Verdade:
A verdade é multifacetada, composta por meias verdades, que na maioria das vezes nos desviam da grande verdade.
Quando Pilatos perguntou a Jesus: ‘’o que é a verdade’’. Este não respondeu.
Mas o silencio de Jesus, nesta e noutras circunstancias não impediu que os que actualmente se proclamam seus irmãos ajam, obrem, como se Dele tivessem recebido a verdade ultima, absoluta.
Ignorando que as suas palavras, não contem senão uma parte da verdade, esta permaneceu escondida nas suas parábolas de incomparável beleza.
Mas o homem comum, na sua impensada e irracional fuga para a frente, desenvolveu gradualmente uma aparência de verdade, obscuramente percebida nas regiões do substrato, com deduções e observações nos campos da matéria.
Construiu uma verdade, sem alicerces, sem bases, meramente material e falaciosa, que impôs sob a forma de revelação cientifica e Divina, a uma multidão demasiado ocupada para pensar.
Como se fosse possível com meias verdades inerentes a este mundo finito, condicionado ao sistema solar em que o homem se encontra, estes homens comuns, que se dizem donos da verdade, intuir, discernir, a verdade universal, absoluta de que se outorgam.
Os resultados da sua pequenez estão a vista, tem gerado a desordem e o caos, bem visíveis nas sociedades em que vivemos, nunca a humanidade desceu tão baixo.
Buda, Jesus O Cristo e outros Avatares, eram detentores da grande verdade, em todas as épocas houveram sábios que a atingiram, mas não podiam, não podem ensinar senão pequenas verdades, verdades relativas.
Ninguém pode dar a outro a verdade final, total, não há dois seres iguais, e cada um tem que a encontrar por si mesmo e em si mesmo.
O maior dos sábios só pode revelar o que dela é possível assimilar.
O Sol é um, mas são inúmeros os seus raios, e o seu efeito é benéfico ou maléfico, dependendo da constituição e natureza das coisas que o recebem.
Quanto mais elevados forem os nossos conhecimentos e valores, mais elevada é a nossa consciência, mais nos podemos aproximar da verdade, mais nos podemos impregnar da verdade, mas a nossa consciência no plano humano é como o girassol, pode virar a sua face para o distante luminar, mas a sua raiz, mantém-se ligada a terra e metade da sua vida é passada na obscuridade.
Neste plano físico, para encontrarmos a verdade temos de utilizar o nosso polarizador mental, analisar os raios e escolher os mais puros.
No plano espiritual, para alcançar o sol da verdade, devemos trabalhar de forma absolutamente séria. Sabemos que paralisando gradualmente os desejos da nossa personalidade inferior, as vozes dos sentidos físicos, da personalidade meramente fisiológica, que depende do cérebro físico, anulando o homem animal, damos lugar ao homem espiritual, e neste caso os sentidos e percepções espirituais, colocados em movimento, desenvolvem-se simultaneamente.
É isto que os Grandes Yoguis do Oriente fazem na actualidade.
O homem tem de conhecer-se a si mesmo, para obter as percepções interiores que jamais enganam, e por essa via, dessa forma, atinja a Grande Verdade.
A Verdade absoluta é o símbolo da eternidade, e como nenhum pensamento finito compreende o eterno, nenhuma verdade perfeita pode desenvolver-se em planos materiais de pensamentos finitos.
Antes da Grande Verdade, esta a verdade terrena, primeiro degrau a subir da grande escada, mas para nos aproximar-mos da escada e colocar o pé no primeiro degrau, temos de amar a verdade, cultiva-la no nosso dia a dia, sem amor a verdade não se conseguirá colocar o pé no degrau da grande escada, que conduz ao patamar, onde se encontra a escada do espirito que nos leva a Grande Verdade.
Para encontrarmos a verdade pequena, terrestre, há que olhar, analisar, para poder despir uma serie de roupagens e nessas roupagens estão as intoxicações sofridas ao longo dos dois mil anos desta humanidade, em que foram impostos conhecimentos básicos, com falsas verdades e Divinizações a mistura.
Sobrepôs-se o efémero, material, ao Eterno, Espiritual. Destruíram-se escolas de conhecimentos em nome de falsas verdades, mas as grandes verdades, que transcendem o homem terreno, são indestrutíveis, e essas verdades que pertencem ao foro dos iniciados, devem ser alargadas ao homem comum, para que delas possa assimilar o que a sua constituição lhe permitir.
Iniciados:
Desde os primórdios desta humanidade, nos chega o conhecimento da existência de escolas avançadas que se dedicavam a estudar a natureza, espaço, assim como o papel do homem, nos universos em que vivemos.
Sidharta Gautama, O BUDA, dizia: «começamos a morrer desde o dia em que nascemos», esta afirmação, uma grande verdade, aparentemente fatalista, tem um significado bem diferente do que a partida lhe damos.
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