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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O INQUISIDOR QUE VIROU SANTO!


 




O INQUISIDOR QUE VIROU SANTO!

Com este texto histórico, não pretendemos desenterrar fantasmas do passado ou provocar quem quer que seja! Temos uma única finalidade, fazer historia para que se encontrem as raízes do mal, e se invertam os caminhos seguidos, e o homem se encontre a si mesmo, e assuma a sua real importância, como um ser grandioso nos caminhos do cosmos, optando obviamente por caminhos diferentes dos até então seguidos.  

SÓ RECORRENDO A HISTORIA, CORRIGIMOS ERROS DO PASSADO, E ENCONTRAMOS OS CAMINHOS DO FUTURO.

 Até o aparecimento e união do casal Fernando (reino de Aragão) e Isabel (reino de Castela) que assumiram o poder (em 1478), unificando estes dois reinos, se deu a forma geográfica que tem hoje a Espanha. A Península Ibérica mantinha-se como uma região ímpar da Europa, por congregar, em rara harmonia, as três religiões monoteístas: judeus, cristãos e muçulmanos.

Isabel era conhecida como a "católica", sendo uma fervorosa cristã. Juntamente com o marido Fernando sonharam e construíram um Estado organizado, forte, de poder centralizado e com uma única religião, obviamente cristã e católica.


Logo o intento político e econômico do casal encontraram um aliado perfeito: Roma. E assim, Igreja Romana e reis de Aragão e Castela deram início a uma das páginas mais infames da história: a Inquisição Espanhola (que matou 15 % da população espanhola em cem anos). A autorização para que a Inquisição estendesse os seus braços pela Ibéria foi assinada pelo papa Cisto IV em 1 de novembro de 1478. E foi nomeado como Inquisidor Geral da região, o terrível Tomás de Torquemada (que além das mortes e torturas causadas pelas perseguições e julgamentos inquisitoriais, criou uma espécie de solução final, como Hitler também proporá séculos depois na Alemanha nazista, expulsando da Espanha todos os judeus).

As principais vítimas dos reis católicos foram escolhidas com facilidade: os cristãos novos ou conversos (judeus que passaram a aceitar o cristianismo, de maneira forçada, muitos converteram-se, ou melhor, aceitaram o Jesus Davídico, versão do Judaísmo Cristão, com a ponta de uma espada sobre o pescoço; outros aceitaram-no para se casarem com cristãos, mas nunca por convicção religiosa!).

Os cristãos novos ou Arianos, tinham muitas posses, eram homens eminentes na sociedade hispânica, e obviamente isso atraiu, e muito, a atenção e a cobiça dos reis católicos e da própria Igreja de romana. Sabe-se que após a condenação/execução daquele que era acusado pela Inquisição Católica, que seus bens eram confiscados pelo Estado, que repartia estes despojos com Roma.


O INQUISIDOR QUE VIROU SANTO!

Foi neste contexto que atuou o monge dominicano Pedro Arbués, formado em Teologia pela Universidade de Bolonha.
Arbués tornou-se um eminente inquisidor, condenando uma série de conversos, como ditava a ordem instituída pelos reis católicos e a "santa" Igreja. Não era sem razão que recebeu o apelido de "o flagelo de Zaragoza" (na época capital da Espanha).

Conversos que a tempos eram pessoas eminentes do reino começaram a temer pelo pior, e elegeram um inimigo em comum: o inquisidor Arbués.

Antes de agir de maneira desesperada estes homens tentaram de todas as formas, inclusive pelas vias jurídicas,  proteger-se da fúria da Inquisição, porém nem os reis católicos, nem Roma (ambos que um dia foram contemplados com ajuda financeira judaica na luta contra os muçulmanos do sul da Península, em Granada) se mostraram interessados em interromper com as perseguições e condenações. Não havia outra forma, era preciso lutar, dar uma demonstração de força.

E assim, por 800 florins de ouro, oito homens foram contratados para dar cabo do inquisidor Arbués - esfaqueado dentro de uma Igreja, em Zaragoza, em setembro de 1485.

Arbués, antes de ser morto, já tinha sido ameaçado pelos conversos, e usava por baixo da roupa de monge uma malha de aço (como um cavaleiro) para se proteger, e também um elmo. No caso, acabou morto esfaqueado no pescoço (degolado).

A resposta da Igreja e dos reis católicos foi rápida. As leis do reino foram deixadas de lado e a Inquisição reprimiu com força a população de cristãos novos de Zaragoza - resultando em 64 execuções, como retaliação a morte do inquisidor.

Séculos depois, o flagelo de Zaragoza fora beatificado e depois canonizado como "santo", tornando-se São Pedro Arbués em 1867 pelo papa Pio IX, e sua data comemorativa em 17 de setembro (dia de sua morte).

Imaginem, caros leitores, ser devoto de São Pedro Arbués - o inquisidor, que por exemplo, costumava cobrir o rosto do cristo na cruz durante as sessões de tortura, onde cristãos novos espanhóis eram dizimados e depois roubados (com o confisco de seus bens).

A igreja católica teve todo o tempo do mundo, para pedir perdão ao mundo pelos erros cometidos! Não o fez, esteve sempre ao lado dos opressores, contra o povo, portanto conivente na sua exploração. São factos históricos que ninguém pode negar, escritos com sangue suor e lagrimas. Historia, que ao mesmo tempo reduz a zero, a bondade e omnipotência do Deus que nos apresentam, imposto pela violência em lugar do amor e concórdia. 

Hoje começa a ser tarde, os escanda-los repetem-se, as igrejas a ficar vazias, com altas figuras da igreja a dizer que, esta, esta atrasada 200 anos.
E ao mesmo tempo começa a generalizar-se a convicção, de que a evolução espiritual do homem, é feita de forma científica, entendível, sem fés cegas, dogmas ou mistérios. Esta generalização levará a conclusão de que a igreja, e seitas que dela derivam ou nela têm as suas raízes. Foram um estorvo, desviaram o homem do conhecimento de si mesmo, bem presente no início desta civilização, como um ser integral do cosmos. Mas isso não invalida que dentro da igreja, também tenham existido e existam homens bons, só que foram insuficientes para fazer pender a balança para o lado positivo. 

Adotou-se o Deus dos exércitos, senhor da opressão e da guerra, nas igrejas e governos, sitiado na terra como centro do universo, em detrimento da Mente Cósmica ou Deus dos Universos, Uno e Único, do amor, a quem nos ligamos através das energias do amor, cultivando o amor, como seres espirituais. Partindo da realidade de que todo o homem, tem a mesma proveniência, o mesmo fim, que é portanto irmão, independentemente da sua raça ou cor.
                                                                                                                                               
Daí ao saldo ser negativo, nocivo a humanidade, privilegiou-se a matéria finita, transitória, em detrimento do espirito imortal e imorredoiro.

A esmagadora maioria da humanidade, começa a entender, que o seu ser primeiro, e verdadeiro é o espirito, um eterno caminhante do cosmos, e que são os seus caminhos que tem de ser desvendados e apontados ao espirito do homem, que se encontra encarnado no plano físico. Só este conhecimento irá elevar a sua mentalidade, leva-lo a por de lado as suas desmedidas ambições, fazer uma partilha correta, justa, dos bens essências existentes na terra, acabar com a fome e miséria.  

Só este conhecimento, faz com que o homem, deixe de ser lobo do homem.

JPF
14/10/12    

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