nas mãos do P S. Há uma maioria parlamentar, um Presidente da Republica comprometido com esta maioria, e pode ser nomeado um outro primeiro-ministro, melhor ou pior que o atual.

 Mas, não ficamos por aqui, o sofismo, vai mais longe, como o atual S G, não é do seu agrado, já foram buscar o seu longo curriculum, para o tentar ligar aos erros do passado. Esquecendo que com os condicionalismos herdados, próprios de um sistema viciado, nada edificantes, se tem vindo a demarcar de anteriores governações, facto que já os levou a dizer que esta a fragilizar o P S.

Nas sondagens esquecem, que o povo português está contra os partidos, que pesa muito, aliada a precária situação em que ficou o P S no último ato eleitoral. Mas porque lhes convém, atribuem-lhe uma descolagem lenta demais. 

As perguntas que deixo no ar são:

*Será que é com estes treinadores de bancada, que não conseguem perceber o que esta do outro lado da montanha, que o partido socialista vai a algum lado*?

*Será que estes senhores, não percebem, as razões, porque os naturais opositores ao S G, estão com ele, apesar das suas naturais diferenças politicas*?

*É com estas contradições, demagogias e heresias que se refunda um partido*?

JPF

21/03/13