Quais são as duvidas, que encontra, na leitura deste Blogue?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Incongruências teológicas


As teologias com suporte bíblico, quando minimamente aprofundadas, levam-nos para mundos de contradições, e consequentes dúvidas, acerca da veracidade, do seu ser principal Deus.

Deus é-nos apresentado de múltiplas formas.
Por um lado um ser todo-poderoso, infalível, que tudo sabe e pode, cujos desígnios não falham.
Por outro lado, um Deus cioso de bens materiais, que só em troca de dinheiro, e de uma submissão total, vende os seus favores, transformando os seus representantes, em comerciantes e opressores. Um Deus que segundo os novos arautos da desgraça, solta os mais terríveis diabos para castigar o homem, que não frequenta as suas igrejas para lhes vai levar o dizimo, não tem compreensão possível.
Tudo isto nos diz que algo esta errado. E, que, a igreja católica ,onde também há homens bons,  não deixa de ser a  base de todo este amontoado de questões. E ainda, que dominam e predominam as velhas linhas inquisitoriais. A velha e gasta lei de Moisés, de olho por olho, dente por dente.

As linhas de orientação, pouco diferem e as  bases são as mesmas.

Questionando Infalibilidade;
Se assim é, infalível, porque, tantas, e tão monstruosas falibilidades as desse Deus,  Omnipotente e poderoso?!
Começando pelos seus representantes na terra, analisando as hierarquias que o representaram desde Moisés até ao século XXI, verificamos, constatamos, a existência de uma história escrita com sangue, das mais horrorosas desta humanidade.
Feita por homens, com passados tenebrosos, endeusados, divinizados, que se consideraram infalíveis, e a sua semelhança (segundo eles) desse Deus.

Em que assenta este poder e omnipotência? No bem ou no mal?

A julgar de acordo com a historia, só pode ser no mal. Os tempos mudaram, mas a igreja e seus representantes, adicionando a estes os novos rebentos, continuam a fazer historia pela negativa, há muito para mudar.

As perseguições sangrentas e mortes na pira, acabaram, mas a inquisição, a coberto de uma inexistente razão, sem fundamentos, sem lógica, continua latente, revelando-se de formas diferentes.

Pequenos exemplos:
Portugal é um país de tendência católica, quem não for casado pela igreja, acaba por ser marginalizado, e apelidado com nomes feios. Mesmo que vá a missa e seja crente, é-lhe vedado o acesso aos serviços da igreja. Nos grandes centros urbanos, é coisa de pouca monta, nas zonas rurais, do interior do país, onde toda a gente se conhece, já não é bem assim. Marginaliza, divide. Por muito bem que um casal se entenda, se não forem casados pela igreja, mesmo que baptizados. Não podem apadrinhar ninguém, nem tem direito aos serviços a prestar  pelo padre, incluindo os  fúnebres.
Isto significa que já não são filhos de Deus, e que  fora da igreja,  não há salvação, estão, segundo eles (estruturas da igreja), condenados ao fogo eterno.

Estranho Deus, e aberrantes teologias, sempre prontas a condenar.

Se apontamos o dedo, indicando o que consideramos errado, vem de imediato uma extensão da inquisição, condenar, com a sua enrolada e forjada opinião.

Em contra partida, se um homem ou mulher, cumprir os preceitos da igreja, em especial não os contrariar, mesmo que seja um empedernido pecador ou pecadora, despido de um pingo de amor, quando a morte se avizinha, e porque não sabe o que esta significa, nunca lho ensinaram, vem o padre, ministra-lhe a extrema unção, e vai para o céu, através da dita salvação.

Isto e no mínimo uma aberração.

Ninguém pode separar quem Deus uniu.
Um homem e uma mulher, que se conhecem na flor da idade, inexperientes, movidos na maioria dos casos pelo atracão física, pelas relações carnais, ou outros interesses, casam, verificam que foi um erro, não se entendem. Já não tem o direito de rectificar o erro que cometeram, de refazerem suas vidas, tem de ficar amarrados uma vida inteira, a infernizar a vida um do outro.
Será, é, esta a vontade de Deus?
Será que não foram homens comuns que os uniram, e na maioria dos casos, indignos, de usar o nome de Deus?
Será este Deus inventado por Moisés, o verdadeiro Deus?

Pela forma com no-lo apresentam! Não é, não pode ser!

O verdadeiro Deus dos universos, Criador de mundos infinitos, não marginaliza, persegue, manda, matar, criar divisões, não delega poderes em homens impreparados, para em seu nome obrarem, em benefício próprio.
Estabeleceu leis, regras, claras, simples, que o homem tem de conhecer, interiorizar e nelas caminhar, balizadas pelo amor.
Cristo na sua mensagem, não mandou construir igrejas, ornamentadas com ouro, transformar o pais mais pequeno do mundo no mais rico. Criar multinacionais, viajar pelo mundo em aviões privados, esbanjar fortunas colossais, em nome de Deus, que dariam para salvar milhares, milhões de crianças no mundo, que morrem a mingua de pão. Cristo mandou criar templos de amor, no coração de cada um.

O Deus Judaico, pela forma como no-lo apresentam, insociável, vingativo, prepotente, opressor,  não pode ser o Deus Universal, do amor e verdade.
A mensagem de Cristo, foi amoldada a interesses de grupo, desvirtuando-a, desviando-a, do seu real sentido.
Estas teologias faliram, falharam.

E para o bem da humanidade, estes mitos estão a ruir.

JPF

Sem comentários:

Enviar um comentário