Nefastas dependências dos
credos religiosos, impostos pelas vias do medo.
Os credos religiosos
ocidentais, impuseram-se da pior forma aos povos que subjugaram, originando
dependências que prejudicaram, e continuam bem vincadas no psiquismo do homem.
Em nome de um Deus inventado
pelo homem, a sua imagem, cometeram-se os maiores crimes e pilhagens na noite
de trevas desta humanidade. Os medos interiorizados, ainda são bem visíveis nos
rostos, acabrunhados e tristes das populações mais idosas, são uma indelével
marca, dos caminhos seguidos. Onde perdura o medo, no íntimo de cada um, acerca
do fim que o espera na transição, deste para o outro lado. Medo baseado nas
incertezas, de possíveis caminhos seguidos, que podem estar em desacordo, com
as exigências, dos que na terra lhes apontaram, um Deus rigoroso e mau, que
lhes pode perdoar ou não.
Se compararmos os rostos, dos
portugueses idosos, que refletem o que lhes vai na alma, com os do povo
Tibetano, verificamos enormes diferenças. Os portugueses carregam o sofrimento,
traduzido em seu rosto, acompanhado de lamúrias permanentes, salientando as
suas doenças, enaltecendo os seus sofrimentos, atraindo atenção dos mais novos,
e ainda, com a esperança que Deus se compadeça deles. Os Tibetanos, tisnados pelo
sol, e pelas neves, dos pontos mais altos da terra, conscientes dos percursos
que plasmaram suas vidas, refletem alegria de viver, e refletem o sol, em seus
rostos e seus olhares.
As culturas de valores foram
diferentes.
Começa a ficar claro a nível
mundial, que os caminhos que nos apontaram, e os meios com que nos subjugaram estão
errados! Uma vez que se esta a generalizar, uma evolução espiritual do homem, com
contornos racionais, e por caminhos completamente diferentes.
Vivemos envolvidos em energias,
e somos movidos por essas energias, que nos direcionam, positiva, ou
negativamente. Os medos são energias com vibrações negativas, que
interiorizados atraem energias do mesmo teor, negativas.
Energias positivas e
negativas, não se misturam, afastam-se. Logo os autodenominados representantes
desse Deus, não podiam, nem carregavam, energias de amor e ódio, positivas e
negativas no mesmo bornal.
Recorrendo a história desta
humanidade, a ilação é simples, foi orientada e governada, pelas energias
negativas e consequentes forças do mal.
Lideres e pastores de seitas que
se dizem religiosas, que nos entram em casa pelas caixas de televisão, fazendo
dos exorcismos, a sua marca de marketing, ameaçando com os diabos por um lado e
Deus por outro, visando um fim materialista, mais crentes, mais dízimos, mais
dinheiro e poder. Estes senhores estão mergulhados, atolados em energias
negativas, no nosso entendimento não são esses os caminhos.
No enquadramento da nossa
verdade os caminhos são outros.
Não precisas de seitas ou religiões
que padronizam pelo mais baixo, limitados por uma visão dos mundos em que
vivemos, meramente materialista. E, ainda, eivados de enormes carências culturais
e filosóficas. Para evoluir, não são estes senhores, que te vão ensinar
rigorosamente nada. Precisas de ser tu mesmo, aparentemente igual, mas
diferente de todos os outros, és unicamente igual a ti mesmo e mais ninguém. E é
nessa qualidade, de ser aparentemente igual aos outros, mas único, que vais
encontrar a tua verdade, numa defesa intransigente de pequenas verdades, a
caminho da grande verdade, vivendo naturalmente, e cultivando alegremente
energias de amor.
Sem medos de um Deus
carrancudo, apocalipses ou pretensos diabos.
Só o amor liga o homem na
terra, e por consequência ao cosmos, ao Criador.
Salvações, fins dos tempos, ressurreições
dos mortos, diabos acorrentados nas profundezas dos infernos…! São demagogias,
para atrair os incautos, e viverem a sua custa.
JPF
27/10/12
Curioso é que, numa sociedade repleta de arautos de "salvação", os objectivos de vida das pessoas e dos países sejam a produtividade e a competitividade, relegando-se para último plano, ou mesmo esquecendo-se, a felicidade. Ainda que a felicidade plena seja tão inatingível como o arco-íris, a sua busca seria um meio muito mais lógico, natural e eficaz de alcançar a auto-realização. Até porque a tão propalada competitividade é sempre um termo de comparação em que a subida de uns implica, fatalmente, a descida de outros...o que a faz andar de braço dado com a ganância. Em muitas sociedades parece, até, que estes dois termos são sinónimos. Ganância significa, em última análise, que alguns (poucos) se julgarão felizes por pensarem possuir (não confundir com usufruir) muito mais do que necessitam, privando outros (muitos)daquilo que pensam que lhes faz falta, induzidos pelas comparações que as várias espécies de publicidade (comercial) ou propaganda (política) lhes incutem. É aí que surgem as "divindades" compensadoras, reparadoras, punitivas, vingadoras, etc. Será que algum dia esta luta pelo "ter" será banida pela afirmação do "ser" e substituída pelo sereno "usufruir"? Hum!
ResponderEliminarCaro/a amigo/a:
EliminarObrigado pelo seu comentário, sinal de que há pontos convergentes, que unem ligam o homem/mulher, neste inóspito mundo de irrealidades.
Os mundos irreais, surrealistas em que vivemos, a meu ver, devem-se exatamente, as irreais divindades, geradas pela mente do homem. Aos deuses por ele inventados, circunscritos a matéria, para justificar as suas avassaladoras ambições. Ao faze-lo, castrou-se, do seu ser primeiro, imorredouro, verdadeiro, o espirito. E dessa forma, optou pelo TER, temporal, em detrimento do SER, intemporal, que transcende a matéria. Trocou uma felicidade perene, por uma ilusória, temporal, caduca.
As coisas estão a mudar, o homem esta acordar, avizinha-se um elevar de consciências, mais humanas e justas, que transcendem a matéria. E com esse elevar de consciências, um derrube dos mitos gerados pela mente humana.
Obrigado pelo seu contributo.
Não estou muito de acordo contigo!
ResponderEliminarHá dias ( muito poucos) vi uma reportagem de um casal que vive no interior mais profundo do nosso país, numa aldeia hoje completamente desertificada e que a senhora contava o seu dia a dia, para afirmar com um largo sorriso: sou muito feliz.
Esses rostos de que falas, serão de algumas boas dezenas atrás em que o sorriso e a alegria não se coadunava com a miséria e a falta de liberdade. Hoje, já não é assim.
Também é verdade que na catequese antiga ( a minha) nos era imposto o medo do inferno e do diabo...Mas estudei, evoluí, hoje ,sou catequista trabalho com jovens e crianças e dou testemunho de uma vida e de um Cristo que não é nada daquilo que me ensinaram!!
Concordo com o último parágrafo : só o AMOR pode unir o Universo todo ao seu Criador!
Um beijo e boa semana.
Graça
Graça Pereira:
EliminarObrigado pelo teu comentário, que contem a tua verdade, que respeito plenamente, é a tua vivência, a tua verdade e fico feliz por verificar que algo esta a mudar, em especial no tocante a catequese.
Estou a 17 anos fora do país, são as imagens que retenho, mas o extrato do texto, vai mais longe, compara um povo, Português, que tem uma visão da morte muito limitada, que lhe traz um apego a vida, e consequente infelicidade, quando se avizinha a morte. Em contra partida o povo Tibetano, tem a certeza dos caminhos do espirito para além da morte. Facto que lhe da uma tranquilidade diferente, e o inibe do medo da morte, e consequentes lamurias, tendentes a remir-se perante Deus. O povo Tibetano, e não só, há outras religiões orientais onde acontece o mesmo, tem os seus caminhos evolutivos direcionados ao espirito. As religiões ocidentais privilegiam o material em detrimento do espiritual, desconhecendo o que esta para além da morte.
Um abraço
Freixo